São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Varig
"Com referência ao artigo de ontem de Gerald Thomas ("A Varig é a nossa cara", "Tendências/Debates'), posso dizer que: sinto muito, mas dinheiro público não pode ser desviado para ajudar uma empresa privada. É hora de cada um assumir os seu erros e incompetências. Existem problemas mais graves na saúde, na educação e na segurança. Problemas muito mais importantes para o povão -que não anda de avião. Eu, como pequeno empresário do turismo, não tenho em minha empresa esse tipo de benefício que a Varig poderá ter. Se, como a Varig, eu devesse milhões, já teria sido preso, e minha empresa teria sido executada. Aliás, a BR Distribuidora e a Infraero são estatais e estão subsidiando sim a Varig há tempos. Chega de Proer, de mensalões e de socializar os prejuízos."
Marcelo Ceron, consultor de turismo (Rio Claro, SP)

 

"Achei divertidíssimo o artigo de Gerald Thomas. Quer dizer que a Varig é a cara do Brasil? De que Brasil ele fala? Do Brasil que se pendura em ônibus para chegar ao trabalho? Do Brasil que mal tem dinheiro para pagar as contas? Do Brasil que nunca chegou perto de um aeroporto? Não se pode empurrar a dívida de uma empresa privada a milhões de brasileiros que nunca entraram em uma aeronave."
Renata Bilhar (São Paulo, SP)

 

"Gerald Thomas tem razão em dizer que a Varig é a nossa cara. Vivemos decepções e erros administrativos e pagamos o preço de governos incompetentes, que mais dificultam o desenvolvimento do que ajudam. E assim vamos seguindo, contra tudo e contra todos. Apesar dos erros de gestão da Varig, é ingênuo acreditar que o governo esteja sendo altruísta e preservando o capital da nação ao recusar ajuda: tenho certeza de que empresas internacionais estão babando pelo fim da Varig e que provavelmente estejam fazendo pressão nos bastidores. Quando tudo estiver acabado, dirão: para reconstruirmos a empresa, precisamos de tempo, de financiamento a juros subsidiados, de refinanciamento das dívidas, de moratória etc... E receberão de mão beijada tudo o que hoje é negado à nossa Varig. É triste que tudo isso seja tão previsível. É mais uma estrela brasileira que perde a luz."
Míriam Jackiu (São Paulo, SP)

Desenvolvimentistas
"O senhor Roberto Luis Troster abusou da incoerência no artigo "Gravatazeiros", publicado ontem ("Tendências/Debates'). Segundo o economista, as políticas desenvolvimentistas, cujo receituário se baseia em "déficit fiscal, metas de inflação flexíveis e administração imediatista do câmbio", produzem, a "médio e longo prazo, mais concentração de renda, taxas de crescimentos baixas e juros reais elevados". Gostaria de perguntar: qual é o resultado das políticas ditas "responsáveis" que o Brasil pratica há mais de uma década? Crescimento, melhor distribuição de renda e taxas de juros reais baixas?"
Fábio Eduardo Iaderozza (Campinas, SP)

Violência
"Em relação à reportagem "Violência aumenta em cidades turísticas" (Cotidiano, 15/4), a Prefeitura de Búzios esclarece que os números não representam a realidade que turistas e moradores encontram hoje em Búzios. Ao assumir a prefeitura, a gestão de Toninho Branco de fato deparou com uma situação distante da desejada. Mas a prefeitura vem investindo no setor de segurança pública. Até setembro de 2005, Búzios registrava uma média de seis homicídios por mês. Hoje, esse número caiu pela metade. A prefeitura priorizou a qualificação da polícia local, que, ao longo desse período, vem realizando diversos tipos de treinamento -aperfeiçoamento de tiro, jiu-jitsu e mergulho. Além disso, foi realizado um trabalho de fiscalização de posturas e o aumento do efetivo da Guarda Municipal. Gostaríamos de esclarecer que os números registrados na 127º Delegacia de Búzios também respondem pelo 2º Distrito de Cabo Frio. Portanto nem todos os incidentes ali registrados têm relação com Búzios ou ali ocorreram. Os números divulgados pelo estudo dos municípios (de 2004) apenas reforçam a necessidade sentida por Búzios de assumir uma nova posição diante dos problemas. Hoje, a cidade já colhe os benefícios de uma nova administração."
Armando Eherenfreund, secretário de Turismo de Búzios (Búzios, RJ)

Miguel Reale
"No artigo de minha autoria publicado no dia 15/4, sob o título "Vida de Reale oscilou entre o direito e a política" (Brasil, pág. A6), por um lapso, deixou de constar o nome do professor Celso Lafer como outro brilhante discípulo do professor Miguel Reale. Celso Lafer foi seu sucessor na cadeira de filosofia do direito da Faculdade de Direito da USP e, sem dúvida nenhuma, também representa o que há de melhor naquela faculdade."
Taís Gasparian, advogada (São Paulo, SP)

Verdade
"Tudo bem que os cânones editoriais da Folha sejam ancorados em manuais da Redação ou em limites éticos do ofício do jornalismo, mas isso deveria ser relativizado quando a história clama pelo aparecimento da verdade. O que falta para o jornal declarar ao público o que sabemos todos? Que o senhor Lula da Silva não apenas conheceu e conhece todo o esquema podre montado para mantê-lo no poder como é o principal responsável por sua montagem. A Folha precisa revolver, como já fez em outros episódios, a vergonhosa história dos mandantes deste país. Ao sonegar informar esse fato que ninguém parece querer encarar, faz este país e seu povo continuarem vivendo infantilmente uma farsa de democracia."
Clarilton Ribas, professor-doutor da UFSC (Florianópolis, SC)

Maluf
"Em relação à reportagem "Paulo Maluf quer concorrer à Câmara, onde teria direito a foro privilegiado" (Brasil, pág. A8, 18/4), deve ser ressaltado que, em 39 anos de vida pública, Paulo Maluf não tem nenhuma condenação na Justiça. O ex-prefeito de São Paulo nunca precisou nem precisa de imunidade ou de foro privilegiado."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Greve
"Como médico e cidadão, venho através desta protestar contra a greve dos fiscais da Anvisa, que está prejudicando o tratamento de muitas doenças, pois vários medicamentos já estão em falta nas farmácias por falta de insumos que estão retidos na alfândega. Mais uma vez, a inépcia e a omissão do governo federal se revelam, pois esta situação já deveria estar resolvida. Cada país realmente tem o governo que merece."
Marcelo Vieira Miranda (Espírito Santo do Pinhal, SP)

TV
"O Canal Comunitário da Cidade de São Paulo não é o Canal SP-TVA, como estava em trecho de e-mail reproduzido pela reportagem "Em e-mails, anúncios são chamados de lixão" (Brasil, pág. A18, 26/3). O Canal Comunitário é exibido na NET e na TVA. O Canal de São Paulo, canal 18 operado pela TVA, é exclusivo do sistema TVA."
Ana Cristina Buono Jávera Giannini, advogada do Canal Comunitário da Cidade de São Paulo (São Paulo, SP)


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