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PAINEL DO LEITOR
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Cratera no metrô
"No "Painel do Leitor" de ontem,
rebela-se a CCR -Companhia de
Concessões Rodoviárias-, por
meio de seu presidente, contra o
teor de artigo de minha autoria publicado na quarta-feira.
Afirma que o contrato assinado
por esse consórcio envolve tão-somente a operação da linha. São dois
contratos diferentes (fato a mim só
agora revelado). Um deles prevê a
construção; o outro, a operação. O
segundo contrato nem sequer foi
colocado em prática, já que só pode
ser executado depois que as obras
estiverem concluídas.
Omite, no entanto, o fato de que
tanto o consórcio encarregado da
construção da obra como o da operação do sistema, embora detentores de personalidades jurídicas diversas, são basicamente controlados pelas mesmas empresas, as
construtoras Odebrecht, OAS,
Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e
Andrade Gutierrez.
Continua, portanto, necessário
que os responsáveis privados pela
concessão e pela implantação do
projeto venham a público para esclarecer as causas do desabamento
e para anunciar as providências tomadas relativamente a possíveis vítimas e a danos produzidos.
O alerta em relação à necessidade
de um efetivo controle das PPPs
continua pertinente, aplicável aos
contratos de entrega da obra pronta
para funcionar ("turn key'), os princípios e regramentos trazidos pela
Lei das Parcerias Público-Privadas."
JOÃO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS, procurador de
Justiça, coordenador do Centro de Apoio
Operacional das Promotorias de Justiça
da Cidadania do Estado (São Paulo, SP)
Congresso
"Ter um Congresso mais autônomo e mais responsável é uma expectativa de todos os brasileiros
conscientes. E a eleição de Gustavo
Fruet para a presidência da Câmara
dos Deputados seria um bom começo para isso.
Qual é mesmo o santo das causas
quase impossíveis? Quero iniciar
aqui uma forte corrente de pedidos
e preces para ele.
Quem sabe, pelo bem do Brasil,
seremos atendidos."
SILVANO CORRÊA (São Paulo, SP)
FGTS
"Sobre a reportagem "Fundo de
investimento ameaça FGTS" (Dinheiro, 17/1), considero no mínimo
irresponsável e desrespeitosa a atitude do governo em relação ao cidadão ao colocar o FGTS em risco para sustentar as medidas do Plano de
Aceleração do Crescimento.
A história do Brasil mostra que o
momento é de conter gastos do governo, e não de abrir as comportas
por questões de conchavos políticos e de ânsia de crescimento imediato.
Como cidadão e contribuinte, sou
contra a medida e considero meu
patrimônio (FGTS) posto em risco
para sustentar ações descabidas de
um governo que age de forma irresponsável e posteriormente não é
capaz de assumir seus erros."
RAUL LARA RESENDE DE CARNEIRO
(Sertãozinho, SP)
Cinema
"Li a reportagem sobre a queda
de público nos cinemas brasileiros
("Queda de público nos cinemas do
Brasil provoca racha no mercado",
Ilustrada, 17/1), de Silvana Arantes, e gostaria de tecer alguns comentários a respeito.
Como freqüentador de cinema,
entendo ser um tanto óbvia essa situação, uma vez que os preços cobrados pelos ingressos são abusivos. Existem salas nas quais o valor
da sessão chega a R$ 15. Lembro-me de que, em anos anteriores, havia promoções, como as ocorridas
às quartas-feiras, quando o preço da
entrada atingia exatamente 50% do
valor cobrado nos fins de semana.
Hoje, no entanto, essa diferença às
vezes é de apenas R$ 1.
Com a alta dos preços para assistir aos filmes, além dos altos valores
cobrados pelos itens de consumo
(pipocas, bebidas etc.), acho natural
que as pessoas deixem de utilizar
esse meio de diversão, o que é lastimável."
EBER SILVA RODRIGUES (São Paulo, SP)
MAC
"O Museu de Arte Contemporânea da USP esclarece alguns pontos
abordados por Fabio Cypriano no
texto opinativo "Mostra ignora cerne da coleção do MAC" (Ilustrada,
16/1). Museu público, o MAC-USP
enfrenta dificuldades para atualizar o acervo.
Tais dificuldades restringem-se
ao aspecto financeiro, já que o
MAC, também universitário, possui um corpo de docentes, pesquisadores e especialistas que estão
em constante contato com a arte
contemporânea, por meio da pesquisa, do ensino e do acompanhamento da produção artística.
Estar ligado à USP, ao contrário
do que faz parecer a opinião, garante ao MAC um processo democrático de sucessão de seus diretores. Isso não torna a instituição instável,
já que os diretores são da própria
universidade e, no MAC, permanecem docentes, pesquisadores e demais funcionários, garantindo a
continuidade de suas diretrizes e
objetivos.
Em 2007, o museu tem uma extensa programação a ser cumprida,
inclusive sediando eventos internacionais. Além disso, o MAC não foi
escolhido para receber as obras da
coleção Cid Collection apenas pelo
nome que tem, mas, sim, pela competência para documentar, recuperar, guardar em condições seguras e
mostrar ao público, gratuitamente,
um acervo tão importante.
Por fim, cabe corrigir que o MAC
USP foi fundado em 1963."
SÉRGIO MIRANDA, assessor de imprensa do
Museu de Arte Contemporânea da USP (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia na
seção "Erramos".
Telefônica
"A reportagem "Telefônica vai investir R$ 15 bi até 2010" (Dinheiro,
18/1) ficaria bem mais completa e
equilibrada se, em vez de se restringir a exaltar o apetite comercial da
empresa, também lembrasse o fato
de ela figurar entre as primeiras do
ranking de reclamações do consumidor brasileiro.
Espero que no orçamento de R$
15 bilhões previstos pela Telefônica
até 2010 pelo menos uns 10% sejam
destinados a melhorar o atendimento a seus clientes.
Quem sabe a Telefônica possa
"estar providenciando" um tratamento menos medíocre a seus consumidores.
Infelizmente, vários anos após a
privatização das telecomunicações,
o consumidor paulista ainda não
pode escolher sua prestadora de telefonia fixa, a exemplo do que já
ocorre com a telefonia celular."
BRUNO BLECHER (São Paulo, SP)
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