São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Nunca mais
"O ministro Nelson Jobim quer mudança na Lei de Imprensa para evitar que grampos telefônicos sejam divulgados na mídia (Folha Online de ontem).
Que fique bem claro que qualquer alteração na Lei de Imprensa significa uma afronta à Constituição e um retrocesso no processo democrático, visto que a nossa Carta Magna garante total liberdade de informação como também o segredo das fontes utilizadas pelos profissionais da imprensa na execução de suas reportagens.
Mordaça e tapa-olho nunca mais!"
MARA MONTEZUMA ASSAF (São Paulo, SP)

Aborto
"Com certeza é um "direito de escolha" poder tirar a vida das pessoas ("Juízes defendem mudança na lei do aborto", Cotidiano, ontem), do mesmo modo como nós, brasileiros, fazíamos aos montes antes da lei seca. Matávamos muitos inocentes, grande parte deles crianças.
Agora se quer dar o direito de escolha para matarmos antes de gerar gastos para o governo. Vamos matar seres que não falam e que não pediram para vir ao mundo.
Isso sim, para os magistrados, é um direito de escolha bem democrático."
KELLY PASSOS (Arujá, SP)

Farmácias
"As drogarias de rede mostram a sua maior cara-de-pau ao declararem que há falta de farmacêuticos ("Redes dizem que faltam farmacêuticos", Cotidiano, 13/9).
Se há falta desses profissionais é porque as redes pagam mal, porque podam o trabalho dos farmacêuticos. Essas drogarias transformaram esse ramo em um comércio, onde se compra arroz da mesma forma como se compra um antibiótico (Amoxacilina, por exemplo). E o farmacêutico que não entra no esquema é demitido.
Na defesa de uma saúde pública melhor, espero que a Covisa (Consultoria Técnica em Vigilância Sanitária) tome alguma atitude.
O problema não é desvirtuar o ramo, vendendo balas, pilhas ou chocolates; o problema é vender medicamentos sem nenhuma orientação, de médico ou de farmacêutico, pois este não pode ir contra as vendas. Este é o meu protesto."
HUGO DE ALENCAR IZABEL , farmacêutico e bioquímico (São Paulo, SP)

Trabalho doméstico
"Inacreditável o artigo de Marcos Cintra a respeito dos "Direitos do trabalhador doméstico" (Dinheiro, 15/9).
O palavrório ali contido procede diretamente dos argumentos que sustentaram por séculos a escravidão no Brasil.
Uma frase como "o governo deve ser cauteloso ao considerar o desmonte de instituições criadas ao longo dos anos no tocante ao trabalho doméstico" gozaria da estima de José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, Bernardo Pereira de Vasconcelos e José de Alencar, outros notáveis defensores da benesse "do relacionamento cordial entre patrões e empregados domésticos" em nossas paragens."
RAFAEL MARQUESE (São Paulo, SP)

Fumo
"É curioso como atitudes totalitárias logo adquirem adeptos. Fiquei surpreso com a "lógica" exposta pelo leitor William Roger Georgiani dos Santos ("Painel do Leitor", 16/9): suspender o atendimento médico pelo sistema público de saúde aos que sofrem de doenças decorrentes do tabagismo, "que tanto oneram o nosso pobre governo".
Seguindo o seu "nobre e generoso raciocínio", estou convencido de que poderíamos "economizar" muito mais, deixando de atender pelo sistema público todos os eventos, em tese, "previsíveis': alcoolismo e suas conseqüências, verminoses e até mesmo hipertensão, diabetes tipo 2, gota e doenças decorrentes da hipercolesterolemia (descuidos, todos eles, da dieta).
Suspenderíamos o atendimento às doenças do obeso e do bulímico, viroses adquiridas por não-vacinados, acidentes de trânsito (sempre haverá um culpado), sem falar nas doenças sexualmente transmissíveis, todas elas evitáveis.
Com o aprimoramento do "sistema", seria possível incluirmos doenças hereditárias (culpa da família com gene deficiente) e, assim, teríamos um adicional à imensa "economia", sem sombra de dúvida. E a sua proposta de aumentar os bônus para as seguradoras reflete outra moda de momento: embolsam o prêmio e buscam furtar-se de honrar os compromissos com a família remanescente, culpando o já indefeso defunto."
ITHAMAR NOGUEIRA STOCCHERO (São Paulo, SP)

Diesel
"A Petrobras e as montadoras tiveram desde 2002 para fazer a lição de casa. Não fizeram e agora merecem reprovação.
A desculpa de Petrobras de que os motores adequados não existem -e que por isso ela não oferecerá o produto- é absurda e risível.
Um motor a diesel de primeira geração, com injeção mecânica e desregulado, sempre poluirá menos com o diesel 50 ppm do que com o 2000 ppm. É uma questão físico-química, e não se discute.
Aliás, a frota de caminhões obsoletos é uma razão a mais para acelerar, e não para retardar, a introdução do combustível mais limpo. A lógica é essa."
ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)

Pink Floyd
"Richard Wright partiu para sua última viagem.
Fica a saudade e aumenta a tristeza para os admiradores dessas grandiosas criações musicais. Justamente neste momento em que a música-arte vem sendo soterrada por uma avalanche de "obras musicais" pouco ou quase nada criativas.
"Wish You Were Here", mr. Richard Wright."
JOSÉ ELIAS BESSA (São José do Rio Preto, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Roberto Nicolsky: Política pública, gestão social

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.