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Violência
"As forças que se fantasiam de
vanguardeiras debitam nossos elevados índices de criminalidade às
desigualdades sociais. Em Nova
York, o prefeito Rudolph Giuliani,
com trabalho iniciado ainda como
procurador da Justiça, conseguiu
reduzir drasticamente a incidência
do crime. A Itália derrotou a máfia
com determinação, mas sem demagogia. Em ambos os casos, questões
sociais estiveram ausentes.
Analisar a questão da maioridade
penal com incursão ao estágio fetal
é brincadeira de mau gosto. Impõe-se urgente correção de rumos, a começar pelo mais alto escalão."
HÉLIO FONTANELLA (Niterói, RJ)
"Torcer para que infanticidas recebam, na cadeia, uma punição demorada e sofrida, confessar-se consolado com a possibilidade de infanticidas serem chacinados na cadeia, em nada contribuem para o
aprimoramento das relações humanas, em nada favorecem um debate racional das instituições estatais, apenas evidenciam a irresponsabilidade de quem, por ocupar privilegiadamente o espaço público,
deveria dedicar-se a ensinar a condição ética da liberdade humana.
O artigo de Renato Janine Ribeiro (Mais!, 18/2), dedicado a uma
rasa defesa da vingança, não possui
sequer um verniz iluminista, evidenciando em sua argumentação o
mais retrógrado obscurantismo."
REINALDO PEREIRA E SILVA (Florianópolis, SC)
"Fiquei aliviada ao ler o artigo do
professor Renato Janine Ribeiro
(Mais!, 18/2). O crime contra João
Hélio atinge a todos nós, cidadãos,
mães, pais, educadores. É impossível ficarmos impassíveis diante de
um crime dessa natureza.
Sou professora de psicopatologia
e concordo com o professor Janine:
estamos diante de criminosos cuja
recuperação é praticamente impossível. Como o Estado se posiciona
diante de um crime cuja brutalidade ultrapassa a condição humana?
Leis caducas não mais contemplam o caos em que este país se encontra. Esse crime não matou um
menino. Matou o nosso futuro. E,
se não exigirmos mudanças imediatas de legisladores e governantes, esse crime matará o país!"
GEORGINA FANECO MANIAKAS , professora (Rio
Claro, SP)
"Excelente o artigo do deputado
Fernando Gabeira (Opinião, 17/2),
pois vai direto ao ponto que impede
o aperfeiçoamento do sistema penal, qual seja, parte da esquerda
considera o criminoso apenas vítima da sociedade e não resultado de
seu próprio livre arbítrio. Isso faz
com que seja esvaziado o caráter
punitivo da pena e é motivo pelo
qual nunca se move uma palha para
se aperfeiçoar o sistema criminal.
Também é correta a posição de
que não é só com a alteração das
leis que vamos melhorar a situação,
porém é forçoso reconhecer que
nossas leis penais e processuais (e o
próprio Estatuto da Criança e do
Adolescente) favorecem os criminosos e necessitam urgentemente
de reforma. Parabéns deputado,
continue a lutar no Congresso com
a lucidez demonstrada no artigo."
EDNILSON A. ARRAES DE MELO (São Paulo, SP)
Amazônia
"Contundente, definitiva e extremamente preocupante a denúncia
do sociólogo Helio Jaguaribe ("Tendências/Debates", ontem). Tenho
acompanhado o processo gradual,
permanente e, parece, crescente do
controle internacional, na calada da
noite, do maior patrimônio do país.
Mas as autoridades "não sabem
de nada'; desconhecem o tema, não
discutem, não se apercebem.
É muito triste. Não sabemos, a
continuar o desprezo, até quando
poderemos cantar o "gigante pela
própria natureza". Dá vontade de
gritar -e Jaguaribe o faz, com muita competência: "acorda, Brasil!'".
JOEL TIBÚRCIO DE SOUSA (Ipatinga, MG)
Elites
"Duas notas publicadas no caderno Dinheiro da semana passada
deveriam merecer reflexão profunda pelos conteúdos paradoxais.
Elas mostram claramente o abismo social, cultural e científico em
que nosso país se transformou. Numa nota lê-se: "Milionários americanos doam US$ 50,5 bi em 2006"
(a diversas entidades). Em outra lê-se: "Um dos carros mais caros do
mundo, o modelo top da Mercedes
foi adquirido recentemente por
três brasileiros. A máquina custa
R$ 2,6 milhões." Assim, fica fácil
perceber qual é o destino predileto
do dinheiro de nossas elites."
RICARDO BERTINI FILHO (Campinas, SP)
Vôo 1907
"Vergonhoso o descaso das autoridades de nosso país, mostrado pelo caderno Cotidiano (18/2).
1 - A Embraer não poderia ter entregue uma aeronave tão sofisticada como o Legacy a dois pilotos
inexperientes na operação desse
avião;
2 - A torre de São José dos Campos não poderia estar sob operação
de um oficial que não domina nem
a fraseologia aeronáutica nem a língua inglesa. Será que não sabem
que os clientes da Embraer são em
quase sua totalidade estrangeiros e
que, portanto, o aeroporto deveria
ser tratado como internacional?
3 - Os pilotos deveriam ter tido
humildade suficiente para se declarar incapazes de realizar o vôo e
não terem deixado para comentar
em rota os desconhecimentos tanto dos termos internacionalmente
usados na aviação bem como do
manuseio de cartas e mapas;
4 - Os controladores de Brasília
deveriam ter tido maior cuidado
particularmente com aquela aeronave, uma vez que era nítida a dificuldade de comunicação.
Enfim, os americanos sempre
acham que nosso país é fundo de
quintal e que nosso tráfego aéreo é
desprezível. Por outro lado, o Brasil
não precisaria ter esperado a "bruxa" agir para entender que nossa infra-estrutura está ruim, principalmente no controle de tráfego."
PEDRO DIONIZIO (Guaxupé, MG)
Trabalho
"Ao criar a Super-Receita, o presidente Lula abre espaço para a precarização das relações trabalhistas.
O foco dessa questão está na emenda 3 da nova lei, introduzida pelo
Congresso. Um grupo de parlamentares ex-sindicalistas é contra a
emenda e já pediu o veto presidencial. A proposta é retirar do Ministério do Trabalho a função de diagnosticar se existe vínculo trabalhista entre trabalhador e empresa. O
poder de sentença passa a ser exclusivamente da Justiça.
O resultado todos já podem prever: lentidão nas análises e processos que podem demorar anos, o que
seria um retrocesso. Além da questão da morosidade, atribuir ao Poder Judiciário mais uma função vai
sobrecarregar o sistema e reduzir a
capacidade fiscalizadora."
TURÍBIO LIBERATTO (São Caetano do Sul, SP)
Bancos
"Em meio a centenas de tentativas diárias de bancos tentando
atrair clientes com os mais variados
apelos emocionais e promocionais,
chegamos a pensar que somos realmente um acarinhado e respeitado
público-alvo para tantos benefícios
e atendimento pró-ativo.
Porém recebemos de fontes fidedignas (Dinheiro, ontem) que o aumento de tarifas e serviços chega à
casa dos 135% em até um ano.
Não podemos deixar de acreditar
no suicídio moral como saída para
tantos devaneios inexplicáveis."
CECÉL GARCIA (Santo André, SP)
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