São Paulo, segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br

PUC
"A propósito da reportagem "Igreja demite 322 professores da PUC-SP" (Cotidiano, 18/2), a reitoria vem realizando esforços de superação da crise da universidade, de forma pactuada e ascendente. Tais esforços resultaram, em apenas um ano, em significativa redução de 3,13 milhões na folha mensal docente e 268 demissões (incluindo plano de demissão voluntária), além de racionalização administrativa. No entanto, para atingir a meta e os prazos estipulados pelos bancos credores, nossa mantenedora, a Fundação S.Paulo, tomou para si a tarefa de realizar os ajustes que considerou necessários. Assim, desde o dia 10 de fevereiro, a composição da Secretaria Executiva da Fundação S.Paulo é constituída por mim e mais dois representantes da Mitra Arquidiocesana, e, de agora em diante, qualquer ação necessita sempre de pelo menos duas assinaturas. É indispensável, por isso, esclarecer que eu não assinei os cortes realizados pela secretaria da fundação exatamente por discordar de não terem sido feitos pelo método pactuado com as instâncias deliberativas da PUC-SP. Não sou responsável, portanto, por outras demissões além daquelas vindas dos setores próprios, segundo critérios acadêmicos que foram por nós acordados. Tenho certeza de que a PUC-SP manterá sua qualidade e continuará sendo respeitada e reconhecida, demonstrando seu poder de superação."
Maura Pardini Bicudo Véras, reitora da PUC-SP (São Paulo, SP)

Jantar tucano
"Vendo a foto do jantar dos tucanos no restaurante Massimo e sabendo que 95 milhões de reais foram desperdiçados para reunir o Congresso no final do ano, chego à seguinte conclusão: como é fácil ser político no Brasil e discutir os problemas sociais regados a champagne e vinho importado, além, claro, de um cardápio que sabidamente é um dos mais caros de São Paulo! Coitado do povão, que é obrigado a discutir suas mazelas passando fome e desemprego. Some a tudo isso os lucros dos bancos e teremos a definição de um país desigual. Esqueceu o nome? Brasil."
Fabio Luiz Silveira (São Paulo, SP)
 

"A imagem não poderia ser mais constrangedora. Os quatro comandantes do PSDB reunidos em um jantar para tratar da próxima eleição, já demonstrando claramente a opção pelo atual prefeito. E a desculpa para a ausência do governador de São Paulo dada por FHC não poderia ser pior: ""É que o Geraldo tem que levantar cedo". Ora, e o prefeito, também não? A não ser que já tenha deixado o sr. Cassab no comando para ir pegando o jeito, para quando ele quebrar o compromisso que assinou e entrar de vez na campanha presidencial..."
Marcelo Bretas, (São Bernardo do Campo, SP)
 

"A Folha captou o sentimento de desconforto que vem tomando vulto nessa questão da indicação do candidato do PSDB para concorrer à Presidência da República. No editorial "A ceia dos cardeais" é descrita a cena em que poucos políticos profissionais se reúnem ao redor de pratos e vinhos para traçar planos decisivos para o povo brasileiro. Que planos são esses? Só um: convencer Geraldo Alckmin a ceder a vez a José Serra, não sem compensações, é claro. O que chateia é a quantidade e a qualidade dos que decidem pelo partido coisas que eventualmente podem se tornar decisivas para o país."
Antonio do Vale (São Paulo, SP)

Bancos
"Transmito meu aplauso à Folha pela ousada manchete estampada na edição de ontem: "PF vai indiciar 18 bancos suspeitos de remessa ilegal", em que revela o vínculo dessas "honoráveis" instituições com os doleiros. Tal informação é sempre oportuna em um país que prende o miserável que rouba um pacote de bolacha para matar a fome do filho e deixa livre os que Walter Ceneviva, no artigo "Crime Elegante", publicado nesta mesma Folha, já nos idos de 6/2/1981. Eis um trecho sintomático do texto. A sociedade está consciente do perigo do "trombadinha", tem raiva de ladrão. Mas, afirma Ceneviva, "encara com indiferença e até com desalentada passividade que o grande golpista dos dólares, o despudorado ladrão de ações, o cínico criminoso das empresas públicas, o impiedoso manipulador do mercado imobiliário fiquem impunes".
Carlos Rossini (São Paulo, SP)
 

"A reportagem da Folha de ontem que noticia o inquérito da Polícia Federal que indiciará 18 bancos mancomunados com doleiros na remessa ilegal de valores para o exterior é emblemático. Prova que o atual modelo econômico neoliberal, que privilegia o sistema rentista em detrimento do produtivo, terá de ser reformulado.Ou se flexibiliza responsavelmente tal política ou caminharemos inexoravelmente rumo ao caos."
José de Anchieta Nobre de Almeida (Rio de Janeiro, RJ)

Carandiru
"Em nada me espanta a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo acerca do massacre do Carandiru, pois de longa data não confio na Justiça brasileira. O que me aterroriza é ver o grande número de pessoas que escrevem cartas ao "Painel do Leitor" da Folha a fim de parabenizar o TJ pela execrável decisão e bajular o coronel Ubiratan."
Arcelio Benetoli (Maringá, PA)
 

"Só a renovação ao longo do tempo de integrantes dos tribunais poderá alterar a mentalidade retrógrada e de condescendência com a prática de abusos de toda ordem e atos de improbidade neste país, como acabamos de presenciar com a decisão do massacre do Carandiru e com a avalanche de liminares defendendo a prática de nepotismo no Poder Judiciário, contra os princípios da moralidade e impessoalidade. Infelizmente, o povo brasileiro deverá aguardar -indignado- essa nova era de oxigenação da cúpula do Poder Judiciário, composta de magistrados comprometidos com a valorização dos direitos humanos, princípios democráticos e combate à corrupção e que saibam distinguir a supremacia do interesse público sobre o privado."
Luis Donizeti Delmaschio (São José do Rio Preto, SP)
 

"O Tribunal de Justiça de São Paulo acertou em absolver o coronel Ubiratan. A Justiça finalmente agiu corretamente. O coronel deveria receber uma medalha! Aqui, no Brasil, é tudo ao contrário: os bandidos têm mais direitos que as pessoas de bem. Parabéns ao cel. Ubiratan por ter cumprido seu dever. Nós, pessoas honestas e trabalhadoras, o apoiamos 100%."
Adriana Peccinini (Piracicaba, SP)

Feliz 2010
"Muito oportuno o artigo de Clóvis Rossi, "Feliz 2010" (Opinião, 18/2). Já conhecemos o PSDB e PT. Que tal tentar o PSOL para, quem sabe, um feliz 2007?"
Helio Faria (Pirassununga, SP)

Rolling Stones
"Seria injusto com os órgãos de segurança do Rio de Janeiro não registrar o brilhante trabalho de inteligência e prevenção em casos de megaeventos como o show dos Stones. Policiais civis e militares bem distribuídos e em número suficiente, bem equipados, conseguiram controlar uma multidão. Os turistas com certeza voltarão para seus Estados com a visão mais clara da situação da violência no Rio e no Brasil."
Arlindo Vieira Jorge (Rio de Janeiro, RJ)

Folha, 85
"Parabens à Folha de S.Paulo por mais este ano contribuindo no processo de consolidação da democracia no país."
Alberto Goldman, deputado federal pelo PSDB-SP (São Paulo, SP)


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