São Paulo, terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Haiti
"Afinal uma visão lúcida e realista, que não trata os haitianos nem como um bando de vítimas passivas nem como bárbaros violentos e incultos ("Haiti, que ajuda?", Mundo, ontem).
Parabéns à dupla Omar Ribeiro Thomaz e Otávio Calegari Jorge, professor e aluno, que conseguiu passar uma das únicas imagens despreconceituosas até o momento na grande imprensa, mostrando a outra face de um povo digno e solidário. O corajoso artigo só reforça a pergunta que muitos vêm fazendo há tempos: para que serve mesmo a Minustah?"
MARCIA CAMARGOS, doutora em história pela USP (São Paulo, SP)

 

"Onde estavam estes milhões de dólares caridosos que agora aparecem aos montes diante dos possíveis 400 mil caixões de haitianos um país que talvez já não exista?
Onde estava o portentoso navio hospital americano, equipado com 800 médicos e com capacidade de realizar 80 cirurgias por dia? Fazendo guerra no Afeganistão, no Iraque? Não sabem que o verdadeiro terrorismo é a miséria?
Sinto orgulho de ver nossos soldados voltarem feridos e lamento pela família dos que não voltaram.
E perdemos a doutora Zilda Arns.
Estes, sim, estiveram lá quando não havia aquele amontoado de corpos e de caixões. Estes, sim, estavam travando a verdadeira guerra contra o terrorismo."
ERANDY ALBERNAZ (São Paulo, SP)

Direitos humanos
"Gostaria de contradizer o meu colega e professor da USP Thomaz Rafael Gollop ("Painel do Leitor", ontem), que defendeu a descriminalização do aborto. A questão não é de religião, mas de direitos humanos. O feto é uma vida humana, e é distinta da vida de sua mãe. Matar a criança inocente no ventre da mãe é o maior desrespeito aos direitos humanos, "o direito de nascer". Se não respeitamos a vida, nada mais estará seguro. Nem as cobras matam seus filhotes no ninho. Nesse ponto, o 3º PNDH está exatamente contra os direitos humanos."
FELIPE AQUINO, professor-doutor aposentado da USP, campus de Lorena (Lorena, SP)

Fundação Sarney
"Mais um escândalo -de pouca ressonância? ("Fundação Sarney desviou R$ 129 mil da Petrobras, diz CGU", Folha Online, ontem).
Quanto em dinheiro deve ser desviado para que nossa legislação funcione? Quanta influência deve ter o titular de instituição, ou o desviador de verbas, para que as medidas legais cabíveis sejam relevadas ou sustadas? Enfim, qual é a flexibilidade de nossas leis e de nossa Constituição?
Por tudo o que está sendo revelado sobre a Fundação Sarney, fica claro que, "para os amigos do rei e influentes, não há lei". Será que um dia a nossa legislação será respeitada e levada a sério?
O honesto fica no desânimo, pois aqui os poderosos se protegem na casa-grande enquanto o resto vive na senzala, aguentando a crescente carga de impostos para cobrir os desvios dos "senhores feudais".
Até quando?"
SILVANO CORRÊA (São Paulo, SP)

Cochicho
"O artigo do professor Luiz Felipe Pondé de ontem ("O cochicho do demônio", Ilustrada) merece os maiores elogios, apesar de eu discordar de algumas de suas observações drásticas (especialmente no quarto parágrafo), motivadas, creio, pela vivência ou frustrações profissionais.
Tenho 60 anos de magistério.
Sou normalista (com muito orgulho), pedagogo, especialista, mestre e doutor em educação e me sinto feliz e realizado. Mesmo assim, meus parabéns a Pondé pelo magnífico artigo. Ele vai proporcionar-nos momentos lindos de discussão em sala de aula."
CLÓVIS ROBERTO DOS SANTOS (Santo André, SP)

Medicamentos
"Muito louvável essa tentativa de barrar a extensão de patente de medicamentos ("SDE faz ofensiva para impedir que laboratórios tentem protelar entrada de genéricos", Dinheiro, domingo).
No entanto, fico estarrecida ao ver os impostos que recaem sobre medicamentos oncológicos. Meu marido precisa de 30 comprimidos de 100 mg ao mês de Temodal, cujo preço no Brasil é R$ 2.863 para cinco comprimidos (total de R$ 17.178 mensais). Nos Estados Unidos (consultei via internet), cada frasco com cinco comprimidos custa US$ 993. Tenho um irmão que reside nos EUA e que poderia mandar-nos o medicamento, mas a Fedex me informou que, ao chegar, seria somado o valor do frete ao valor pago e calculado 100% de imposto, que deverá ser recolhido para a retirada do medicamento. Pude entender então a diferença do preço entre o Brasil e os EUA O Brasil pode renunciar ao IPI sobre automóveis mas não pode renunciar aos impostos sobre medicamentos para quem tem câncer?"
MANUELA PAOLETTI (São Paulo, SP)

Intangíveis
"No artigo "O valor dos intangíveis" (Opinião, pág. A2), publicado no domingo, Emílio Odebrecht expressa com muita competência a visão contemporânea do que significa uma empresa sustentável. Ao colocar em pé de igualdade a importância do capital intangível e a do tangível, ele mostra que, para ser sustentável, a empresa não pode deixar em segundo plano a sua dimensão socioambiental e o seu papel de agente de transformação da sociedade."
RICARDO YOUNG, presidente do Instituto Ethos (São Paulo, SP)

Irã
"Em relação à reportagem "Presos pelos quais o Brasil intercedeu são julgados" (Mundo, 13/1), informo que, na República Islâmica do Irã, as religiões divinas são reconhecidas oficialmente. Conforme a Constituição da República Islâmica do Irã, as minorias religiosas oficiais -o cristianismo, o judaísmo, os zaratustras- têm representantes no Parlamento e gozam de todos os direitos. Mas, na prática de um crime, qualquer cidadão, seja ele muçulmano, cristão, judeu ou outro, é igual, e o tribunal o julga sem considerações à sua crença. Mesmo que o bahaismo não seja reconhecido no Irã como uma religião oficial, nenhuma pessoa é julgada sob a acusação de ser um bahá'i.
As sete pessoas que estão sendo julgadas no Irã o estão por crimes de espionagem, por atos contra a segurança do país e por repasse de informações sigilosas aos inimigos do país. Nunca foi deliberada uma sentença por causa de alguém ser seguidor do bahaismo. Além disso, o julgamento ainda não terminou, e nenhuma sentença foi proferida. Portanto, é espantoso que um analista desse conceituado jornal anuncie tal sentença.
É preciso ressaltar que os membros da seita bahá'i gozam de todos os direitos da cidadania. Têm presença nas escolas, nas universidades e nos centros econômicos do país, vivendo tranquilamente."
SEYED MAJID FOROUGHI, chefe da seção de imprensa da Embaixada da República Islâmica do Irã (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Marcelo Ninio - O texto não informou que a sentença já foi proferida.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman



Texto Anterior: Juliana Garcia Belloque e André Castro: Defensoria Pública em SP: avanços e desafios

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.