São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Exército no Rio
"Do episódio triste, no qual estiveram envolvidos os três rapazes negros do morro da Providência, resta apenas o aspecto cerimonioso de um pedido de desculpas do Exército às mães das vítimas? É pouco. A publicação dos nomes e fotos dos militares que premeditaram o crime são imprescindíveis -além de sabermos se receberão acusação formal, sujeita a julgamento e a punição exemplar.
Banaliza-se a morte de brasileiros, sejam brancos, negros, crianças, adultos ou idosos. E será que alguém ainda pensa que "é uma coisa normal em época de violência'? Eu não. Estou indignada e quero providências."
DORALICE ARAÚJO , professora (Curitiba, PR)

 

"Que horror o fato de 11 militares do Exército Brasileiro entregarem três jovens para serem torturados e mortos por traficantes no Rio de Janeiro. Relembra o triste episódio de Olga Benário Prestes, entregue pelo militares de Getúlio Vargas para ser morta na câmara de gás pelos nazistas.
É pura perda de tempo o Exército subir os morros e ajudar a matar e a torturar negros e pobres. Isso setores da Polícia Militar e Civil já fazem com absoluta competência."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

 

"O recado já havia sido dado pelo legislador ao restringir, na Lei de Garantia da Lei e da Ordem, o emprego das Forças Armadas em tarefas típicas de segurança pública junto à população civil.
A tragédia ocorrida no Rio de Janeiro só vem demonstrar o acerto em preservar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica para a proteção da nação contra ameaças e ataques externos, deixando a segurança pública, seja na terra, no mar ou no ar, para as instituições que já existem e são preparadas e treinadas para essa finalidade."
CASSIO NOGUEIRA , delegado de Polícia Federal (Santos, SP)

 

"A ante-sala deste lamentável fato ocorrido no Rio podia ser previsto quando o Exército foi resgatar os fuzis que lhe haviam sido roubados de um arsenal anos atrás.
Sendo usado como se polícia fosse, o Exército deixou-se meter, a mando do governo Lula, no morro da Providência e encurralou-se em uma situação onde apenas três coisas poderiam advir: 1) ser execrado, porque teria agido de algum modo e aí então viriam as críticas por "abuso de poder" ou "emprego de violência excessiva" contra a "população'; 2) ser criticado, porque nada fez e, sendo assim, lhe chamariam de omisso e de inútil diante do crime não contido; 3) por conta da proximidade com o mercado milionário do crime organizado, ser por este de algum modo "contaminado".
Tendo isso efetivamente ocorrido, eis o motivo pelo qual hoje o Exército Brasileiro amarga um pedido de desculpas publicamente. Pobre Exército Brasileiro; sabe combater guerras e guerrilhas e até mesmo vencê-las, mas, na moderna guerra assimétrica, travada no front interno, perde. E perde feio."
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

 

"Compartilho da indignação de Clóvis Rossi quando diz que é "selvagem" saber que criminosos dominam uma parte do Brasil ("Cartão-postal sem Corcovado", ontem). Mas acho que ele foi modesto.
O território -físico ou virtual, digamos assim- controlado por bandidos neste país vai muito além dos morros e dos bairros da periferia."
FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)

Gol
"Ao contrário do que foi publicado na reportagem "Escritório de Teixeira ganhou clientes de peso no governo Lula" (Dinheiro, 15/6), que cita a GOL Linhas Aéreas Inteligentes como um dos clientes "vip" do advogado Roberto Teixeira, a companhia afirma que nunca foi cliente dos advogados do escritório Teixeira, Martins & Advogados, que representaram os interesses da Volo do Brasil, controladora da VarigLog."
FÁBIO LOBO COSTA , gerente de Comunicação Corporativa da Gol Linhas Aéreas Inteligentes (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Prêmios nacionais
"Muito boa a reportagem com Paulo Szot ("Brasil na Broadway", Ilustrada, pág. E1, 17/6). Já tive o prazer de assisti-lo em várias óperas. É um grande prêmio, e foi muito merecido. Mas, como assinante e leitor da Ilustrada há anos, vejo o caderno cada vez com mais espaço para moda, música e cinema, claro, mas o teatro mais e mais ausente.
O Prêmio Shell de teatro nacional, temos de entrar no site do caderno para saber quem venceu. O Prêmio Femsa também. Sei a importância da Broadway, mas duas páginas? E nossos prêmios nacionais sempre em "notinhas"?"
ANDERSON CAMARGO MAZOLINI (São Paulo, SP)

Cara, corpo e alma
"Após ler a reportagem "Secretária de ministério é alvo de 14 inquéritos da PF" (Brasil, 17/6), concluí que, pelo nível dos atuais representantes na Câmara, no Senado e em alguns Ministérios, pelo currículo apresentado, a recém-nomeada secretária Teresa Jucá está aprovada a ocupar o cargo, com méritos e louvor.
Ela é a cara, o corpo e a alma do governo Lula."
REINALDO OLIVEIRA (Itupeva, SP)

Cerveja no arraiá
"Gostaria de dizer ao senhor Marcel Sacco, diretor de marketing do grupo Schincariol, um dos patrocinadores da festa junina do Colégio Santa Cruz ("Cervejaria patrocina festa junina de colégio de SP", Cotidiano, 17/6), que os motoristas responsáveis por quase 17,5 mil mortes decorrentes de acidentes de trânsito no Brasil em 2007 (metade do total geral), na maioria jovens, não haviam consumido chocolates, salgadinhos ou paçoquinhas antes de baterem seus carros ou de atropelarem pessoas. Haviam, sim, ingerido bebidas alcóolicas."
SELMA VETTORI (São Paulo, SP)

Propaganda
"A menina olha para o azul do mar e suspira: "Quando olho para o mar quero ser bióloga". O menino olha para as curvas das meninas fazendo ginástica na praia e, com um sorriso de Ronaldinho Fenômeno, comenta: "Quando olho para o mar quero ser professor de educação física".
O que há na cabeça dos intelectuais do MEC que permitem que uma publicidade do Enem consiga ser tão grosseira, ofensiva e preconceituosa? (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10569&interna=6). Não só conseguem chamar os educadores físicos de pervertidos como reforçam a imagem da mulher como objeto.
Como diria nosso presidente, nunca antes neste país se viu tamanha ignorância."
RUBEM DE OLIVEIRA CAUDURO , aluno do quarto ano de educação física (Londrina, PR)

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