São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Cratera no metrô
"No "Painel do Leitor" de ontem, rebela-se a CCR -Companhia de Concessões Rodoviárias-, por meio de seu presidente, contra o teor de artigo de minha autoria publicado na quarta-feira.
Afirma que o contrato assinado por esse consórcio envolve tão-somente a operação da linha. São dois contratos diferentes (fato a mim só agora revelado). Um deles prevê a construção; o outro, a operação. O segundo contrato nem sequer foi colocado em prática, já que só pode ser executado depois que as obras estiverem concluídas.
Omite, no entanto, o fato de que tanto o consórcio encarregado da construção da obra como o da operação do sistema, embora detentores de personalidades jurídicas diversas, são basicamente controlados pelas mesmas empresas, as construtoras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
Continua, portanto, necessário que os responsáveis privados pela concessão e pela implantação do projeto venham a público para esclarecer as causas do desabamento e para anunciar as providências tomadas relativamente a possíveis vítimas e a danos produzidos.
O alerta em relação à necessidade de um efetivo controle das PPPs continua pertinente, aplicável aos contratos de entrega da obra pronta para funcionar ("turn key'), os princípios e regramentos trazidos pela Lei das Parcerias Público-Privadas."
JOÃO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS, procurador de Justiça, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Cidadania do Estado (São Paulo, SP)

Congresso
"Ter um Congresso mais autônomo e mais responsável é uma expectativa de todos os brasileiros conscientes. E a eleição de Gustavo Fruet para a presidência da Câmara dos Deputados seria um bom começo para isso.
Qual é mesmo o santo das causas quase impossíveis? Quero iniciar aqui uma forte corrente de pedidos e preces para ele. Quem sabe, pelo bem do Brasil, seremos atendidos."
SILVANO CORRÊA (São Paulo, SP)

FGTS
"Sobre a reportagem "Fundo de investimento ameaça FGTS" (Dinheiro, 17/1), considero no mínimo irresponsável e desrespeitosa a atitude do governo em relação ao cidadão ao colocar o FGTS em risco para sustentar as medidas do Plano de Aceleração do Crescimento.
A história do Brasil mostra que o momento é de conter gastos do governo, e não de abrir as comportas por questões de conchavos políticos e de ânsia de crescimento imediato.
Como cidadão e contribuinte, sou contra a medida e considero meu patrimônio (FGTS) posto em risco para sustentar ações descabidas de um governo que age de forma irresponsável e posteriormente não é capaz de assumir seus erros."
RAUL LARA RESENDE DE CARNEIRO (Sertãozinho, SP)

Cinema
"Li a reportagem sobre a queda de público nos cinemas brasileiros ("Queda de público nos cinemas do Brasil provoca racha no mercado", Ilustrada, 17/1), de Silvana Arantes, e gostaria de tecer alguns comentários a respeito.
Como freqüentador de cinema, entendo ser um tanto óbvia essa situação, uma vez que os preços cobrados pelos ingressos são abusivos. Existem salas nas quais o valor da sessão chega a R$ 15. Lembro-me de que, em anos anteriores, havia promoções, como as ocorridas às quartas-feiras, quando o preço da entrada atingia exatamente 50% do valor cobrado nos fins de semana.
Hoje, no entanto, essa diferença às vezes é de apenas R$ 1.
Com a alta dos preços para assistir aos filmes, além dos altos valores cobrados pelos itens de consumo (pipocas, bebidas etc.), acho natural que as pessoas deixem de utilizar esse meio de diversão, o que é lastimável."
EBER SILVA RODRIGUES (São Paulo, SP)

MAC
"O Museu de Arte Contemporânea da USP esclarece alguns pontos abordados por Fabio Cypriano no texto opinativo "Mostra ignora cerne da coleção do MAC" (Ilustrada, 16/1). Museu público, o MAC-USP enfrenta dificuldades para atualizar o acervo.
Tais dificuldades restringem-se ao aspecto financeiro, já que o MAC, também universitário, possui um corpo de docentes, pesquisadores e especialistas que estão em constante contato com a arte contemporânea, por meio da pesquisa, do ensino e do acompanhamento da produção artística.
Estar ligado à USP, ao contrário do que faz parecer a opinião, garante ao MAC um processo democrático de sucessão de seus diretores. Isso não torna a instituição instável, já que os diretores são da própria universidade e, no MAC, permanecem docentes, pesquisadores e demais funcionários, garantindo a continuidade de suas diretrizes e objetivos.
Em 2007, o museu tem uma extensa programação a ser cumprida, inclusive sediando eventos internacionais. Além disso, o MAC não foi escolhido para receber as obras da coleção Cid Collection apenas pelo nome que tem, mas, sim, pela competência para documentar, recuperar, guardar em condições seguras e mostrar ao público, gratuitamente, um acervo tão importante.
Por fim, cabe corrigir que o MAC USP foi fundado em 1963."
SÉRGIO MIRANDA, assessor de imprensa do Museu de Arte Contemporânea da USP (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Telefônica
"A reportagem "Telefônica vai investir R$ 15 bi até 2010" (Dinheiro, 18/1) ficaria bem mais completa e equilibrada se, em vez de se restringir a exaltar o apetite comercial da empresa, também lembrasse o fato de ela figurar entre as primeiras do ranking de reclamações do consumidor brasileiro.
Espero que no orçamento de R$ 15 bilhões previstos pela Telefônica até 2010 pelo menos uns 10% sejam destinados a melhorar o atendimento a seus clientes.
Quem sabe a Telefônica possa "estar providenciando" um tratamento menos medíocre a seus consumidores. Infelizmente, vários anos após a privatização das telecomunicações, o consumidor paulista ainda não pode escolher sua prestadora de telefonia fixa, a exemplo do que já ocorre com a telefonia celular."
BRUNO BLECHER (São Paulo, SP)

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