São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Enem
O artigo "Critérios do Enem prejudicam São Paulo" ("Tendências / Debates", 18/9), de Carlos Eduardo Bindi, diz que São Paulo ficou atrás do Rio e de Minas no ranking do Enem devido a critérios que ele questiona. Se a nota da redação tivesse peso idêntico à das outras quatro provas objetivas (um quinto, não metade), afirma Bindi, os resultados mudariam: São Paulo ficaria em primeiro lugar, o Rio em segundo e Minas em terceiro. Pode-se discutir critérios de avaliação, claro. Mas não seria melhor se Bindi perguntasse por que os alunos de SP têm avaliação pior que os de outros Estados na prova escrita? Talvez a mudança deva começar na aula.
SÍRIO POSSENTI (Campinas, SP)

 


Muito oportuno o texto de Carlos Eduardo Bindi. Pela primeira vez é didaticamente apresentada essa aberração adotada pelo MEC para classificar as escolas. Como é possível adotar um critério tão insano como esse em que as quatro provas, que avaliam os conteúdos aprendidos pelos estudantes ao longo de vários anos, tem o mesmo valor de uma simples redação de algumas poucas linhas. A quem interessa esse critério? Será que as escolas públicas são as beneficiadas com isso, escondendo resultados reais que seriam ainda piores? Esperamos que o MEC venha a público dar explicações convincentes.
CIBELE S. BONICHELLI (São Carlos, SP)

IPI
Entre as incontáveis bobagens feitas pelo governo militar, destaca-se a lei da "reserva de informática" com o intuito de promover o desenvolvimento da indústria nacional. Como o país não tinha nenhuma base tecnológica sólida para isso, deu no que deu: um furo n'água. Quanto ao aumento do IPI, a coisa se repete.
ANTONIO RICARDO AMARANTE (Campinas, SP)

 


Não é possível essa quantidade de veículos da China, da Coreia e de outros países que se utilizam de mão de obra quase escrava, sem exigências de leis ambientais e com impostos quase zero. A nossa indústria está há muitos anos investindo e pagando impostos, além garantir empregos. É preciso também proteger outros produtos nacionais.
RICARDO MEDEIROS ANALHA (São Paulo, SP)

Partidos
O artigo "Pode ser que me engane...", de Ferreira Gullar (Ilustrada, 18/9,) faz um relato muito claro da trajetória do PT nos últimos anos, mas peca ao dizer que "os principais fundadores do PT usam o poder politico e institucional para intermediar interesses de grupos econômicos nos contratos com o Estado brasileiro", como se essa prática não fosse comum a todos os partidos, inclusive o PSDB que ele tanto defende.
RICARDO VIGGIANI (Ubatuba, SP)

Folhaleaks
Era o que faltava para os leitores da Folha: um canal exclusivo de sugestões anônimas para reportagens investigativas (Poder, 18/9). A abertura desse espaço para a livre expressão é o nosso último suspiro. Um passo importante para a justiça social.
SERGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)

Família Sarney
Que fique bem claro que o STJ não inocentou Fernando Sarney e os outros familiares do cidadão especial José Sarney, flagrados em operação da PF, mas apenas considerou que as provas dos crimes cometidos pela quadrilha foram obtidas de maneira ilegal. É triste constatar que a nossa Justiça, tão rigorosa e atenta a detalhes quando envolve criminosos poderosos, não tenha a mesma presteza quando os envolvidos são cidadãos apenas comuns. Tendo voltado à estaca zero, será difícil obter novas provas para condenar o grupo criminoso, que continua solto para agir.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

 


Sobre a reportagem intitulada "STJ anula investigação da PF contra a família Sarney", (Poder, 17/9), em que Daniel Dantas é citado, é preciso esclarecer que: 1) A Satiagraha foi uma fraude armada para atender a interesses privados e políticos. O objetivo era prender, mesmo após ser constatada a inexistência de crime do Opportunity, o que foi comprovado em documentos. 2) O STJ anulou a Satiagraha pela participação ilegal da Abin. O delegado Protógenes Queiroz, comandante dessa operação, foi condenado por fraude processual. O Ministério Público Federal entendeu que ele deve responder pelos crimes de prevaricação e corrupção passiva.
ELISABEL BENOZATTI , da assessoria de comunicação do Opportunity (São Paulo, SP)

Comissão da Verdade
A busca de informações sobre os direitos humanos e civis no período entre 1946 e 1988 (Poder, 18/9), por meio de uma Comissão da Verdade, impõe-se como necessidade em uma democracia que respeita o Estado de Direito. Os sete membros da comissão devem mesmo provir de ambientes imparciais, ainda que não se possa deixar de lado as inquietações de todos os que foram afetados por medidas de arbítrio, cujas demandas devem ser todas contempladas. Caso contrário, será apenas mais uma postergação do acesso às informações.
PEDRO PAULO A. FUNARI (Campinas, SP)

 


Países como o Chile e Argentina mal ou bem puniram malfeitores protagonistas de atrocidades durante o período de ditadura. No Brasil, até hoje ninguém foi punido. Nem vai ser. A Comissão da Verdade servirá efetivamente para agraciar os sete membros com o rendimento de R$11 mil mensais até a conclusão dos trabalhos -sem prazo fixado-, o que vale dizer que não terminarão a tarefa tão cedo.
IVAN NETTO (Rio de Janeiro, RJ)

Maconha
A leitora Mônica Abate Guglielmi ("Painel do Leitor", 18/9) deveria se informar em vez de se apoiar no senso comum ao dizer que a maconha causa um efeito destruidor no cérebro. Conheço pessoas que usam e usaram maconha desde 20 ou 30 anos atrás e são ativas intelectualmente. Deveria saber também que a ciência já classificou essa droga como uma das mais inofensivas tanto na tolerância ao vício como nas consequências à saúde, sendo muitas vezes o remédio para a saída das drogas pesadas.
JOSÉ REINALDO BALDIM (Dourado, SP)

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