São Paulo, domingo, 19 de março de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


STF no caso Palocci
"Ou sou um cara ignorante e paranóico ou estou vendo um prenúncio de golpe de Estado à vista com essa interferência do Supremo Tribunal Federal na CPI dos Bingos, impedindo um depoimento que poderia complicar -ainda mais- o governo."
Rynaldo de Montarroios Papoy (Osasco, SP)
 

"O que Lula e o PT estão fazendo neste país é muito pior do que Collor e PC fizeram no passado. Collor, que se dizia o caçador de marajás, caiu porque pertencia a um partido nanico. Lula não cai porque pertence a um partido que cresceu em podridão e tem hoje os grandes marajás que o defendem no STF. É triste para nós, povo brasileiro, verificarmos os procedimentos tendenciosos da nossa Justiça. Só nos resta limparmos essa gente do cenário político nacional."
André Luiz Puertas(Boituva, SP)

MST
"Bem lembrado, no artigo "Carta ao MST" ("Tendências/Debates", 17/3), o exemplo do grande ativista Martin Luther King, que disse: "Precisamos sempre conduzir nossa luta no plano alto da dignidade e da disciplina". Com certeza, o MST, movimento justo e que tem minha simpatia, teria mais apoio à sua causa se utilizasse meios pacíficos e não-violentos. É por posicionamentos lúcidos e oportunos como os expressos no referido artigo que o senador Eduardo Suplicy ainda é o único político do PT que continua merecendo meu voto."
Ludmilla Radeke Bello Milanez (Campinas, SP)
 

"Absurda a maneira tranqüila e complacente, em tom de uma "bronquinha", com que o senador Eduardo Suplicy se dirigiu ao MST na ridícula "Carta ao MST", sobre os lamentáveis eventos ocorridos no RS. Perdeu a oportunidade de ficar calado. É devido a essa imensa falta de atitude e medo de assumir posições que o PT tem conseguido conduzir o país a um caos político e administrativo. Concordando com ações bárbaras contra o Estado de Direito, vamos conseguir retroceder em todos os avanços conquistados pela sociedade nos últimos anos."
Davidson Herbert Gulá, empresário (Ribeirão Preto, SP)

Casa Militar
"Sobre o descontentamento de coronéis da ativa da PM diante da designação da coronel Fátima Ramos Dutra para a chefia da Casa Militar ("Mulher na Casa Militar irrita coronéis", Cotidiano, 17/3), por julgarem a decisão inconstitucional, penso que eles tenham razão, pois é absolutamente clara a letra da lei. Também causa profunda estranheza o ato em razão do tempo de serviço da coronel -23 anos, contra os cerca de 30/35 dos demais. Ela precisaria ser de valor excepcional para justificar a preterição de mais de 50 outros coronéis. Não discuto seus méritos, mas os critérios. Embora não seja uma promoção "stricto sensu", a nomeação para aquela chefia só é superada em importância na corporação pela de comandante-geral. Falar em machismo é tolice. É distorcer a análise da matéria e buscar confundir. Na verdade, a essência do problema está no abandono do espírito que norteou a criação do policiamento feminino no Brasil, de que São Paulo foi pioneiro. Destinava-se a ações adequadas à policial mulher, no atendimento prioritário a idosos, mulheres e crianças envolvidas em ocorrências policiais ou que necessitassem de alguma forma de apoio ou socorro. Era marcadamente um serviço de cunho social."
Geraldo de Menezes Gomes, coronel reformado da PM (São Paulo, SP)
 

"Gostaria de parabenizar o governador Geraldo Alckmin pela brilhante e acertada escolha de nomear uma mulher para chefiar a Casa Militar. Embora essa atitude tenha recebido o aval do próprio comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, parece que a nomeação veio incomodar alguns coronéis que estavam ávidos para galgar tal cargo e que, entre outras objeções, alegam inconstitucionalidade. Será que as manifestações desses oficiais que não conseguiram o cargo não demonstram uma atitude repugnante de machismo? Essa "inconstitucionalidade" que eles defendem tem, nos dicionários que conhecemos, outros significados: machismo barato e dor-de-cotovelo."
Alexandre de Andrade (Ourinhos, SP)

Avanço democrático
"Deve-se reconhecer que a ação do PT se distingue das práticas do regime militar. Os militares puniam com cassação os seus opositores ou censuravam aqueles que, segundo eles, buscavam "desestabilizar o regime". Agora, no poder, os petistas apelam para os juízes togados a fim de silenciar a voz daqueles trabalhadores simples (caseiros, motoristas etc.) que poderiam, segundo eles, "desestabilizar o governo". Não deixa de ser um avanço democrático."
Carla Ponde de Leon (Bauru, SP)

Indústria
"O que está trazendo descontentamento e preocupação ao empresariado de todo o país não é simplesmente a proposta da Fazenda de ampliar a redução das tarifas de importação para acelerar a queda dos juros. O assunto é muito mais abrangente do que essa questão. Não somos partidários de uma política de protecionismo, mas buscamos apoio do governo para desenvolver a indústria brasileira. A indústria nacional está fragilizada, sufocada pela atual política econômica de juros elevados, pela tributação exorbitante, pelo câmbio sobrevalorizado e pela redução dos investimentos em infra-estrutura. O atual modelo tem contribuído para um processo contínuo e crônico -que agora chega a ser agudo- de desindustrialização precoce da nossa economia. Os pífios crescimentos do Produto Interno Bruto e da produção da indústria comprovam: de 1991 a 2004, segundo o Ipea, o PIB do Brasil cresceu, em média, 2,5% ao ano; a produção da indústria cresceu 1,76%. Agora vamos perder para o Oriente a Tritec Motors, fabricante de motores de alta tecnologia instalada no Paraná. Dessa maneira, seguimos por um caminho seguro de servidão consentida. Isso é o que inquieta os empresários."
Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (Curitiba, PR)

Escultura na praça
"Em relação à escultura destruída na praça Cláudio Abramo ("Obra em memória de jornalista é destruída", Cotidiano, 10/3), gostaria de acrescentar algumas linhas. Em 1988, o engenheiro Alexandre Serpa Albuquerque entrou em entendimento com Rubens Aleotti, proprietário da pedreira Cachoeira, na rodovia Fernão Dias, que, generosamente, doou os dois blocos de pedra que, equilibrados um sobre o outro, compunham a escultura da praça Cláudio Abramo, inaugurada em agosto de 1988. Os dois blocos de granito, que lá permaneceram até o início deste mês, foram escolhidos pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, pelo colecionador e galerista Fernando Millan, pelo pintor Glauco Pinto de Morais, pelo engenheiro Alexandre Serpa Albuquerque, pelo arquiteto Roberto Portugal Albuquerque e pelo jornalista Jefferson Del Rios."
Maria Beatriz Portugal Albuquerque (São Paulo, SP)

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