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São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Bancos
"Rentabilidade recorde, recorde, recorde! Os bancos conseguiram esse belo feito graças à competência das empresas que se sufocam diante de juros tão massacrantes."
Antônio Carlos Gonçalves de Carvalho Jr. (Guaratinguetá, SP)

Energias
"Após ler o artigo "Carvão: eventual substituto do petróleo" (Opinião, pág. A2, 9/2), vi que o senhor Antônio Ermírio de Moraes está bem informado sobre as reservas brasileiras de carvão para uso energético: realmente são irrisórias e de baixa qualidade. Mas o colunista parece estar equivocado ao demonstrar acreditar que tecnologias limpas estão sendo desenvolvidas para queimar o combustível fóssil mais poluente do planeta. Primeiro, porque o sistema de leito fluidizado não reduz a emissão de CO2, prejudicial à camada de ozônio. Segundo, porque a exploração do carvão causa uma brutal agressão à natureza, impossibilitando a sua recuperação -haja vista a caótica situação em que se encontra a região sul de Santa Catarina, considerada uma das áreas mais críticas do país pelo Decreto Federal 85.206/80, onde está a bacia do rio Araranguá, a mais poluída do Brasil (com o insustentável pH3). Novas alternativas que não sejam tão perversas com a natureza, como a eólica, a solar e a biomassa, deveriam ser valorizadas por pessoas influentes como o articulista."
Tadeu Santos (Araranguá, SC)

Novo governo
"Gostaria de parabenizar a Folha pela maneira crítica como vem acompanhando o governo Lula. É isso que as pessoas lúcidas e informadas esperam da imprensa. Aquele posicionamento para com FHC era muito ruim para a imagem da nossa imprensa. O próprio FHC reconhecia a parcialidade da imprensa. Era uma lástima. De vez em quando, a gente observa alguma recaída de amores pelo finado FHC, mas isso logo passa. O Brasil merece uma imprensa minimamente imparcial. Espero que a crítica diária prossiga dentro de uma lógica natural e não descambe para o denuncismo vazio e articulado com as viúvas do poder. Não se deve ter uma visão ingênua das ligações entre os poderes, mas a esperança é a última que morre. A verdade é que, quando o quarto poder capitula, quem perde é o Brasil pobre, que vê cada vez mais longe o sonho de ver este país ser uma verdadeira nação um dia."
Joel Alves Rodrigues (Guará, DF)

Teatro
"O artigo "Shopping e Oficina expõem noções distintas de cultura e de vida" (Ilustrada, pág. E3, 17/2), do crítico Guilherme Wisnik, traz considerações sobre supostos antagonismos que existiriam entre o Grupo Silvio Santos e o diretor teatral José Celso Martinez Corrêa, do grupo Oficina. O crítico toma posição clara contra a construção do Centro de Entretenimento, Lazer e Cultura, um empreendimento que consumirá vultosos recursos, irá gerar 9.000 empregos e está integralmente aprovado pelas autoridades municipais e pelos organismos de defesa do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico da cidade. Nada contra a opinião do articulista, exceto o fato de basear-se em premissas equivocadas. Não existe, por exemplo, o "vulgo Shopping Silvio Santos". Um shopping center se destina basicamente à venda de produtos. No Centro de Entretenimento, Lazer e Cultura, o articulista não conseguirá comprar uma gravata ou óculos para auxiliá-lo na leitura. Poderá comprar livros, CDs e DVDs. E poderá ir aos vários teatros, aos diversos cinemas, à casa de espetáculos. Há vários outros equívocos, devidos com certeza à desinformação, que reduzem significativamente o peso da opinião do crítico. É curioso verificar, por exemplo, que Wisnik opõe "shopping e espaço público, mercado e cultura, direita e esquerda". "Espaço público", pelo visto, é aquele em que o público só pode entrar pagando ingresso. Já o "shopping", a que o público tem acesso livre e gratuito, não é "espaço público". "Cultura" é um único teatro, o Oficina. Já os teatros do Centro de Entretenimento, Lazer e Cultura -e todos os demais teatros do bairro- são pejorativamente considerados "mercado". Aliás, isso nem está errado. São um excelente mercado de trabalho para autores, atores e para demais profissionais de nossa dramaturgia. Por esses fatores, as pessoas diretamente interessadas -a população do bairro- apóiam a construção do Centro de Entretenimento, Lazer e Cultura. A população -que o Grupo Silvio Santos não apenas consultou mas com quem mantém contato permanente, de maneira direta e por intermédio de dezenas de associações comunitárias e ONGs- quer a revitalização do bairro, quer empregos, segurança, investimentos. Quer as ruas limpas, sem lixo. Quer boa iluminação, movimento, desenvolvimento. Guilherme Wisnik diz que é bom lembrar que "o Bexiga é um bairro de imigrantes". Cabe perguntar: qual bairro de São Paulo não o é? E, quanto à transformação do Oficina em "casinha de cachorros", acreditamos que o crítico tenha sido desrespeitoso. "Casinha de cachorros" só existirá se houver cachorros dentro. Definitivamente, esse não é o caso."
Carlos Brickmann, Brickmann & Associados Comunicação, assessoria de imprensa do Grupo Silvio Santos (São Paulo, SP)

"O artigo "Shopping e Oficina expõem noções distintas de cultura e de vida", de Guilherme Wisnik, é bastante pertinente e reflete o que muitos paulistanos pensam sobre cultura na cidade. Um pouco mais de poesia e menos megaempreendimentos é saudável para o futuro deste planeta chamado São Paulo."
Vera Lúcia Dias (São Paulo, SP)

Finança municipal
"É inegável o esforço do secretário João Sayad para reequilibrar o Orçamento da cidade de São Paulo ("As finanças de São Paulo", pág. A3, 18/2). Mas o ajuste em curso se dá pelo lado das receitas, punindo o já espoliado contribuinte. Em lugar de promover rigoroso ajuste das despesas, como fizeram Covas e Alckmin no governo estadual, a atual administração do PT é exemplo de gastança. Prova disso são os gastos recordes com publicidade e limpeza pública. A criação de 1.600 cargos de confiança fez com que o município infringisse dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal. A prefeita Marta transformou São Paulo na capital dos tributos. Em comparação com outras capitais, São Paulo possui o maior Orçamento oriundo de tributos municipais por habitante. E o cidadão paulistano é o que tem a maior parte de sua renda comprometida com o pagamento de tributos municipais."
Ricardo Montoro, vereador PSDB-SP (São Paulo, SP)

Emprego
"Parabenizo a Folha pela publicação do artigo "O jovem no mercado de trabalho", de Guilherme Afif Domingos (pág. A3, 18/2). A perspectiva de introduzirmos 120 mil jovens no mercado de trabalho ainda neste ano por meio da lei 10.097 é realmente animadora. Para tanto, está na hora de o governo firmar parcerias mais sólidas com o terceiro setor. Só assim a equação "jovens com vontade de produzir" somados a "orientação e oportunidade" será igual a "desenvolvimento"."
Marcus Abdo Hadade, presidente eleito da Conaje -Confederação Nacional de Jovens Empresários- e coordenador do Fórum de Jovens Empresários da Associação Comercial de São Paulo (São Paulo, SP)


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