|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Turismo
"Eu, brasileiro, bacharel em turismo, ofereço-me ao cargo de ministro de Turismo.
Como a maioria dos jovens brasileiros, não tive a oportunidade de
trabalhar "registrado", graças à política econômica do atual governo e
de governos anteriores e à má vontade de nossos empresários de contratar novatos. Se o salário de ministro é pouco (R$ 8.000), como
disse o presidente Lula, aceito até
por um salário mínimo -que não
tenho em minhas mãos há mais de
seis meses.
Em minha permanência no ministério, não darei prioridade a interesses políticos, e sim à geração
de novos empregos, principalmente aos jovens (que hoje são os que
mais sofrem com desemprego, violência etc)."
MAYER FRANCISCO DA COSTA MENDES
(São Paulo, SP)
Defesa
"Quase todos os dias, a mídia publica que o presidente Lula tem dificuldade em nomear novos ministros, particularmente o da Defesa.
Ora, não há nenhuma razão para
tal afirmativa. Basta o presidente
deixar-se tomar pela humildade,
pela sensatez e pela coragem para
reconhecer a competência e nomear -entre tantos probos e renomados chefes militares que hoje estão na reserva ou reformados- um
que tenha o perfil adequado para
aparar as arestas criadas desde a
implantação tresloucada e inútil
desse ministério.
Hoje, não temos nenhum cidadão
ou cidadã civil (sem desmerecimento), sobretudo entre políticos,
que preencha os requisitos para a
pasta. Com tal atitude, com certeza
o país será beneficiado, pois a casa
será colocada em ordem a curto
prazo."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA, subtenente reformado do Exército (Lins, SP)
Camisinha
"Após ler o "Painel do Leitor" de
ontem, pergunto aos que escreveram criticando o doutor Drauzio
Varella sobre a distribuição de camisinhas à população: católicos não
se contaminam com o vírus da Aids
ou com outras doenças sexualmente transmissíveis? Todo católico é
fiel ao companheiro? Namorados
católicos não transam antes do casamento?
Se tudo isso fosse verdadeiro, pelo menos uma boa parte da população estaria mais sadia e não teríamos tantos filhos indesejados na
adolescência. Também não teríamos tantos divórcios, que também
é condenado pela igreja e chamado
de "chaga social" pelo papa Bento 16.
Concordo em 100% com o doutor
Drauzio, pois ele enxerga o que a
igreja se recusa a ver."
ROSANGELA HACK PARISATTO
(São Caetano do Sul, SP)
Justiça
"Senti um misto de vergonha e de
desamparo ao ouvir num programa
jornalístico que o promotor assassino daquele estudante numa praia
do litoral norte retomou suas funções sem jamais ter deixado de receber seus proventos.
As palavras da mãe do estudante
reforçaram a impressão que cada
vez mais fica mais forte em mim:
Justiça no Brasil é como roupa de
grife; quem pode usa a melhor."
CARLOS BRUNI FERNANDES (São Paulo, SP)
Cultura para todos
"Sou responsável por um grupo
de crianças carentes que gostaria de
ver a exposição "Corpo Humano:
real e fascinante".
Procurei a produção e fui informado de que as cotas gratuitas são
só para escolas públicas e estão a
cargo da prefeitura, no gabinete do
prefeito, no cerimonial e na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
O que me revolta é que uma exposição realizada em um lugar público
cobre preços fora da realidade do cidadão comum, fazendo do conhecimento e da cultura um privilégio de
poucos -e a mostra é financiada
por um banco que se diz popular e
que teve um lucro estratosférico.
Essas crianças e eu temos o direito
de freqüentar esse espaço público.
Isso é um belo marketing social
para as "elites", que mostram a sua
insensibilidade. Faço uma pergunta
ao prefeito: cadê a contrapartida e o
bom senso?
Como é que a Faap consegue fazer exposições gratuitas e um banco
do porte do Bradesco não consegue? Que marketing é esse que associa a imagem do banco a uma
ação excludente?
As crianças carentes de São Paulo
-e devo dizer que são muitas- poderiam ter essa opção de cultura e
de lazer. Basta ter boa vontade."
JOÃO ANTONIO A.C. DA SILVA (São Paulo, SP)
Literatura
"A Ilustrada de 17/3, em artigo
traduzido do "Independent", trata
de um assunto requentado.
O texto trombeteia "novas informações" sobre supostos motivos
para a briga entre Gabriel García
Marquez e Mario Vargas Llosa. Depois sustenta que uma "nova biografia" sobre García Márquez lançaria finalmente luzes sobre o assunto. A "nova biografia", citada com o
título de sua tradução em inglês
("The Journey to the Seed'), tem, na
verdade, uma década de idade, pois
foi lançada na Colômbia em 1997. E
foi lançada no Brasil em 2000, pela
editora Record, com bela tradução
de Eric Nepomuceno."
ANGÉLICA DE MORAES (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
Educação
"A reportagem "Sobra vaga para
cotista nas universidades" (Cotidiano, 19/3) mostra que a iniqüidade vem de baixo.
O levantamento feito pela Folha prova que esse estamento (menos
que R$ 680 de renda familiar) -cujos jovens vêm sendo convidados a
freqüentar as cotas étnicas- desaparece do mapa da educação a partir do quinto ano do ensino fundamental e inexiste no final do ensino
médio.
O lamentável é que foi preciso ter
essa enorme ociosidade de cotas
para se perceber essa tragédia, que
demonstra, mais uma vez, a necessidade de olhar a educação no seu
contexto social.
Fica demonstrado também que a
Unicamp e a USP atuaram corretamente, substituindo cotas por bonificação (que engloba as cotas) para quem vem do ensino público."
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, secretário estadual de
Ensino Superior (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Ana Lúcia Amaral: Algumas coisas que ainda permanecem
Próximo Texto: Erramos Índice
|