São Paulo, sexta-feira, 19 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Congresso
"A propósito da iniciativa dos 20 senadores "éticos" para corrigir os desmandos no Senado ("Senadores fazem lista de exigências a Sarney", Brasil, ontem), cabe dizer que eles arrogam a si próprios a tarefa de imaginar medidas eficazes. Em nenhum momento tiveram a humildade de convocar a sociedade para pedir sugestões.
Ninguém no estrato político nacional está interessado em pesquisar as sugestões e as necessidades da sociedade.
Pesquisa, para esses cidadãos da elite, serve somente para identificar tendência de voto."
ARNALDO L. RYNGELBLUM (São Paulo, SP)

Jornalismo
"Na prática, a não exigência de diploma para exercer a função de jornalista é como se tivessem cassado os diplomas de todos os profissionais já formados. A profissão será invadida por milhões de falsos jornalistas. Um enorme absurdo.
A escola é um caminho democrático para as pessoas se desenvolverem democraticamente. O jornalismo vai virar terra de ninguém, e a democracia sofre um duro golpe. Não vamos deixar isso passar em branco."
JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

 

"Infeliz a decisão do STF de acabar com a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Infeliz pois afronta o texto constitucional ("é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer').
Infeliz pelos argumentos: agora jornalista é igual a cozinheiro, segundo o ministro Gilmar Mendes. E, segundo o ministro Cezar Peluso, o diploma só é necessário em profissões que exigem o domínio de "verdades científicas".
Todo aluno de primeiro ano do curso de direito sabe que essa é uma ciência onde não há "verdades científicas". Nesse sentido, segundo o entendimento do ministro Peluso, para ser juiz, promotor, advogado etc. não é mais preciso frequentar um curso de direito.
Infeliz pois essa definição deveria ficar a cargo do Legislativo, e não do Judiciário, que, mais uma vez, se intrometeu em um assunto que não lhe diz respeito."
CARLO JOSÉ NAPOLITANO, advogado e professor universitário (Bauru, SP)

 

"Parabéns à Folha, uma das pioneiras na luta contra a obrigatoriedade da exigência de diploma de jornalismo para o exercício da profissão. O decreto-lei de 1969, criado pela ditadura, tinha como um dos principais objetivos o controle da informação, e não a liberdade de expressão."
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO (São Paulo, SP)

Pacaembu
"A reportagem "Pacaembu, mais caro, expõe mazelas" (Esporte, 17/6) retrata a situação real do estádio, sem exageros.
Mas deixa a impressão ao leitor de que alguns problemas, como a venda de ingressos, são de responsabilidade de quem administra o estádio, no caso a Secretaria Municipal de Esportes.
A reportagem sabia que a venda de ingressos e as informações aos torcedores em dias de jogos são de inteira responsabilidade do clube mandante, no caso, o Corinthians.
Episódios como esse reforçam a importância e a pertinência da discussão sobre a relação entre jornalistas e fontes.
Neste caso, no mínimo um novo texto mostrando o "outro lado" deveria ter sido publicada. É regra básica e fundamental do bom jornalismo."
FÁBIO BEHREND , assessor de imprensa da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Mariana Bastos e Eduardo Ohata - A reportagem ouviu a secretaria sobre os assuntos de sua alçada, como a falta de assentos, os banheiros encharcados e flanelinhas e cambistas ao redor do estádio. A reportagem não apontou a secretaria como responsável por falhas na venda de ingressos.

Luxemburgo
"Repudio, veementemente, a notícia publicada no dia 15/6 na coluna do senhor Juca Kfouri ("Atos secretos do futebol", Esporte, pág. D6) que diz que as franquias ligadas ao Instituto Vanderlei Luxemburgo "fecharão no dia 30/6" (sic) e que o "Instituto quebrou cláusulas contratuais de exclusividade" -ou que a referida instituição de ensino é "irrecuperável, por falta de organização, critérios e trabalho" (sic).
O IWL não mantém contrato de exclusividade com nenhuma franquia, as franquias não vão fechar em junho e a instituição vai muito bem, obrigado.
Ao contrário do que escreve o senhor Juca, Vanderlei Luxemburgo não anda nem um pouco "aflito", pelo contrário, é um vitorioso na profissão, segue de bem com a vida, com a família, com os amigos e com a própria consciência.
Quem deve andar andar mais que aflito, desesperado mesmo, é o colunista Juca, que, na ânsia de dar vazão às suas doentias maldades, não consegue parar de atacar a honra do próximo e, depois, em juízo, processado, diz que não tem a intenção de mentir ou de ofender.
Digo ao senhor Juca que, para tornar inocente uma mentira, não é suficiente que a intenção de prejudicar não seja expressa; é preciso, além disso, a certeza de que o erro em que lançamos aqueles sobre quem falamos não prejudica nem a eles nem a ninguém. Mentir por ódio, por perseguição, para vantagem pessoal, é fraude; mentir para prejudicar é calúnia -a pior espécie de mentira.
Falar a verdade é a maior homenagem que o homem honesto pode render à sua própria dignidade."
ANTONIO CARLOS SANDOVAL CATTA-PRETA advogado do técnico Vanderlei Luxemburgo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Juca Kfouri - É o dono da franquia que, no seu site, garante que ela fechará no dia 30 deste mês. E apresenta o contrato com cláusula de exclusividade. O resto é choro.

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