São Paulo, segunda-feira, 18 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Educação
"O editorial da Folha ("Socorro ao professor", ontem) toca em três problemas que precisam ser enfrentados pelos governos, com urgência: a formação inicial e continuada dos professores, a melhoria salarial e a garantia de condições dignas de trabalho nas escolas.
A questão disciplinar na escola não está separada desses problemas. É verdade que a violência está em toda a sociedade, mas o trabalho da escola pode exacerbá-la ou indicar aos jovens uma forma de convivência mais civilizada.
Somente uma ação ampla do Estado pode mudar os rumos da educação pública no Brasil. E essa ação hoje se traduz principalmente por salários, formação e condições de trabalho adequadas para o profissional que atua na escola."
ZORAIDE FAUSTINONI DA SILVA (São Paulo, SP)

 

"Finalmente um discurso inovador em relação à educação e ao trabalho dos professores. Parabenizo a Folha pelo editorial deste domingo. Enganam-se especialistas e burocratas da educação que culpam só os professores pelo mau desempenho dos alunos; eles que saiam de seus textos teóricos e façam laboratórios práticos para constatar o que de fato acontece nas escolas.
No convívio diário, constato que alunos são crianças que querem limites e ser cobrados, mas não há garantias nem direitos aos profissionais -e as crianças sabem disso.
Não abandonem essa constatação.
"Socorro aos menores", este sim deveria ser o título do editorial."
LUDMILA BELUCCI T. MAZZARO (Santo André, SP)

 

"O editorial "Socorro ao professor", publicado pela Folha em sua edição de ontem, aborda com propriedade o problema da violência juvenil, que afeta a sociedade como um todo, incluindo as escolas.
Mas o texto comete um equívoco ao afirmar que o plano antiviolência preparado pelo governo do Estado ainda não veio a público. De fato, o conjunto do plano será objeto de teleconferência do secretário com todos os diretores de escola no fim do mês. Porém, partes importantes dele não só foram divulgadas como estão sendo implementadas.
A própria Folha publicou em sua edição de sábado (16/5) reportagem sobre iniciativas tomadas pelo governo para tratar de forma adequada os casos de violência, entre as quais se destacam a instalação de 11 mil câmeras em 2.200 escolas da Grande São Paulo e um sistema via internet para que as escolas comuniquem os casos de violência diretamente à Secretaria da Educação. Como mostrou a reportagem, o governo do Estado está empenhado em buscar ações que garantam ambientes pacíficos e propícios ao aprendizado na rede estadual de ensino."
ROGER FERREIRA, da assessoria de comunicação da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (São Paulo, SP)

CPI da Petrobras
"Mais uma CPI aberta por força do "patriotismo" do PSDB. O senador Arthur Virgílio se diz "preocupado" com o nosso patrimônio nacional. Desde quando? Quem vendeu empresas brasileiras a preço de banana, no limite da irresponsabilidade? O pior é que tudo começa com muito estardalhaço e termina com um belo acordo por baixo do pano. Já vimos esse filme. Gastam-se tempo, saliva e dinheiro, enquanto Lula viaja embalado na sua enorme popularidade."
MARA CHAGAS (São Paulo, SP)

 
"Seria cômica, se não fosse trágica, a afirmativa de que a CPI da Petrobras é eleitoreira. Todas elas o foram. Desde os tempos das bravatas do PT. Não há um ato dos nossos políticos que não vise às eleições, à gatunagem dos cofres públicos ou a uma combinação das duas coisas.
Todos nós sabemos o que acontece nas CPIs: discursos inflamados, depoimentos e choros com holofotes, até que o corporativismo conduza as revelações à vala comum do voto secreto para o acobertamento mútuo. Ninguém devolve o dinheiro roubado nem vai preso, ninguém perde o mandato nem fica inelegível. É um faz de conta infinito."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP)

Bolsa Família x MST
"O MST tem razão em não concordar com o recebimento do Bolsa Família pelo governo federal ("Governo agora quer incluir sem-terra no Bolsa Família", Brasil, ontem).
Incluir o movimento no programa não irá resolver o problema principal: a disponibilidade de terra.
As famílias lutam para ter um lugar de cultivo, um ambiente familiar, e não acomodações governamentais que visam acima de tudo controlar as revoltas. A reforma agrária é sim necessária; no entanto, deve vir com incentivos à produção. Assim tanto as famílias quanto as regiões se desenvolverão."
NASSER NASBINE RABEH (Ribeirão Preto, SP)

 

"Gostaria de saber quais os critérios que serão utilizados pelo governo para distribuir o Bolsa Família para os sem-terra. Como se já não bastasse o que o governo federal gasta com o movimento que se diz social, agora tirará recursos de muitos que de fato necessitam deles."
ADRIANA APARECIDA PINTO (São Paulo, SP)

Carli Filho
"Elucidativo o artigo de Ruy Castro sobre o caso do deputado Francisco Carli Filho ("Prisão perpétua", Opinião, 16/5). Quando os meios de comunicação se prestam ao papel de cúmplices dos interesses dos poderosos, está dada a receita da impunidade da forma mais pérfida: a manipulação da opinião pública."
PEDRO ZECCHIN (Paris, França)

Terceiro mandato
"Li a reportagem "Base aliada tem proposta de referendo sobre 3 mandato" (Brasil, ontem). Não quero um terceiro mandato para Lula nem para qualquer outro que venha a ser presidente.
Ainda que a maioria da população queira esse terceiro mandato, essa maioria pode estar influenciada por medidas populares, populistas ou simplesmente eleitoreiras."
PEDRO CARLOS DE MELLO (Brasília, DF)

Foto
"Sobre a matéria publicada acerca da doença que acomete a ministra Dilma Rousseff ("Dilma diz estar "muito bem" após sessão de quimioterapia", Brasil, 16/5), não podemos conter a nossa repulsa pelo sensacionalismo que a encerra, em nome de notícia. Assunto de foro íntimo, emoldurado por uma foto constrangedora, não pode e não deve ser abordado de forma tão leviana a respeito de quem quer que seja. Lamentável!"
ABDIAS FERREIRA FILHO (São Paulo, SP)

 

"A foto da ministra Dilma Rousseff com as duas mãos na cabeça, com expressão apreensiva e, de acordo com a Folha, segurando a peruca, informa? Explica os fatos?
Alguns homens públicos, quando se submetem às sessões de quimioterapia, raspam os cabelos. O governador Mário Covas, ao aparecer em público com os cabelos raspados, nunca teve em destaque esse fato, tampouco sofreu constrangimento no seu processo de doença.
Por razões culturais, para as mulheres, a representação simbólica da perda dos cabelos é diferente. A Folha e os profissionais de imprensa precisam ficar atentos a essas diferenças de gênero. Caso contrário, como acontece com a foto publicada na Folha, vão cometer atos profundamente desrespeitosos.
A mulher e a política Dilma Rousseff, no tratamento do câncer, devem ser tratadas com respeito e solidariedade. A delicadeza é uma dimensão da ética e precisa orientar o exercício do jornalismo."
JACIRA VIEIRA DE MELO (São Paulo, SP)

Crianças na TV
"O artigo de Bia Abramo "A menina, o monstro e o medo" (Ilustrada, ontem) é uma denúncia contra os maus tratos sofridos pela menina Maisa no programa de Silvio Santos. É um problema para o Ministério Público intervir porque está há muito tempo no ar e ninguém toma iniciativa em favor da proteção da criança nos meios de comunicação.
Se fosse em uma creche ou em alguma escola, certamente essas cenas de horror seriam denunciadas ao poder público, e seus autores, processados na Justiça. É o verdadeiro "vale tudo por dinheiro"."
SÉRGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)

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