São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Juros
"Parabenizo a Folha pela iniciativa de publicar o ranking dos juros bancários (caderno Dinheiro). Certamente irá contribuir muito quando precisarmos buscar produtos financeiros, além de incentivar a boa concorrência entre as instituições. Minha esperança é ver nesse quadro juros bem menores do que os atuais, visto que alcançam até 212,82% ao ano. Comparado ao IGPM-FGV, que acumula em janeiro deste ano 8,15%, isso é uma verdadeira afronta aos consumidores, que ficam refém das instituições financeiras."
PAULO SÉRGIO VIEIRA , analista de controladoria (Campinas, SP)

Ditadura
"Lamentável o uso da palavra "ditabranda" no editorial "Limites a Chávez" (Opinião, 17/2) e vergonhosa a Nota da Redação à manifestação do leitor Sérgio Pinheiro Lopes ("Painel do Leitor", ontem). Quer dizer que a violência política e institucional da ditadura brasileira foi em nível "comparativamente baixo'? Que palhaçada é essa? Quanto de violência é admissível? No grande "Julgamento em Nuremberg" (1961), o personagem de Spencer Tracy diz ao juiz nazista que alegava que não sabia que o horror havia atingido o nível que atingira: "Isso aconteceu quando você condenou à morte o primeiro homem que você sabia que era inocente". A Folha deveria ter vergonha em relativizar a violência. Será que não é por isso que ela se manifesta de forma cada vez maior nos estádios, nas universidades e nas ruas?"
MAURICIO CIDADE BROGGIATO (Rio Grande, RS)

"Inacreditável. A Redação da Folha inventou um ditadômetro, que mede o grau de violência de um período de exceção. Funciona assim: se o redator foi ou teve vítimas envolvidas, será ditadura; se o contrário, será ditabranda. Nos dois casos, todos nós seremos burros."
LUIZ SERENINI PRADO (Goiânia, GO)

"Com certeza o leitor Sérgio Pinheiro Lopes não entendeu o neologismo "ditabranda", pois se referia ao regime militar que não colocou ninguém no "paredón" nem sacrificou com pena de morte intelectuais, artistas e políticos, como fazem as verdadeiras ditaduras. Quando muito, foram exilados e prosperaram no estrangeiro, socorridos por companheiros de esquerda ou por seus próprios méritos. Tivemos uma ditadura à brasileira, com troca de presidentes, que não vergaram uniforme e colocaram terno e gravata, alçando o país a ser a oitava economia do mundo, onde a violência não existia na rua, ameaçando a todos, indistintamente, como hoje. Só sofreu quem cometeu crimes contra o regime e contra a pessoa humana, por provocação, roubo, sequestro e justiçamentos. O senhor Pinheiro deveria agradecer aos militares e civis que salvaram a nação da outra ditadura, que não seria a "ditabranda"."
PAULO MARCOS G. LUSTOZA , capitão-de-mar-e-guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)

"Mas o que é isso? Que infâmia é essa de chamar os anos terríveis da repressão de "ditabranda'? Quando se trata de violação de direitos humanos, a medida é uma só: a dignidade de cada um e de todos, sem comparar "importâncias" e estatísticas. Pelo mesmo critério do editorial da Folha, poderíamos dizer que a escravidão no Brasil foi "doce" se comparada com a de outros países, porque aqui a casa-grande estabelecia laços íntimos com a senzala -que horror!"
MARIA VICTORIA DE MESQUITA BENEVIDES , professora da Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)

"O leitor Sérgio Pinheiro Lopes tem carradas de razão. O autor do vergonhoso editorial de 17 de fevereiro, bem como o diretor que o aprovou, deveriam ser condenados a ficar de joelhos em praça pública e pedir perdão ao povo brasileiro, cuja dignidade foi descaradamente enxovalhada. Podemos brincar com tudo, menos com o respeito devido à pessoa humana."
FÁBIO KONDER COMPARATO , professor universitário aposentado e advogado (São Paulo, SP)

Nota da Redação - A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua "indignação" é obviamente cínica e mentirosa.

Tocantins
"Em relação ao texto "Cargos de confiança crescem 32% no país em cinco anos" (Brasil, 15/2), a Secretaria da Comunicação do Estado do Tocantins esclarece que o número de comissionados no Tocantins é menor que o efetivo. O Tocantins dispõe, contando exclusivamente comissionados, de apenas 9.000 do total de 50 mil servidores. São funcionários que atendem a setores considerados essenciais ao serviço público, a exemplo de áreas da saúde, educação e segurança pública. Com o objetivo de mudar esse quadro, a prática de concursos públicos tem sido uma constante da administração Marcelo Miranda. Desde que assumiu, em 2003, já foram realizados 14 concursos, o último deles, inclusive, realizado no último domingo, 15 de fevereiro, para o quadro geral do Poder Executivo, com a oferta de mais de 6.000 vagas."
SEBASTIÃO VIEIRA DE MELO , secretário da Comunicação do Tocantins (Palmas, TO)

Resposta do jornalista Fernando Barros de Mello - Em resposta à Folha em 2/2, a assessoria de imprensa informou haver, no total, 20 mil cargos comissionados no Estado. A reportagem também fez a divisão dos cargos exclusivamente comissionados, mas Tocantins apenas agora informa que são 9.000, maior número entre todos os Estados.

Folha, 88
A Folha agradece as felicitações por seus 88 anos recebidas de: João Rodarte, CDN (São Paulo, SP); Maria José Americano (São Paulo, SP); Flávio Moura, Líder Equipamentos para Panificação (Curitiba, PR); Eugenio Torres e Luciana Gavloski, WBC Comunicação (Curitiba, PR).

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