São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Saramago
Talvez agora vá-se descobrir o gênio que era Saramago. Mas ele verdadeiramente o era. Um escritor que sabia, como poucos, manusear as palavras, como se somente dele fossem dependentes e a ele somente pertencessem.
De um estilo único e inigualável, fez provocações ao homem, fazendo-o pelo menos pensar, principalmente sobre Deus e sobre a igreja. Desse modo, Azinhaga, que era tão pobre quando por lá ele nasceu, herda suas lembranças póstumas, tão ricas. Sem este José, portanto, o mundo fica menos crítico, e sem este Saramago, fica cego e desassistido.
ACHEL TINOCO (Salvador, BA)

Morumbi na Copa
Começam a aparecer artigos atacando o governo por supostamente colocar dinheiro público num estádio para garantir a Copa em São Paulo. Isso acontece para esconder a incompetência do PSDB e do DEM.
Falaram meses sobre o Pacaembu; depois sobre o Morumbi. Todos sabem da impossibilidade de ambos abrigarem, hoje, partidas da Copa. Como é possível que a maior e mais rica cidade do maior e mais rico Estado não seja sede? Como dizer que São Paulo não é capaz de reformar ou de construir um estádio? Essa não é uma questão de dinheiro público, mas do papel dos governos municipal e estadual em apoiar e liderar uma parceria público-privada para sanar a questão.
A construção de centros esportivos, culturais, comerciais, residenciais e hoteleiros, viáveis e rentáveis, já aconteceu no Brasil. Responsabilizar o governo federal, tratar a questão como gasto de verba pública ou usar os jornais para justificar a incompetência e a falta de liderança dos governos da capital e do Estado é fugir das obrigações.
Afinal, a Copa não é importante para o desenvolvimento do país?
JOSÉ DIRCEU, ex-ministro da Casa Civil da Presidência da República (São Paulo, SP)

Anatel
Em relação ao editorial "Consumidor maltratado" (Opinião, 13/6), esclarecemos que a Anatel fiscaliza o cumprimento de obrigações de callcenters com base nos planos gerais de metas de qualidade e nos regulamentos dos serviços de telecomunicações, antes mesmo da vigência do decreto 6.523, de 31/7/08.
Com a edição do decreto, houve fiscalização específica nas centrais de atendimento das prestadoras de telefonia fixa e móvel, de TV por assinatura e de serviços de comunicação multimídia. Como resultado desse trabalho, foram instaurados 23 procedimentos para apuração de descumprimento de obrigações (Pado), um para cada prestadora, sendo que 19 estão em instrução e quatro já foram julgados -e, em decisões de primeira instância, resultaram em multas que somam R$1,88 milhão.
Além disso, o planejamento da fiscalização previu dez novas ações relativas aos SACs, quatro delas concluídas com a instauração de mais três Pados.
LAURO RUTKOWSKI, assessor de imprensa da Anatel (Brasília, DF)

Código Florestal
O pretenso benefício que alcançaria a senadora Kátia Abreu, segundo a reportagem "Lei de floresta livra senadora de multa" (Ciência, ontem), na verdade já se encontra na lei 9.605/98 e no decreto 7.029/09, que oferecem aos proprietários o direito à regularização ambiental em caso de infrações administrativas, não havendo nenhum perdão se houver crime ambiental.
O meu substitutivo procura seguir o espírito da lei e do decreto, com a condição de que sejam cumpridas as exigências do Programa de Regularização Ambiental.
ALDO REBELO, deputado federal pelo PC do B-SP (Brasília, DF)

Resposta dos jornalistas Matheus Leitão e Lucas Ferraz - A lei 9.605/98 e o decreto 7.029/ 09 não preveem anistia, mas um desconto nas multas -analisado caso a caso- e a obrigação de recuperar a área. O novo Código Florestal em trâmite no Congresso prevê anistia das multas aplicadas antes de julho de 2008, situação que beneficia a senadora Kátia Abreu.

Escola pública
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, em suas aparições na TV, diz que é oriundo de família pobre e que estudou em escola pública. Muito elogiável, porém eu gostaria de saber se ele, hoje, colocaria sua neta para estudar numa escola pública de São Paulo, Estado que o seu partido governa há 15 anos.
JAIME GONÇALVES PINHEIRO (São Paulo, SP)

Suicídio
Ao ler a tirinha do Angeli de 17/6 (Ilustrada), apesar da sua genialidade, doeu meu coração. Tive um filho que se jogou da cobertura do prédio onde trabalhava -e nem era dia do suicídio coletivo. Foi individual e solitário. Será isso o que nos resta na nossa sociedade?
Será que a tira não induzirá outros jovens a achar que esse é o melhor caminho para suas tristezas, medos, ansiedades e culpas? Li, não sei onde, que jornais não noticiam, mas enfatizam assuntos como o suicídio -exceto em temas médicos e de pesquisa. Enfim, sou fã do jornal e do cartunista, mas acho que foi infeliz a publicação dessa tira.
MARTA CRISTINA TARGON DE OLIVEIRA (São Vicente, SP)

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