São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Saúde em SP
"Pelo segundo ano consecutivo, e novamente alertada com antecedência durante a preparação da reportagem, a Folha desinforma o leitor ao analisar a proposta orçamentária estadual para a saúde. Para tirar a conclusão de que "São Paulo corta investimentos em saúde" (Brasil, ontem), o jornal levou em conta apenas um único item de despesa -investimentos em obras e em instalações-, o que representa apenas 0,02% do orçamento da saúde previsto para 2009. Assim, despreza uma regra elementar: os gastos com custeio (compra de equipamentos, insumos hospitalares, medicamentos e pagamento de salários de médicos e enfermeiros) são, de longe, os mais importantes e os que consomem a maior parte do orçamento da saúde. Basta dizer que o custo para manter um hospital funcionando durante um ano é equivalente ao de sua construção. Em 2008, o governo do Estado terminou as obras do Hospital do Câncer, a reforma e a ampliação do Dante Pazzanese e a instalação de 12 ambulatórios de especialidades. Os recursos para essas unidades, classificados em 2008 como investimentos em obras e instalações, foram reclassificados em 2009 como despesas de custeio. Para reparar a verdade, é importante insistir e deixar claro que as despesas totais em saúde vão crescer 20% em 2009 -R$ 10,281 bilhões para R$ 12,325 bilhões. Em vez de redução, há um crescimento de mais de R$ 2 bilhões. Finalmente, é fundamental dizer que a área que receberá a maior fatia do orçamento no ano que vem é a social, com mais de R$ 50 bilhões. E que, ao contrário do afirmado pelo PT, os investimentos em infra-estrutura também têm forte caráter social, como a ampliação do metrô e a modernização das linhas da CPTM."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do Estado (São Paulo, SP)

Masp
"Lamentamos profundamente a forma como a Folha vem noticiando a sucessão da presidência do Masp, desprezando fatos e se distanciando da verdade, o que poderá prejudicar as relações do museu com patrocinadores e instituições públicas e privadas e induzir a sociedade a acreditar numa situação que não corresponde à realidade ("Gestão de Neves foi marcada por reforma e furto", Cotidiano, 4/11). O Masp não tem "dívidas vencidas", pois suas pendências financeiras foram totalmente renegociadas para liqüidação em parcelas até o final de 2010. As parcelas devidas até esta data foram quitadas em dia, estando já provisionadas as relativas ao final de 2008, bem como já incluídas as demais nos orçamentos de 2009 e 2010, cujo valor total não chega a R$ 4 milhões. Quanto às ações ajuizadas contra o Masp, é importante esclarecer que não se trata de "dívidas". A ação relativa a uma cobrança do INSS, no final do mês de setembro último, foi considerada pela Justiça como indevida; quanto à ação proposta pela Vivo, referente a descumprimento do contrato firmado com o Masp destinado à compra de um edifício, não resulta em nenhuma dívida, pois, na improvável hipótese de o Masp não cumprir a obrigação de reformar o imóvel, bastaria que fosse vendido, até porque seu valor atualmente é superior ao do recebido pelo museu. Seguramente, o Masp nunca esteve em condições tão favoráveis como hoje, com as contas equacionadas, uma programação de alto nível, com mais de 20 exposições em menos de dois anos (dez delas internacionais), além de contar atualmente com a melhor infra-estrutura museológica do país, inclusive em relação à sua segurança. O que nos parece é que, infelizmente, essa equipe de repórteres e editores do jornal não conhece suficientemente o Masp. Seria da maior importância que o fizessem, e, para isso, estão permanentemente convidados."
BEATRIZ PIMENTA CAMARGO , vice-presidente do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand -Masp (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - O valor citado no texto, R$ 20 milhões, corresponde às dívidas cobradas pela Vivo (R$ 13 milhões), INSS (R$ 4,2 milhões) e Eletropaulo (cerca de R$ 3 milhões, segundo o próprio museu).

Nossa Caixa
"Parece certo que o Banco do Brasil vai adquirir a Nossa Caixa. Quem vai ganhar, eu não sei. Mas nós, clientes, é que perderemos. Em minha cidade, os dois estabelecimentos têm um ponto em comum: pouquíssimos funcionários e muitos clientes. Resultado: longas filas, demora, impaciência, irritação. Juntando os dois, a situação ficará ainda mais precária. Parabéns ao governador José Serra, que se livrou de um trambolho, e pêsames ao funcionalismo paulista, que vai amargar mais esse sofrimento."
JOSÉ LUIZ PEREIRA DA SILVA (Mogi Mirim, SP)

Mania
"O artigo "Lula-aqui, Evo-ali, Obama-lá" ("Tendências/Debates", ontem) é pródigo em denunciar pretensas manias (lulomania, chavezmania, evomania etc.). A rigor, o autor, desde que se afastou do PT e se solidarizou com a intelectualidade tucana, parece ter criado um autêntico cacoete: a augustomania (ou defrancomania?). A mania consiste em enxergar graves e reiteradas ameaças à democracia por todos os cantos da América Latina. Particularmente quando amplos setores de suas populações elegem e apóiam governantes de origem popular."
CAIO N. DE TOLEDO , professor da Unicamp (Campinas, SP)

Globo
"Desde que a Direção Geral de Entretenimento foi criada, neste ano, Mário Lúcio Vaz passou a ser diretor artístico associado, respondendo diretamente à Direção Geral da TV Globo ("Crise em novelas racha cúpula da Globo", Ilustrada, ontem). Ao diretor artístico associado a Direção Geral encomenda avaliações e análises dos programas, recebe relatórios e os encaminha à Direção Geral de Entretenimento. Adicionalmente, são realizadas reuniões semanais entre os três departamentos para discutir questões relacionadas à área artística. Até hoje, o espírito tem sido sempre o de colaboração e entendimento, e o resultado, o melhor possível."
LUIS ERLANGER, Central Globo de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ)

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