São Paulo, domingo, 18 de outubro de 1998

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Painel do leitor

Dilemas do segundo turno

"Não faz parte de nossa tradição política o segundo turno para a escolha dos chefes executivos, embora represente um aperfeiçoamento de nosso regime. No primeiro turno fazemos uma opção partidária, de acordo com a nossa ideologia e com a doutrina da agremiação.
Já no segundo turno, quando só dois candidatos disputam o cargo majoritário, há uma escolha que prioriza seu currículo e programa de governo, de acordo com as coligações interpartidárias que se formarem.
Não cabe, pois, no segundo turno, neutralidade, voto em branco e muito menos anulação de voto."
Chopin Tavares de Lima (São Paulo, SP)


Barganhas políticas

"O país está amadurecendo dentro da democracia. Mas parece que há muitos políticos que abusam dos direitos e esquecem as obrigações. Só para citar um exemplo, há as barganhas nas votações das reformas, em que são feitas exigências pessoais. Um absurdo.
O que se passa na cabeça desses políticos? Não é um desrespeito para com o povo e com a nação?"
Hyung Rae Jo (Caraguatatuba, SP)


Pessimismo

"Tendo lido inúmeros artigos de Janio de Freitas, pelo que tenho visto, pelos seus inúmeros conhecimentos, entendo que ele deveria se candidatar a algum cargo no Legislativo ou mesmo no Executivo. Entende de tudo!
Nas suas colunas só vejo críticas e nunca elogios a várias coisas boas que nosso presidente tem feito. Em suas colunas só encontro pessimismo. Que ele tenha um pouco de otimismo. Também noto colegas dele da Folha que demonstram isso: Clóvis Rossi e Eliane Cantanhêde.
Vamos nos unir para que o Brasil passe por esta fase que também acontece em outros países e cresça."
João Alcindo Mardegan (Amparo, SP)


Bolsas atrasadas

"Gostaria de registrar a indignação de milhares de brasileiros que recebem bolsas de mestrado, doutorado e iniciação científica, inclusive estudantes que estão no exterior. O governo simplesmente suspendeu o pagamento das bolsas, das quais sobrevive o que resta da pesquisa científica no Brasil.
Será que é assim que caminharemos para o desenvolvimento tecnológico do país?"
Sergio R. Floeter (Vitória, ES)


Teto salarial

"Com o texto de Saulo Ramos publicado no último domingo na Folha (pág. 1-3, Opinião), finalmente um órgão de imprensa faz justiça àqueles que vivem de, no mínimo, tentar distribuí-la. O jurista foi direto ao ponto.
Obrigado à Folha e ao dr. Saulo Ramos pelo tirocínio e respeito à verdade dos fatos. Busquem mais e encontrarão mais, muito mais."
Itagiba Catta Preta Neto (Salvador, BA)


Interferência política

"Aportei em São Paulo nos idos de 1945, há 53 anos -portanto a esta terra dedico um acendrado amor e uma dedicação acrisolada.
Fico pois rebelado quando o sr. Antonio Carlos Magalhães se põe a caminho no intuito de influenciar e direcionar a nossa política, saindo da sua seara para vir dar palpite onde não é de sua capacidade e atribuição."
Joaquim Meira Lessa (Atibaia, SP)


Imposto de Renda

"No meu entender, o enfoque do governo federal em relação ao Imposto de Renda é inadequado. Parece-me que o governo considera o IR como um dos seus problemas, quando deveria ser "o' problema por excelência.
Esse imposto deveria ser o esteio do equilíbrio das finanças públicas da União e, portanto, deveria ser a preocupação máxima da administração federal. Sou de opinião de que está faltando um certo entrosamento na parte de arrecadação e fiscalização.
Não seria o caso de afirmar que cada real gasto na fiscalização do Imposto de Renda de pessoas jurídicas é mais produtivo para as finanças públicas do que um real gasto em qualquer outra atividade?"
Henrique Goldkorn (Rio de Janeiro, RJ)


Fepasa

"Sensacional o artigo de Aloysio Biondi na seção "Opinião Econômica' (Dinheiro) de 15/10. A "venda' da Fepasa entristeceu os paulistas. É pena que mais uma demonstração do descaso com o patrimônio público venha a ser concretizada proximamente com a "venda' da área de geração da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), essa empresa que sempre deu lucro, mesmo quando usada para fomento de desenvolvimento do Estado de São Paulo, na última década.
Um patrimônio construído durante 30 anos com nossos impostos "vendido' assim. É uma vergonha! Quem vai pagar por esses erros? A resposta é clara: nós, consumidores de energia elétrica."
Renata Cattacini (São Paulo, SP)


Modelo seminua

"Todo dia meu sobrinho vem tomar café na minha casa e aproveita para dar uma olhada na Folha, que deixo sobre o sofá. No dia 13/10, porém, antes que ele chegasse, rabisquei com caneta esferográfica o lado nu da foto da modelo publicada na Primeira Página, não só para preservá-lo, mas também por ter me incomodado. De fato, já não bastando o que há na publicidade e na TV, ver a Folha explorar a sexualidade na Primeira Página é bastante desagradável."
Marcos Bastos dos Santos (São Paulo, SP)


Economistas

"Foi com indisfarçável surpresa que tomamos conhecimento do pronunciamento do sr. Gastão Vidigal (Folha, pág. 1-2, "Frases', 5/10), procurando denegrir a categoria dos economistas.
Afinal tal tipo de atitude contrasta com a tradição de seriedade do banco que obteve a respeitabilidade da sociedade paulista graças à postura de seus fundadores e das sucessivas gerações de familiares que ocuparam seus cargos diretivos.
Prova desse contraste é que a Fundação Gastão Vidigal de Estudos Econômicos mantém há anos a salutar iniciativa de premiar anualmente o melhor aluno do curso de economia das principais faculdades de São Paulo.
Diante disso, o Conselho Regional de Economia (2ª Região) vem a público manifestar seu repúdio à leviana declaração do sr. Gastão Vidigal, que reflete total desconhecimento da enorme contribuição que os economistas vêm prestando ao país."
Carlos Roberto de Castro, presidente do Conselho Regional de Economia (São Paulo, SP)


Sujeira

"A passagem subterrânea para pedestres situada na rua da Consolação, esquina com a av. Paulista está indecente, imunda, indecorosa, indigna de uma cidade como São Paulo. Da prefeitura não se pode esperar nada. Não seria o caso de uma parceria entre os comerciantes do local e o cine Belas Artes no sentido de recuperar o pestilento local, reurbanizando-o?
O investimento não seria grande, mesmo para estes tempos de crise, e a cidade agradeceria!"
Adanor A. de A. Quadros (Santo André, SP)




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