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Educação
"Em entrevista à Folha do dia
12/3, o ex-ministro da Educação
Paulo Renato de Souza (gestão
FHC) criticou a implantação da
progressão continuada no Estado
pela então secretária Rose Neubauer (gestão Mário Covas). Rose,
por sua vez, atacou seu sucessor,
Gabriel Chalita (gestão Alckmin). O
pivô da crise tucana: os péssimos
resultados obtidos pelos estudantes paulistas no Saeb e no Enem.
Desde 1995, a Apeoesp (Sindicato
dos Professores do Ensino Oficial
do Estado de São Paulo) denuncia a
forma autoritária e equivocada da
implantação da progressão continuada, que se transformou, em última análise, em "aprovação automática". O projeto não foi discutido
com a comunidade escolar e não
previu, por exemplo, aulas de reforço para os estudantes com dificuldades de aprendizado.
O descaso com a educação pública resulta na falta de investimentos
do governo na área, nos péssimos
salários pagos aos professores, na
superlotação das salas de aula, na
carência de infra-estrutura das unidades escolares e na precariedade
da formação continuada dos docentes, que praticamente inexiste.
Enquanto o Estado entender que
a escola é um depósito de alunos,
nada mudará."
CARLOS RAMIRO DE CASTRO , presidente da
Apeoesp (São Paulo, SP)
CPI das ONGs
"Em relação à matéria "Senado
cria CPI para apurar desvios de verbas em ONGs", publicada na sexta
(16/3), explico que:
Sou contra a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as organizações não-governamentais porque o Congresso deve,
neste momento, aprovar o pacote
de segurança pública, que é urgente; a reforma tributária, que está parada; o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que é prioridade; e o marco regulatório das
agências, que é indispensável.
Assim mesmo, foi feito um acordo com a liderança do governo no final do ano passado para transferir a
instalação da CPI das ONGs para
2007. No entanto, a primeira proposta de requerimento da comissão
restringia a investigação apenas aos
últimos quatro anos, o que significaria uma CPI contra o governo Lula. Por isso, retirei a minha assinatura. No meu entendimento, essa
CPI, se instalada, deveria investigar
um período mais longo para subsidiar a formulação de políticas públicas para o setor."
ALOIZIO MERCADANTE , senador pelo PT-SP
(Brasília, DF)
Prestes
"Em carta publicada na sexta-feira neste espaço, a historiadora Anita Leocádia Prestes, filha de Luiz
Carlos Prestes, faz reparos a meu
artigo sobre a Intentona de 35, censurado pelo ministro Waldir Pires.
Sobre a argumentação da missivista
tenho as seguintes observações:
1) Realmente não tenho provas
da "deificação" de Prestes. Fatos como esse independem de prova.
2) Ela invoca o testemunho do
ex-ministro Jarbas Passarinho para
desmentir que os comunistas mataram 33 colegas de farda. Na verdade, o que Passarinho contesta não é
a comprovadíssima morte dos militares, mas que teriam sido assassinados dormindo, versão que tive o
cuidado de não incluir no artigo.
3) Anita Leocádia nega que as ordens para a Intentona tenham sido
enviadas de Moscou. Sua argumentação desaba na obra "Camaradas,
nos Arquivos de Moscou", do jornalista William Wack. Alicerçado em
sólida documentação, ele prova que
a revolta comunista foi ordenada
por Moscou.
4) A missivista chama a Intentona de "levante antifascista". Esqueceu-se apenas de acrescentar que o
objetivo era estabelecer um regime
comunista no Brasil."
BORIS CASOY , jornalista (São Paulo, SP)
Camisinha
"Não há como discordar do texto
do dr. Drauzio Varella (Ilustrada,
17/3). Preciso. Argumentado de
forma pungente e evidentemente
transparente sobre a realidade assustadora da disseminação do HIV.
Acredito ser o melhor caminho para que, em um futuro próximo, os
"senhores de aparência piedosa", as
tantas intituladas religiões ou seja
lá o que for que protegem apenas os
seus interesses financeiros, morais
ou históricos se conscientizem de
sua verdadeira importância para a
sociedade nos dias de hoje."
FRANCISCO FERNANDO LOPES (Brasília,DF)
"Peço que o ilustre dr. Drauzio
Varella reflita sobre o polêmico tema do uso de camisinha, uma vez
que o nobre dr. cometeu diversos
equívocos em seu artigo sobre o tema em questão.
Em resposta à pergunta que ele
faz ("por quanto tempo a Igreja Católica continuará o crime continuado de dificultar o acesso dos brasileiros ao uso da camisinha?'), cumpre ressaltar que a igreja nunca dificultou o uso da camisinha, mas apenas orientou os jovens e adultos a
terem uma vida sexual segura e regrada, o que só é possível dentro do
casamento. Logo, a atitude da igreja
com os métodos anticoncepcionais
não é uma conduta ridícula, conforme afirma o nobre dr.
Entretanto, ridículo seria se a
Igreja Católica seguisse todo e qualquer movimento desta sociedade
corrupta, depravada e pobre de valores, pois, se assim fizesse, estaria
fadada ao fracasso."
JURACY PEREIRA DE SOUZA (Ribeirão Preto, SP)
Rede de trens
"O título "Gestão Serra adia entrega de ampliação de rede de trens"
(Cotidiano) está incorreto. A própria reportagem contradiz o título.
A conclusão das obras de expansão da CPTM, anunciada para
2006, havia sido adiada pelo governo anterior para os próximos meses de 2007. Mas as obras estavam
paradas desde o ano passado, pelos
motivos (corretos) aludidos pelo
ex-governador: a arrecadação
aquém do previsto pelo Orçamento
de 2006 e a necessidade de ajustar
as contas do Estado à LRF (Lei de
Responsabilidade Fiscal).
A gestão do governador José Serra reinicia as obras. Se elas estavam
paradas, evidentemente que não
poderiam ser entregues agora, mas
apenas quando estiverem concluídas. Não faz sentido, portanto, afirmar que esta gestão "adiou a entrega", e sim que retomou os trabalhos.
O título dá a idéia da postergação de
uma tarefa, quando a notícia é seu
reinício. E quero crer que, menos
de cem dias depois da posse, possamos dizer que este ainda é o começo do ano e que estes são os primeiros (três) meses do governo."
HUBERT ALQUÉRES , secretário de Comunicação do
Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Maranhão do Sul
"Quero congratular-me com a
Folha pelo seu jornalismo criterioso, ao publicar que o governador do
Maranhão assume a posição de ser
sua plataforma a criação do Estado
do Maranhão do Sul, retirando-me
a autoria diabólica que a imprensa
divulgou como sendo iniciativa minha, com o objetivo de vingar-me
do resultado das últimas eleições e
restabelecer "a oligarquia". Paguei,
num equívoco monstruoso da imprensa nacional, essa versão. Ainda
bem que a Folha refaz a verdade: "a
César o que é de César"."
JOSÉ SARNEY , senador pelo Amapá (Brasília, DF)
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