São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eletrobras
Com relação à matéria "Irmão de diretor de estatal negocia projetos de energia" (17/10), venho esclarecer os seguintes aspectos: 1. O engenheiro Edgar Luiz Cardeal é meu irmão e trabalha em projetos de energia elétrica há mais de 42 anos. Nenhum desses projetos faz parte de programas sob minha coordenação, portanto, não há conflito de interesses entre as atividades de meu irmão e as minhas na Eletrobras;
2. Quanto ao Programa de Incentivo de Fontes Alternativas de Energia Elétrica, criado pela lei 10.438 (2002), os projetos contratados foram habilitados e selecionados através de um certame público, iniciado e encerrado em 2004. Desde então nenhum outro empreendimento foi contratado no âmbito do Proinfa;
3. Reafirmo que Edgar Cardeal não presta serviços a empresas do Sistema Eletrobrás. Trabalha como consultor, engenheiro e empresário para projetos do setor privado por meio da DGE Desenvolvimento e Gestão de Empreendimentos, empresa de sua propriedade. As condições de pagamento dos serviços contratados com a DGE são estabelecidas pelas partes contratantes;
4. De acordo com o atual modelo do setor elétrico brasileiro, implementado no ano de 2004, a compra e venda de energia elétrica é efetivada por meio de leilões públicos. A fiscalização da aplicação do modelo é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
5. Não é verdadeira a informação de que o governo compra energia. A energia é comprada pelas empresas concessionárias de distribuição, autoprodutores, consumidores livres e cooperativas de eletrificação rural. Esta compra ocorre por intermédio de leilões públicos, vencendo aqueles produtores de energia que ofertarem o menor preço, o que contribui para uma menor tarifa, em benefício da população;
6. Portanto, repudio com todas as letras a reportagem. A única verdade sem distorção no texto publicado é a de que meu irmão Edgar Luiz Cardeal é um reconhecido profissional e empresário do setor elétrico. Ao que me conste, não há ilegalidade alguma em ter um irmão ganhando a vida honestamente, de acordo com as leis de mercado.
VALTER LUIZ CARDEAL DE SOUZA, diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras (Rio de Janeiro, RJ)

RESPOSTA DO REPÓRTER SILVIO NAVARRO - Além do cargo de diretor de Engenharia da Eletrobras, o missivista coordena o Proinfa e é presidente do Conselho de Administração da Eletrosul e da CGTEE. Essas empresas gerenciam a política energética do governo na região Sul, onde seu irmão negocia projetos com empresários.

Eleições
A Folha tem feito uma cobertura mais intensa das campanhas do que das eleições em si. Não seria o caso de o jornal buscar diferenças nos programas de governo dos candidatos e estimular discussões mais cabíveis do que dar destaque apenas para os rumos que os marqueteiros tem dado aos seus respectivos clientes?
SERGIO AMARAL (São Paulo, SP)

Educação
Parabenizo a Folha por expor um assunto preocupante e complexo ("Estresse na escola", 17/ 10). Oxalá fomente um debate amplo que envolva toda a sociedade, pois estamos vivendo uma crise sem precedentes. Como marido de professora, fico arrepiado com as histórias que ouço de alunos que agridem verbalmente e até fisicamente os docentes, muitas vezes com o respaldo dos pais, que transferem ao professor toda a responsabilidade pela educação dos filhos. Faço um prognóstico desalentador: quando a geração atual de professores se aposentar, as suas vagas serão preenchidas por jovens que não terão estrutura física e psicológica para lidar com estes alunos. E aí?
MARCOS ANTONIO FRANCIOSI (Vinhedo, SP)

 

Enfim um editorial realista acerca da educação (17/10). A Folha resistiu às tentações de somente ouvir os "especialistas da área" (e que não vivenciam cotidianamente seus problemas) e, consequentemente cair na vala comum de culpar somente os professores pelo caos na educação. Apontou responsabilidades de cada esfera envolvida e encaminhamentos de soluções.
FÁBIO MANCASTROPE (Taubaté, SP)

Banco Central
A respeito da reportagem "Governo estuda impor limites a investimento chinês" (Mercado, 16/10), esclareço que as opiniões do Banco Central são emitidas exclusivamente por meio de documentos oficiais, declarações de seu presidente e diretores ou por sua assessoria de imprensa. O Banco não reconhece opiniões expressas por fontes anônimas, e o assunto da matéria não é de conhecimento da diretoria.
FRANCISCO MENDONÇA FILHO, assessoria de Imprensa do Banco Central (Brasília, DF)

Privatizações
O texto "Economia privatizada é rumo para o futuro" ("Tendências/Debates", 16/10), de João Guilherme Ometto, além de não responder claramente à questão sobre a positividade das privatizações brasileiras, poderia ter enriquecido o debate abordando o papel da China -economia em grande parte estatizada- na "salvação" do modelo capitalista na grande crise de 2008/2009. Paralelamente ao aporte de recursos por parte dos bancos centrais e à atuação das empresas estatais, o imenso volume de compras do gigante asiático evitou a repetição do desastre de 1929 e espantou os fantasmas que assombraram o mundo.
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

Horário de verão
Não tenho dúvida de que, se houvesse uma consulta popular para saber se os brasileiros são a favor ou contra o horário de verão, o resultado seria maciçamente contrário a essa instituição macabra, que massacra os mais humildes que precisam madrugar a fim de saírem para o trabalho. Esse casuísmo só perdura porque os que fazem as leis não têm horário a cumprir, podendo se dar ao luxo de ir ao Parlamento quando bem entendem.
LINO TAVARES (Porto Alegre, RS)

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