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CIDADE-ESCOLA
É simples e boa a idéia de empregar espaços subutilizados
da cidade em atividades educativas,
culturais e de reforço escolar destinadas aos alunos da rede pública de ensino. A iniciativa faz parte do programa "São Paulo é uma Escola", da Secretaria Municipal de Educação.
O primeiro lugar a receber os estudantes será o Sambódromo paulistano, localizado na zona norte da capital, que em agosto passará a abrigar
alunos de escolas municipais da região. Lá serão desenvolvidas oficinas
pedagógico-culturais, orientadas
por profissionais das áreas de Educação, Cultura e Esporte. Serão oferecidas desde aulas de dança e música,
até reforço em matérias do currículo
escolar formal.
Desde meados de maio, programas de pós-escola vêm sendo desenvolvidos também em 21 CEUs (Centros Educacionais unificados), além
de unidades de ensino fundamental
da prefeitura de São Paulo. O programa apóia-se em três pilares.
Em primeiro lugar, trata-se de usar
espaços muitas vezes quase abandonados da cidade para o ensino. Em
segundo, integrar os alunos e famílias à cidade, estimulando o uso e a
freqüentação de espaços culturais
disponíveis. Faz parte do projeto inserir a visitação a museus e outros
marcos culturais da metrópole nas
atividades pedagógicas das escolas
municipais. E, em terceiro, de oferecer complementação e reforço escolar ao público carente.
Embora o projeto seja uma espécie
de "ovo de Colombo" da atual administração municipal, não é demais
lembrar que, se não estiverem inscritas num projeto que vise a sanar mazelas estruturais do sistema de educação do município, ações como essa terão eficácia reduzida. É preciso
investir na formação de professores,
procurar meios de aumentar o aproveitamento das aulas e trabalhar pela
extinção dos três turnos de ensino
-um rodízio de alunos que permite
o atendimento de um maior número
de estudantes, mas redunda em menos tempo nas salas de aula.
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