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2002 ALGO MAIS CLARO
Começa a ficar mais claro o cenário eleitoral de 2002. É óbvio
que, a dez meses da votação propriamente dita, qualquer antecipação é
prematura. Mas é igualmente óbvio
que a grande incógnita no cenário,
qual seja a definição da candidatura
do bloco governista, é menos nebulosa hoje do que na semana passada.
Primeiro, porque o governador do
Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), anunciou uma espécie de hibernação de
sua postulação, o que deixa livre o caminho, no partido, para a o ministro
da Saúde, José Serra, tentar viabilizar
o seu nome.
Segundo, porque o nome do momento em matéria de sucessão é o de
Roseana Sarney (PFL), governadora
do Maranhão. Roseana continua em
ascensão, embora dentro da margem
de erro. Subiu de 16% para o patamar
dos 19%.
Ao mesmo tempo, a governadora
aparece como a única candidata capaz de rivalizar com Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) em um eventual segundo turno. O Datafolha mostra que os
dois estariam, hoje, tecnicamente
empatados (46% para Roseana e 44%
para Lula).
A pesquisa deixa claro que um eventual rompimento da coligação que
apóia o presidente Fernando Henrique Cardoso, com o lançamento tanto da candidatura de José Serra como
da de Roseana Sarney, não tira do governismo a chance de ver um de seus
nomes no turno decisivo do pleito.
Além disso, desfaz o favoritismo de
Lula em um eventual segundo turno.
Resta saber se o fenômeno Roseana
dura ou não. Ela subiu com base em
uma estratégia mercadológica que
previa a exibição apenas de sua imagem sem a apresentação de seu programa ou pelo menos de idéias que
fossem além das platitudes do horário gratuito eleitoral.
É uma espécie de "Casa dos Artistas" da política, em que a fama deriva
apenas da presença constante na TV.
Quando for chamada a dizer o que
fará do país, ver-se-á se o fenômeno
Roseana tem consistência.
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