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Saúde em SP
"Pelo segundo ano consecutivo, e
novamente alertada com antecedência durante a preparação da reportagem, a Folha desinforma o
leitor ao analisar a proposta orçamentária estadual para a saúde.
Para tirar a conclusão de que "São
Paulo corta investimentos em saúde" (Brasil, ontem), o jornal levou
em conta apenas um único item de
despesa -investimentos em obras
e em instalações-, o que representa apenas 0,02% do orçamento da
saúde previsto para 2009.
Assim, despreza uma regra elementar: os gastos com custeio
(compra de equipamentos, insumos hospitalares, medicamentos e
pagamento de salários de médicos e
enfermeiros) são, de longe, os mais
importantes e os que consomem a
maior parte do orçamento da saúde. Basta dizer que o custo para
manter um hospital funcionando
durante um ano é equivalente ao de
sua construção.
Em 2008, o governo do Estado
terminou as obras do Hospital do
Câncer, a reforma e a ampliação do
Dante Pazzanese e a instalação de
12 ambulatórios de especialidades.
Os recursos para essas unidades,
classificados em 2008 como investimentos em obras e instalações,
foram reclassificados em 2009 como despesas de custeio.
Para reparar a verdade, é importante insistir e deixar claro que as
despesas totais em saúde vão crescer 20% em 2009 -R$ 10,281 bilhões para R$ 12,325 bilhões. Em
vez de redução, há um crescimento
de mais de R$ 2 bilhões.
Finalmente, é fundamental dizer
que a área que receberá a maior fatia do orçamento no ano que vem é
a social, com mais de R$ 50 bilhões.
E que, ao contrário do afirmado pelo PT, os investimentos em infra-estrutura também têm forte caráter social, como a ampliação do metrô e a modernização das linhas da
CPTM."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do
Estado (São Paulo, SP)
Masp
"Lamentamos profundamente a
forma como a Folha vem noticiando a sucessão da presidência do
Masp, desprezando fatos e se distanciando da verdade, o que poderá
prejudicar as relações do museu
com patrocinadores e instituições
públicas e privadas e induzir a sociedade a acreditar numa situação
que não corresponde à realidade
("Gestão de Neves foi marcada por
reforma e furto", Cotidiano, 4/11).
O Masp não tem "dívidas vencidas",
pois suas pendências financeiras
foram totalmente renegociadas para liqüidação em parcelas até o final
de 2010. As parcelas devidas até esta data foram quitadas em dia, estando já provisionadas as relativas
ao final de 2008, bem como já incluídas as demais nos orçamentos
de 2009 e 2010, cujo valor total não
chega a R$ 4 milhões.
Quanto às ações ajuizadas contra
o Masp, é importante esclarecer
que não se trata de "dívidas". A ação
relativa a uma cobrança do INSS,
no final do mês de setembro último, foi considerada pela Justiça como indevida; quanto à ação proposta pela Vivo, referente a descumprimento do contrato firmado com o
Masp destinado à compra de um
edifício, não resulta em nenhuma
dívida, pois, na improvável hipótese de o Masp não cumprir a obrigação de reformar o imóvel, bastaria
que fosse vendido, até porque seu
valor atualmente é superior ao do
recebido pelo museu.
Seguramente, o Masp nunca esteve em condições tão favoráveis
como hoje, com as contas equacionadas, uma programação de alto nível, com mais de 20 exposições em
menos de dois anos (dez delas internacionais), além de contar atualmente com a melhor infra-estrutura museológica do país, inclusive
em relação à sua segurança.
O que nos parece é que, infelizmente, essa equipe de repórteres e
editores do jornal não conhece suficientemente o Masp. Seria da
maior importância que o fizessem,
e, para isso, estão permanentemente convidados."
BEATRIZ PIMENTA CAMARGO , vice-presidente do
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
-Masp (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Mario
Cesar Carvalho - O valor citado
no texto, R$ 20 milhões, corresponde às dívidas cobradas pela
Vivo (R$ 13 milhões), INSS (R$
4,2 milhões) e Eletropaulo (cerca de R$ 3 milhões, segundo o
próprio museu).
Nossa Caixa
"Parece certo que o Banco do
Brasil vai adquirir a Nossa Caixa.
Quem vai ganhar, eu não sei. Mas
nós, clientes, é que perderemos.
Em minha cidade, os dois estabelecimentos têm um ponto em comum: pouquíssimos funcionários e
muitos clientes. Resultado: longas
filas, demora, impaciência, irritação. Juntando os dois, a situação ficará ainda mais precária.
Parabéns ao governador José
Serra, que se livrou de um trambolho, e pêsames ao funcionalismo
paulista, que vai amargar mais esse
sofrimento."
JOSÉ LUIZ PEREIRA DA SILVA (Mogi Mirim, SP)
Mania
"O artigo "Lula-aqui, Evo-ali,
Obama-lá" ("Tendências/Debates",
ontem) é pródigo em denunciar
pretensas manias (lulomania, chavezmania, evomania etc.).
A rigor, o autor, desde que se afastou do PT e se solidarizou com a intelectualidade tucana, parece ter
criado um autêntico cacoete: a augustomania (ou defrancomania?).
A mania consiste em enxergar
graves e reiteradas ameaças à democracia por todos os cantos da
América Latina. Particularmente
quando amplos setores de suas populações elegem e apóiam governantes de origem popular."
CAIO N. DE TOLEDO , professor da Unicamp
(Campinas, SP)
Globo
"Desde que a Direção Geral de
Entretenimento foi criada, neste
ano, Mário Lúcio Vaz passou a ser
diretor artístico associado, respondendo diretamente à Direção Geral
da TV Globo ("Crise em novelas racha cúpula da Globo", Ilustrada,
ontem).
Ao diretor artístico associado a
Direção Geral encomenda avaliações e análises dos programas, recebe relatórios e os encaminha à
Direção Geral de Entretenimento.
Adicionalmente, são realizadas
reuniões semanais entre os três departamentos para discutir questões
relacionadas à área artística.
Até hoje, o espírito tem sido sempre o de colaboração e entendimento, e o resultado, o melhor
possível."
LUIS ERLANGER, Central Globo de Comunicação
(Rio de Janeiro, RJ)
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