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Gestores à prova
O GOVERNO de São Paulo vai
estabelecer uma prova de
certificação para os 91 dirigentes regionais de ensino do
Estado. A medida dá um caráter
prático ao discurso recorrente
que clama por melhoria na educação pública, ao buscar critérios
objetivos para a qualificação dos
detentores dos cargos -hoje
preenchidos por livre nomeação.
Decerto a margem para indicações políticas nos cargos de confiança precisa ser estreitada em
todas as áreas da administração
pública, nas três esferas federativas. Na educação, porém, a reforma deve ser encarada com especial rigor, pois o custo de dirigentes mal preparados para o exercício da função recai sobre a formação e o futuro dos alunos.
A indicação política continua,
mas terá de passar por um filtro
de qualidade. Só servidores aprovados no exame e detentores do
certificado, válido por três anos,
serão elegíveis para os postos.
Os gerentes de ensino que porventura não forem aprovados ficarão "de recuperação" e terão
de passar por um curso de aperfeiçoamento antes de realizar
novo teste. A reprovação definitiva leva à exoneração. Também
serão criadas vagas para servidores que desejarem obter a certificação, mesmo sem ter o cargo. A
iniciativa busca promover uma
espécie de "banco de talentos" ao
qual o governo pode recorrer.
Diretores regionais de saúde e
diretores de hospitais da rede estadual também serão submetidos aos testes para certificação.
A exigência desse tipo de atestado está em vigor há dois anos
para os cargos de dirigente escolar no governo de Minas Gerais,
que também implantou processos de certificação em outras
áreas da administração estadual.
A medida clareia o acesso aos
cargos e desincentiva a acomodação dos servidores -além de
representar um mínimo de compromisso com a eficiência na
gestão pública.
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