São Paulo, segunda-feira, 19 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Chávez e a democracia
"Respondendo ao sr. Wagner Fernandes Guardia ("Painel do leitor", 16/11), gostaria fazer uma ressalva: a imprensa dita "livre" venezuelana ultrapassou os limites de uma oposição crítica a um governo eleito democraticamente ao apoiar e participar explicitamente de um golpe de Estado. Nenhuma democracia existente toleraria a permanência de uma imprensa golpista dentro do território nacional. Mesmo assim, o governo Chávez aguardou o fim legal do direito de concessão dessas rádios e TV para exercer o direito de não renovar."
JOSÉ WAGNER COSTA SOUSA (São Paulo, SP)

"O leitor Francisco da Costa Oliveira, no "Painel do Leitor" de sábado (17/11), faz comparação descabida entre Hugo Chávez e Saddam Hussein (aquele das armas de destruição em massa que nunca foram encontradas, não é?) e pergunta: quem acredita na lisura das convocações e nos resultados dos muitos plebiscitos, referendos e eleições vividos pela população venezuelana? Essa é fácil: a Organização dos Estados Americanos, todos os observadores internacionais e o próprio governo dos EUA.
No mesmo "Painel" -e na mesma linha de raciocínio-, o leitor Sergio Eduardo Stempniewski alerta: "abramos os olhos!", já que Lula "talvez tenha o desejo de impor ao Brasil as mesmas regras populistas e totalitárias que estão sendo impostas ao povo venezuelano". Concordo com a vigilância da democracia, mas me pergunto onde será que ela estava quando mais precisamos dela, já que tantas vezes se mudaram as regras com o jogo em andamento nesse país, nenhuma delas durante o atual governo."
CARLOS ODAS (Santo André, SP)

Alcoolismo
"Gosto do que escreve o sr. Ruy Castro, mas em sua coluna "Salvação de Adriano" (Opinião,17/11) ele, como o jogador de futebol Adriano, pisou na bola. O alcoolismo tem como causa a interação de fatores emocional (psíquico), ambiental e genético. Realmente o alcoolista não é safado nem sem-vergonha. Ele usa de um mau remédio (o álcool) para aliviar suas "dores"."
PAULO BORINI, médico (Marília, SP)

"Muito se tem escrito sobre o alcoolismo, mas o articulista Ruy Castro conseguiu sumarizar o impacto na vida de uma pessoa e seus reflexos na sociedade.
Para conseguirmos mudar o inconsciente coletivo e mostrarmos a importância epidemiológica, os grandes problemas médicos, sociais e de segurança que o abuso e a dependência de álcool acarretam é fundamental que mostremos, à exaustão, essas questões, assim como o preconceito que se abate sobre esses doentes e seus familiares."
LUIZ ALBERTO CHAVES DE OLIVEIRA, presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas e Álcool (São Paulo, SP)

Pesquisa com animais
"É lamentável que alguns representantes da comunidade científica não consigam pensar em desenvolvimento da ciência em conjunto com a ética. Lamentável também que um cientista como o dr. Philip Wolff ("Painel do leitor", 17/11) peça em público que a sociedade explique quais são os métodos alternativos ao uso de animais em pesquisas. Posso adiantar que existem centenas de técnicas eficientes, modernas e substitutivas ao modelo animal. O mundo precisa do avanço da ciência, e mais do que nunca de parâmetros éticos."
SILVANA ANDRADE (São Paulo, SP)

Poluição
"Em referência ao excelente Editorial "Alerta Final" (17/11), fica fácil constatar a posição hipócrita dos governantes brasileiros em relação ao tema ambientalismo.
Galgada a vergonhosa posição de quinto maior poluidor do planeta -evidente que não devida à industrialização desenvolvimentista- e subindo, nada é feito para conter a criminosa ação de queimadas e desmatamentos. Enquanto Jobim das Selvas sonha com submarinos para enfiar sua cabeça na água à guisa de avestruz, a apagada ministra Marina da Silva literalmente não possui forças para reduzir os danos ambientais e desvendar os interesses inconfessáveis que financiam as atrocidades."
EDUARDO MUZZOLON (Cascavel, PR)

Ferrovias
"Clóvis Rossi tem razão quando intitula seu texto "Volta aos trilhos" (Opinião, 17/11). A quem interessa o sucateamento das ferrovias? As multinacionais fabricantes de caminhões, ônibus, autopeças, pneus, combustíveis vão querer que o governo invista em ferrovias? E as companhias de ônibus que pertencem a políticos? Existe uma ferrovia (antiga Companhia Paulista) de bitola larga que liga São Paulo a Panorama (SP). Há alguns anos essa ferrovia transportava passageiros e todo tipo de carga. Hoje restam somente trilhos e dormentes, subutilização da ferrovia e muita saudade dos passeios de trem.
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

Dispensa de licitação
"Pelo fato de a matéria "Presidência contrata biógrafa de Genoino" (Brasil, 6/11), de Fábio Zanini, ter sido fonte de outras matérias, sinto-me na obrigação moral de prestar alguns esclarecimentos: sou doutora em Sociologia e professora aposentada do departamento de sociologia da UnB, com o qual mantenho vínculo acadêmico como pesquisadora associada, sem remuneração; essa situação funcional me permite ter outros vínculos de trabalho; sou bolsista de produtividade de pesquisa do CNPq e desenvolvi, no período de 2003-2006, o projeto "Democracia e Pluripartidarismo no Brasil", com foco na reforma política.
Meu contrato com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) foi de prestadora de serviço de assessoria para organizar os Anais do "Seminário Reforma Política". O nome foi lembrado porque participei do seminário da UnB "Reforma Política em Questão". O contrato é legal, mas o jornalista começa a matéria afirmando, na segunda linha, que fui contratada "sem licitação", para depois explicar, no terceiro parágrafo, que o contrato é legal pela Lei 8.666/93, a Lei de Licitações, que dispensa esse instrumento para "assessorias ou consultorias técnicas".
Dei ao jornalista todas as informações, coloquei-me à disposição para qualquer esclarecimento, descrevi minha trajetória intelectual, sugeri que consultasse meu currículo Lattes para comprovar minhas participações, orientações e trabalhos sobre o tema. Apesar disso, ele insistiu na matéria vinculando minha pessoa e o meu trabalho profissional ao fato de ter escrito um livro sobre José Genoino. Depois das minhas informações e do próprio deputado ter afirmado desconhecer meu trabalho para o CDES, o jornalista me enviou um e-mail, do qual constava a frase: "O fato de a sra. ser biógrafa do Genoino é um componente a mais de interesse.'
Vi na matéria ambigüidades, insinuações e má-fé. Concluí que o jornalista escreveu sua própria interpretação e não o que apurou com os fatos, projetando uma imagem minha que não corresponde à realidade. E o pior: as insinuações e a versão da matéria passaram a ser vistas pelos leitores como a verdade."
MARIA FRANCISCA PINHEIRO COELHO (Brasília, DF)

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