São Paulo, terça-feira, 20 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Turismo
"Eu, brasileiro, bacharel em turismo, ofereço-me ao cargo de ministro de Turismo. Como a maioria dos jovens brasileiros, não tive a oportunidade de trabalhar "registrado", graças à política econômica do atual governo e de governos anteriores e à má vontade de nossos empresários de contratar novatos. Se o salário de ministro é pouco (R$ 8.000), como disse o presidente Lula, aceito até por um salário mínimo -que não tenho em minhas mãos há mais de seis meses.
Em minha permanência no ministério, não darei prioridade a interesses políticos, e sim à geração de novos empregos, principalmente aos jovens (que hoje são os que mais sofrem com desemprego, violência etc)."
MAYER FRANCISCO DA COSTA MENDES (São Paulo, SP)

Defesa
"Quase todos os dias, a mídia publica que o presidente Lula tem dificuldade em nomear novos ministros, particularmente o da Defesa.
Ora, não há nenhuma razão para tal afirmativa. Basta o presidente deixar-se tomar pela humildade, pela sensatez e pela coragem para reconhecer a competência e nomear -entre tantos probos e renomados chefes militares que hoje estão na reserva ou reformados- um que tenha o perfil adequado para aparar as arestas criadas desde a implantação tresloucada e inútil desse ministério.
Hoje, não temos nenhum cidadão ou cidadã civil (sem desmerecimento), sobretudo entre políticos, que preencha os requisitos para a pasta. Com tal atitude, com certeza o país será beneficiado, pois a casa será colocada em ordem a curto prazo."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA, subtenente reformado do Exército (Lins, SP)

Camisinha
"Após ler o "Painel do Leitor" de ontem, pergunto aos que escreveram criticando o doutor Drauzio Varella sobre a distribuição de camisinhas à população: católicos não se contaminam com o vírus da Aids ou com outras doenças sexualmente transmissíveis? Todo católico é fiel ao companheiro? Namorados católicos não transam antes do casamento?
Se tudo isso fosse verdadeiro, pelo menos uma boa parte da população estaria mais sadia e não teríamos tantos filhos indesejados na adolescência. Também não teríamos tantos divórcios, que também é condenado pela igreja e chamado de "chaga social" pelo papa Bento 16.
Concordo em 100% com o doutor Drauzio, pois ele enxerga o que a igreja se recusa a ver."
ROSANGELA HACK PARISATTO (São Caetano do Sul, SP)

Justiça
"Senti um misto de vergonha e de desamparo ao ouvir num programa jornalístico que o promotor assassino daquele estudante numa praia do litoral norte retomou suas funções sem jamais ter deixado de receber seus proventos. As palavras da mãe do estudante reforçaram a impressão que cada vez mais fica mais forte em mim: Justiça no Brasil é como roupa de grife; quem pode usa a melhor."
CARLOS BRUNI FERNANDES (São Paulo, SP)

Cultura para todos
"Sou responsável por um grupo de crianças carentes que gostaria de ver a exposição "Corpo Humano: real e fascinante".
Procurei a produção e fui informado de que as cotas gratuitas são só para escolas públicas e estão a cargo da prefeitura, no gabinete do prefeito, no cerimonial e na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
O que me revolta é que uma exposição realizada em um lugar público cobre preços fora da realidade do cidadão comum, fazendo do conhecimento e da cultura um privilégio de poucos -e a mostra é financiada por um banco que se diz popular e que teve um lucro estratosférico.
Essas crianças e eu temos o direito de freqüentar esse espaço público.
Isso é um belo marketing social para as "elites", que mostram a sua insensibilidade. Faço uma pergunta ao prefeito: cadê a contrapartida e o bom senso?
Como é que a Faap consegue fazer exposições gratuitas e um banco do porte do Bradesco não consegue? Que marketing é esse que associa a imagem do banco a uma ação excludente?
As crianças carentes de São Paulo -e devo dizer que são muitas- poderiam ter essa opção de cultura e de lazer. Basta ter boa vontade."
JOÃO ANTONIO A.C. DA SILVA (São Paulo, SP)

Literatura
"A Ilustrada de 17/3, em artigo traduzido do "Independent", trata de um assunto requentado. O texto trombeteia "novas informações" sobre supostos motivos para a briga entre Gabriel García Marquez e Mario Vargas Llosa. Depois sustenta que uma "nova biografia" sobre García Márquez lançaria finalmente luzes sobre o assunto. A "nova biografia", citada com o título de sua tradução em inglês ("The Journey to the Seed'), tem, na verdade, uma década de idade, pois foi lançada na Colômbia em 1997. E foi lançada no Brasil em 2000, pela editora Record, com bela tradução de Eric Nepomuceno."
ANGÉLICA DE MORAES (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Educação
"A reportagem "Sobra vaga para cotista nas universidades" (Cotidiano, 19/3) mostra que a iniqüidade vem de baixo. O levantamento feito pela Folha prova que esse estamento (menos que R$ 680 de renda familiar) -cujos jovens vêm sendo convidados a freqüentar as cotas étnicas- desaparece do mapa da educação a partir do quinto ano do ensino fundamental e inexiste no final do ensino médio.
O lamentável é que foi preciso ter essa enorme ociosidade de cotas para se perceber essa tragédia, que demonstra, mais uma vez, a necessidade de olhar a educação no seu contexto social.
Fica demonstrado também que a Unicamp e a USP atuaram corretamente, substituindo cotas por bonificação (que engloba as cotas) para quem vem do ensino público."
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, secretário estadual de Ensino Superior (São Paulo, SP)

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