São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Oriente Médio
"Israel está destruindo o Líbano, bombardeando cidades, destruindo prédios, aeroportos, usinas de energia elétrica, pontes, estradas e ruas, além de matar a população civil. O pretexto é obter a liberdade de três soldados aprisionados, agindo com uma violência monstruosa contra um país pacífico e desarmado. Nem a Alemanha nazista procedeu com tamanha truculência impiedosa na Segunda Guerra Mundial."

CARLOS ALBERTO DIAS FERREIRA (Rio de Janeiro, RJ)

"Como você reagiria se soubesse que Hugo Chávez entregou 12 mil mísseis de longo alcance ao PCC e deu ordens para disparar sobre as cidades brasileiras? Você não acha que o Exército brasileiro deveria fazer de tudo para impedir? Você não recomendaria usar todos os meios para destruir os mísseis antes que eles caíssem na sua casa? Pois isso é o que Israel está fazendo: protegendo seus cidadãos. É triste que haja vítimas civis na população libanesa, mas a responsabilidade recai sobre o governo do Líbano, que nestes anos todos deixou o Hizbollah livre para fazer o que bem entendesse."

ALEXANDRE OSTROWIECK (São Paulo, SP)

Brasil
"Perdi uma amiga no dia do jogo Brasil e França. Não bastasse o sofrimento da família, de ter perdido um ente tão querido e tão jovem, anteciparam o enterro dela para 14h30 por causa do jogo, mas os funcionários nem chegaram a enterrá-la: abandonaram a família e o corpo para voltar depois do jogo. É o fim da picada: não se pode morrer no dia que o Brasil joga. O ser humano perdeu o respeito, a dignidade e a compaixão para com o próximo. O materialismo impera e o sofrimento humano foi jogado às traças."

ROSANGELA HACK PARISATTO (São Caetano do Sul, SP)

"Todos lembramos da propaganda enfatizando a força dos brasileiros que nunca desistem ante os obstáculos. Ronaldo e todos os que participaram daqueles filmes podem até ser exemplos de perseverança, mas a propaganda é enganosa: ele não desiste por ser brasileiro, mas por ter contratos milionários a cumprir e outros milhões a ganhar. Os verdadeiros protagonistas do "brasileiro que não desiste nunca" são os das filas do INSS, dos corredores dos hospitais, os contribuintes, os aposentados, os trabalhadores. São esses que não podem desistir nunca. Não pela qualidade de brasileiro, mas lamentavelmente pela necessidade de sobrevivência por ser brasileiro: mal remunerado, explorado e desconsiderado."

ARNALDO ANDRADE SANTOS (Lins, SP)

Suzane
"O duelo de versões entre Suzane e os irmãos Cravinhos coloca o processo judicial no limite da farsa. Um deles mente descaradamente, com a orientação de seu advogado. Não sei mais distinguir entre um tribunal e um picadeiro, pois tanto o ator quanto o advogado almejam seduzir a platéia em busca do aplauso ou da causa. O princípio de que um réu não pode testemunhar contra si mesmo não autoriza a mentira."

RODRIGO DE FILIPPO (Rio de Janeiro, RJ)

"Todos os dias vemos notícias de filhos matando os próprios pais. Por que só os Cravinhos e Suzane fazem tanto sucesso na mídia?"

IRENE SANDKE (Curitiba, PR)

Atentados em SP
"Sobre o editorial "Novos Ataques" (13/7), a Secretaria da Segurança Pública esclarece: é finalidade desta Secretaria a repressão policial no combate ao crime, e entre os resultados destaca-se a redução de todos os crimes violentos, incluindo 50,7% nos homicídios. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo é a única do país que publica em seu site informações completas e atualizadas. Também atende a jornais e a mídia em geral, diariamente, totalizando cerca de 1.500 atendimentos por mês, somente com o objetivo de prestar contas. Na matéria "São Paulo define lista dos presos que quer isolar" (12/6), foi divulgada uma lista falsa contendo nomes de presos, que não foi elaborada pela Secretaria da Segurança Pública nem pela Secretaria da Administração Penitenciária. Ao publicar a lista, o jornalista André Caramante, autor da matéria, e nenhum outro jornalista da Folha fizeram nenhuma solicitação que confirmasse a lista falsa, contrariando um dos princípios fundamentais deste conceituado jornal (o "Outro Lado", "Manual da Redação" da Folha, pág. 27)."

ELAINE RAMOS MANSANO, assessora da Secretaria da Segurança Pública de SP (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista André Caramante - A lista é verdadeira. Foi confirmada com três autoridades. No dia anterior à sua publicação, o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, foi procurado por telefone. Segundo sua assessora de imprensa, Rosana Garcia, ele não poderia atender a reportagem. Ela se comprometeu a marcar uma conversa com o secretário para o dia seguinte, o que não ocorreu até hoje. O texto não diz que a lista foi fornecida pelas secretarias da Administração Penitenciária ou da Segurança Pública.

"Enquanto Saulo de Abreu continuar à frente da Secretaria de Segurança Pública, a violência, o caos e o poder do PCC continuarão crescendo e se perpetuando cada vez mais no Estado. Todos esses longos anos de governo do PSDB em São Paulo só contribuíram para aumentar o desastre na Febem e no falido sistema prisional. Não há política pública séria de ressocialização dos adolescentes nem dos presos e não há qualquer respeito aos direitos humanos. Até quando o povo paulista ficará refém dessa situação absurda? Diante do descalabro, até a intervenção federal seria bem-vinda."

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Aposentadoria
"Em relação ao editorial "Aposentadoria obrigatória" (12/7), caberia advertir que nem sempre a rotatividade nos cargos docentes universitários é garantida pela aposentadoria compulsória aos 70 anos. No caso da USP, os claros produzidos pelas aposentadorias não são automaticamente cobertos. Os cargos concursados, que nem sempre são facilmente preenchidos, nem sempre correspondem aos cargos vacantes em razão de aposentadorias. O aposentado pode continuar orientando e dando aulas, mas, afastado do âmbito das decisões institucionais, poderá sentir-se uma visita no espaço acadêmico que ajudou a construir. E a universidade poderá ter perdido um colaborador de grande experiência e desejoso de trabalhar plenamente integrado nela."

MARIO M. GONZÁLEZ, professor titular da USP (São Paulo, SP)

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