São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 2006

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PAINEL DO LEITOR@ - leitor@uol.com.br



Ações de governo
"Ao contrário do que sugere o título "Lula ensaia campanha e infla dados em texto ao Congresso" (Brasil, 16/2, pág. A4), a mensagem enviada pelo presidente Lula para a abertura dos trabalhos do Congresso em 2006 faz um balanço criterioso dos programas e ações do governo. Não existem no documento, como diz trecho da matéria, "dados inflados e duvidosos". Todos são dados oficiais. No caso da reforma agrária, o governo atingiu um recorde em 2005, com um total de 127.500 famílias assentadas. As divergências com o MST são conceituais. Os dados sobre o ProUni englobam todas as bolsas já concedidas, em 2005 e 2006, em um total de 203 mil estudantes beneficiados. Outro detalhe a esclarecer é que a previsão de um acréscimo de R$ 21 bilhões para o setor da educação não se restringe ao valor agregado com a aprovação do Fundeb, mas inclui todos os recursos a serem investidos em 2006 nas três esferas de governo e em todas as ações e níveis de ensino."
José Ramos Filho secretário-adjunto de Imprensa da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta dos repórteres Gustavo Patu, Silvio Navarro e Eduardo Scolese - A mensagem de Lula diz que as 203 mil bolsas foram concedidas neste ano, enquanto o valor se refere a 2005 e 2006; procurada, a assessoria do Planalto não soube explicar o cálculo dos R$ 21 bilhões a serem adicionados às verbas da educação neste ano.

Carandiru
"O que me assusta não é a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de absolver o cel. Ubiratan, mas o fato de existirem entre magistrados e professores de direito tantos defensores dos direitos dos bandidos. Que Deus nos ajude!"
Carlos H. Christo (São Paulo, SP)

 

"Errar é humano, roubar é humano e massacrar 111 pessoas faz parte do estrito cumprimento do dever. Só não sinto mais vergonha de ser brasileiro porque o STF finalmente determinou o fim do nepotismo no Judiciário, medida que deveria ser ampliada imediatamente para os outros Poderes."
Adilson Gimenez Lorente (São Paulo, SP)
 

"Cumprimento o TJ pela decisão. Se houvesse mais militares com pulso firme como o cel. Ubiratan, não ocorreriam tantas rebeliões em nossos presídios. Por que não jogar esses que condenam o coronel no olho do furacão de uma rebelião para constatarem que pimenta nos olhos dos outros..."
Shigueyuki Yoshikuni (Lins, SP)
 

"A absolvição do cel. Ubiratan foi uma vitória para quem está sob o estrito cumprimento do seu dever e defendendo o povo de São Paulo. Os que querem sua condenação pretendem que os órgãos policiais sejam omissos, covardes e reféns do medo do julgamento. Precisamos de governos corajosos. Para governador, Ubiratan Guimarães-São Paulo o elegerá!"
Cesar S. Caproni (Campinas, SP)

Gamecorp
"A pretexto de questionar a racionalidade do investimento da Telemar nos programas da Gamecorp, a matéria "Telemar patrocina empresa de filho de Lula" (Brasil, 17/2, pág. A5) toma equivocadamente a verba publicitária direcionada pela operadora à TV Globo como termo de comparação. O raciocínio distorce os fatos e confunde o leitor. O conteúdo da Gamecorp (direcionado aos jovens) concorre com a MTV, outra patrocinada da companhia. Neste segmento, a programação produzida pela Gamecorp tem registrado sistematicamente índices de audiência superiores aos da MTV (que recebe verba significativamente maior da operadora). O texto erra ao dizer que o programa de maior sucesso da Gamecorp registra média nacional de 0,92 pontos percentuais de audiência (1,92 em São Paulo). A média de audiência do G4 Brasil, veiculado aos sábados na Bandeirantes, foi de 2,48 pontos percentuais em janeiro. Por fim, a Gamecorp lamenta as especulações em torno dos motivos que teriam atraído patrocinadores para os programas da empresa, sugerindo influência política. As insinuações de influência política prejudicam o desempenho comercial da companhia e constrangem patrocinadores, o que lamentamos profundamente."
Claudio Sá, assessor de imprensa da Gamecorp (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Fernando Rodrigues - Os dados de audiência foram passados à reportagem pela Telemar.

Aéreas
"Em relação à reportagem "Setor aéreo protesta contra diretor da Anac" (Dinheiro, 16/2), esclareço: 1) É errônea a informação de que defendi o ingresso de empresas estrangeiras para competir na cabotagem com as empresas de bandeira nacional; 2) não concordo e nunca preguei a concorrência na navegação aérea de cabotagem, nada tendo a ver com outras experiências para suprir necessidades conjunturais e provisórias; 3) a Anac é uma agência reguladora, cujas decisões serão colegiadas e se espelharão na gestão democrática e participativa, na defesa do interesse público."
Milton Zuanazzi, secretário de Políticas do Turismo, Ministério do Turismo (Brasília, DF)

Nota da Redação - A reportagem em nenhum momento afirmou que o futuro diretor-geral da Anac defende o ingresso de estrangeiras no transporte aéreo nacional, mas sim informou que as entidades que protestaram é que o disseram. Suas declarações, gravadas e reproduzidas em reportagem publicada em 12/2, dão conta de que a possibilidade é aceita, e não defendida, em caso de haver maior demanda do que oferta para um trecho específico -e ainda assim, não de maneira definitiva, mas temporária.

Direita, esquerda
"Não me considero propriamente uma simpatizante da chamada "nova direita", expressão pela qual reportagem publicada em 15/2 pela Ilustrada busca catalogar pensadores como Olavo de Carvalho, assim como associar, a meu ver indevidamente, outros nomes a seu time. Mas chega a me causar assombro a maneira como o viés petista é capaz de distorcer e inverter a realidade. Em carta publicada sexta nesta Folha, o leitor Rodrigo Ferreira, por exemplo, se coloca como antagonista dos argumentos dos chamados "novos direitistas" elaborando a pergunta: "Como alguém pode se declarar democrático e ao mesmo tempo pregar a institucionalização da devassa e a execração pública dos antípodas?". Mais que a pertinência, o contexto da pergunta é que deve ser questionado. Afinal, promover a execração pública dos antípodas sempre fez parte do modus operandi do PT, partido que se vende como de esquerda. Agora deixo uma pergunta: Como pode alguém se declarar democrático e ao mesmo tempo cultivar simpatia por governos que exibem cacoetes autoritários ou, pior, por ditaduras como a de Fidel Castro?"
Katia de Almeida (São Paulo, SP)

Folha, 85
"Quero cumprimentar a Folha, todos os funcionários, jornalistas e editores pela comemoração do 85º aniversário de fundação do jornal. Saliento minha admiração por este veículo de comunicação por preservar a sua história e manter a marca de jornalismo sério, responsável e, principalmente, pelo respeito a seus leitores."
Milton Monti, deputado federal por São Paulo, vice-líder do PL (São Paulo, SP)

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