São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Renan
"Não é surpresa o que ocorreu no Senado. O lamentável é o voto pela abstenção do outrora idealista e combativo Aloizio Mercadante. Este é o momento de refletir, e não de procurar explicar o inexplicável."
ORLANDO FERRÃO DA SILVA (São Bernardo do Campo, SP)

 

"A manchete da Primeira Página de 12/9, a nota "Coreografia" do "Painel" (Brasil, 13/9) e o registro de parte de meu pronunciamento na sessão fechada suscitaram dúvidas que precisam ser esclarecidas.
O jornal sabia de minha posição em defesa de uma sessão aberta para que eu pudesse tomar uma decisão final no caso do julgamento do senador Renan. Isso para garantir o princípio constitucional do direito de defesa.
Estive no gabinete do senador, que respondeu às minhas perguntas e entregou-me o seu memorial de defesa. Estudei-o com atenção.
No início da sessão de julgamento, no dia 12, disse ao senador que, caso ele concordasse, a sessão poderia ser aberta. Ele me respondeu, bravo, que quem a presidiria seria o senador Tião Viana. Ainda na parte aberta dessa sessão, propus abrir meu voto. Mas fui advertido de que isso poderia anular o julgamento.
Mais tarde, na sessão fechada, fui um dos últimos a falar, dando as razões do meu voto. Pouco antes, o senador Francisco Dornelles havia argumentado que a não-declaração à Receita só poderia ser considerado um crime após a conclusão de um inquérito, o que deu margem a várias abstenções.
Na minha fala, expliquei que a quebra de decoro está no fato de o presidente do Senado ter deixado de declarar o empréstimo à Receita por "razões de discrição" e também na apresentação de emenda na LDO de 2005 para obras no cais de Maceió, de interesse da construtora Mendes Júnior -onde era diretor o amigo que lhe prestava uma gentileza.
Por isso votei sim pela cassação.
Não houve, portanto, nenhuma coreografia em minha visita anterior ao senador Calheiros, apenas a vontade de conhecer, olho no olho, todos os argumentos do presidente do Senado."
EDUARDO SUPLICY , senador pelo PT-SP (Brasília, DF)

Alagoas e Minas
"Causou-nos estranheza a reportagem "Choque" tucano provoca crise administrativa em Alagoas" (Brasil, 17/9). Baseada na opinião de duas pessoas de Alagoas -uma delas o presidente da CUT local-, não houve por parte do jornal checagem que justificasse assumi-la como verdadeira.
O modelo administrativo e de gestão mineiro serviu também de consulta para governos do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, do Distrito Federal e de Pernambuco.
Podemos citar como benefícios do "choque de gestão" para os servidores mineiros: regularização, em janeiro de 2005, dos salários e do 13º, pagos em atraso havia oito anos; antecipação em dois anos do piso remuneratório para professores da educação básica com jornada de 24 horas semanais, contra 40 horas da União; pagamento, desde março de 2004, de R$ 102 milhões de verbas referentes a direitos dos servidores gerados entre 1995 e 2001 e não quitados até então.
Consideramos no mínimo incomum responsabilizar um Estado por problemas vividos por outro, com realidade social, econômica e administrativa próprias."
HUGO TEIXEIRA , superintendente de imprensa do governo de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Etanol
"É bom mesmo que a União Européia mantenha altas as tarifas para o nosso etanol. Afinal, a quem interessam as usinas de álcool senão aos seus próprios donos, ao governo, que quer arrecadar, e às pessoas que arrendam suas terras?
Produzir para o mercado interno ainda vá lá. Mas, mesmo assim, pagamos um preço alto.
A enorme expansão das lavouras de cana, que já ocupam as melhores terras do Sudeste, é conseqüência de programas de governo, opção distante do povo. O assunto nem sequer é debatido.
Se essa tendência persistir, as produções de cereais, frutas, carne e leite irão certamente diminuir, o que concorrerá para o provável aumento dos preços.
E pior, não há limites de área, não há zoneamento para plantio e não há fiscalização ambiental -mas há financiamentos e incentivos do governo."
JOSÉ EDUARDO TIBERI (Uberaba, MG)

Transportes
"Em relação à reportagem "Lotados, ônibus e metrô retiram bancos" (Cotidiano, 17/9), o Metrô acha necessário fazer os esclarecimentos que seguem:
1. Ao contrário do que afirma o jornalista Alencar Izidoro, a opção do Metrô por um modelo de trem com menor número de assentos não se deu em razão do aumento de passageiros transportados; 2. Esse modelo representa, conforme estudos realizados pelo Metrô, a melhor opção para o fluxo de passageiros nos trens e nas plataformas de embarque e desembarque, de modo a permitir maior rapidez e segurança; 3. Com a melhoria do fluxo assim obtida, conseguimos praticar o terceiro menor intervalo entre trens do mundo; 4. Com a chegada de novos trens e instalação do novo sistema de sinalização, esse tempo diminuirá mais ainda, proporcionando 25% a mais de oferta no sistema; 5. O jornalista se equivoca ao afirmar que na Europa o cálculo de nível de conforto é de quatro passageiros por m2. Londres, Madri, Barcelona e Nápoles, entre outras cidades européias, utilizam o mesmo índice do Metrô de São Paulo (6 passageiros por m2). O único a usar o critério citado como padrão europeu pelo jornalista é o metrô de Paris; 6. Reforçando informação passada ao jornalista e não publicada, o Metrô possui uma quantidade de assentos preferenciais maior do que o recomendado pela legislação."
MARCELLO BORG , gerente de comunicação e marketing do Metrô de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Alencar Izidoro - O Metrô se negou a dar entrevista, mas técnicos ligados à companhia confirmam que um dos motivos para a redução dos bancos é a ampliação de usuários em pé. A informação de que alguns países da Europa adotam a referência de quatro passageiros por m2 é atribuída ao especialista Peter Alouche, que trabalhou mais de três décadas no Metrô de SP, tendo sido representante da empresa na UITP (associação internacional de transportes públicos).

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