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Renan
"Não é surpresa o que ocorreu no
Senado. O lamentável é o voto pela
abstenção do outrora idealista e
combativo Aloizio Mercadante. Este é o momento de refletir, e não de
procurar explicar o inexplicável."
ORLANDO FERRÃO DA SILVA
(São Bernardo do Campo, SP)
"A manchete da Primeira Página de 12/9, a nota "Coreografia" do
"Painel" (Brasil, 13/9) e o registro
de parte de meu pronunciamento
na sessão fechada suscitaram dúvidas que precisam ser esclarecidas.
O jornal sabia de minha posição
em defesa de uma sessão aberta para que eu pudesse tomar uma decisão final no caso do julgamento do
senador Renan. Isso para garantir o
princípio constitucional do direito
de defesa.
Estive no gabinete do senador,
que respondeu às minhas perguntas e entregou-me o seu memorial
de defesa. Estudei-o com atenção.
No início da sessão de julgamento, no dia 12, disse ao senador que,
caso ele concordasse, a sessão poderia ser aberta. Ele me respondeu,
bravo, que quem a presidiria seria o
senador Tião Viana. Ainda na parte
aberta dessa sessão, propus abrir
meu voto. Mas fui advertido de que
isso poderia anular o julgamento.
Mais tarde, na sessão fechada, fui
um dos últimos a falar, dando as razões do meu voto. Pouco antes, o
senador Francisco Dornelles havia
argumentado que a não-declaração
à Receita só poderia ser considerado um crime após a conclusão de
um inquérito, o que deu margem a
várias abstenções.
Na minha fala, expliquei que a
quebra de decoro está no fato de o
presidente do Senado ter deixado
de declarar o empréstimo à Receita
por "razões de discrição" e também
na apresentação de emenda na
LDO de 2005 para obras no cais de
Maceió, de interesse da construtora Mendes Júnior -onde era diretor o amigo que lhe prestava uma
gentileza.
Por isso votei sim pela cassação.
Não houve, portanto, nenhuma
coreografia em minha visita anterior ao senador Calheiros, apenas a
vontade de conhecer, olho no olho,
todos os argumentos do presidente
do Senado."
EDUARDO SUPLICY , senador pelo PT-SP
(Brasília, DF)
Alagoas e Minas
"Causou-nos estranheza a reportagem "Choque" tucano provoca
crise administrativa em Alagoas"
(Brasil, 17/9). Baseada na opinião
de duas pessoas de Alagoas -uma
delas o presidente da CUT local-,
não houve por parte do jornal checagem que justificasse assumi-la
como verdadeira.
O modelo administrativo e de
gestão mineiro serviu também de
consulta para governos do Rio de
Janeiro, do Espírito Santo, do Distrito Federal e de Pernambuco.
Podemos citar como benefícios
do "choque de gestão" para os servidores mineiros: regularização, em
janeiro de 2005, dos salários e do
13º, pagos em atraso havia oito
anos; antecipação em dois anos do
piso remuneratório para professores da educação básica com jornada
de 24 horas semanais, contra 40
horas da União; pagamento, desde
março de 2004, de R$ 102 milhões
de verbas referentes a direitos dos
servidores gerados entre 1995 e
2001 e não quitados até então.
Consideramos no mínimo incomum responsabilizar um Estado
por problemas vividos por outro,
com realidade social, econômica e
administrativa próprias."
HUGO TEIXEIRA , superintendente de imprensa do
governo de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)
Etanol
"É bom mesmo que a União Européia mantenha altas as tarifas para o nosso etanol. Afinal, a quem interessam as usinas de álcool senão
aos seus próprios donos, ao governo, que quer arrecadar, e às pessoas
que arrendam suas terras?
Produzir para o mercado interno
ainda vá lá. Mas, mesmo assim, pagamos um preço alto.
A enorme expansão das lavouras
de cana, que já ocupam as melhores
terras do Sudeste, é conseqüência
de programas de governo, opção
distante do povo. O assunto nem sequer é debatido.
Se essa tendência persistir, as
produções de cereais, frutas, carne
e leite irão certamente diminuir, o
que concorrerá para o provável aumento dos preços.
E pior, não há limites de área, não
há zoneamento para plantio e não
há fiscalização ambiental -mas há
financiamentos e incentivos do governo."
JOSÉ EDUARDO TIBERI (Uberaba, MG)
Transportes
"Em relação à reportagem "Lotados, ônibus e metrô retiram bancos"
(Cotidiano, 17/9), o Metrô acha
necessário fazer os esclarecimentos que seguem:
1. Ao contrário do que afirma o
jornalista Alencar Izidoro, a opção
do Metrô por um modelo de trem
com menor número de assentos
não se deu em razão do aumento de
passageiros transportados; 2. Esse
modelo representa, conforme estudos realizados pelo Metrô, a melhor opção para o fluxo de passageiros nos trens e nas plataformas de
embarque e desembarque, de modo
a permitir maior rapidez e segurança; 3. Com a melhoria do fluxo assim obtida, conseguimos praticar o
terceiro menor intervalo entre
trens do mundo; 4. Com a chegada
de novos trens e instalação do novo
sistema de sinalização, esse tempo
diminuirá mais ainda, proporcionando 25% a mais de oferta no sistema; 5. O jornalista se equivoca ao
afirmar que na Europa o cálculo de
nível de conforto é de quatro passageiros por m2. Londres, Madri, Barcelona e Nápoles, entre outras cidades européias, utilizam o mesmo
índice do Metrô de São Paulo (6
passageiros por m2). O único a usar
o critério citado como padrão europeu pelo jornalista é o metrô de Paris; 6. Reforçando informação passada ao jornalista e não publicada, o
Metrô possui uma quantidade de
assentos preferenciais maior do
que o recomendado pela legislação."
MARCELLO BORG , gerente de comunicação e marketing do Metrô de São Paulo (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Alencar
Izidoro - O Metrô se negou a dar
entrevista, mas técnicos ligados
à companhia confirmam que
um dos motivos para a redução
dos bancos é a ampliação de
usuários em pé. A informação
de que alguns países da Europa
adotam a referência de quatro
passageiros por m2 é atribuída
ao especialista Peter Alouche,
que trabalhou mais de três décadas no Metrô de SP, tendo sido representante da empresa
na UITP (associação internacional de transportes públicos).
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