São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Novo papa
"Na eleição do papa, prevaleceu o conservadorismo. Perdeu a Igreja Católica excelente oportunidade de se adequar ao mundo atual."
Antonio Negrão de Sá (Rio de Janeiro, RJ)
 

"Atarefado com as mazelas do resto do mundo ou temeroso diante da multidão em Roma, certamente o Espírito Santo ficou longe, bem longe, da capela Sistina. Quando se pensa -pobre ilusão!- que seria dado um passo adiante, mesmo que curto, constata-se, com dor no coração, que a igreja retrocede um quilômetro. A minha não é a igreja de Ratzinger."
Guilherme Salgado Rocha (São Paulo, SP)
 

"O cardeal alemão Joseph Ratzinger foi escolhido como o novo chefe da Igreja Católica. Nada contra a língua alemã, mas o nome é frio e dá medo. Cisão da igreja à vista? Sim, porque ele decerto enterrará definitivamente a Teologia da Libertação no Brasil e na América Latina em um movimento de inflexão sem precedentes."
Lafaiete Luiz do Nascimento (Águas Claras, DF)
 

"Que Deus ilumine o novo papa Bento 16 e lhe dê forças a em sua jornada pela defesa dos valores cristãos, da paz e da vida, continuando a obra do inesquecível João Paulo 2º"
Chris Vieira (São Paulo, SP)

Paraná
"Não há como não manifestar minha indignação com a reportagem "PM acusa secretário do Paraná de ser cliente de traficante de drogas" (Brasil, pág. A6, 19/4). A liberdade de imprensa é um dos pilares da democracia deste país, mas o mesmo peso precisa ser dado ao direito à integridade moral garantido pela Constituição Federal. Do tenente-coronel da Polícia Militar do Paraná Waldir Copetti Neves nada deve se esperar. Flagrado numa operação conjunta com a Polícia Federal, sob a acusação de manter uma milícia armada para desocupação de terras, ele utilizou a infantil e previsível tática de atacar um dos responsáveis por sua prisão. E repito: nada pode se esperar de um agente público acusado de formação de quadrilha, tráfico internacional de armas e de drogas e graves violações aos direitos humanos, entre outros crimes. Minha indignação fica por conta do tratamento dado por este respeitado jornal a uma acusação absurda feita por um criminoso contra um secretário de Estado sem nenhum indicativo e com base na total ausência de provas. Ao estampar o título "PM acusa secretário de ser cliente de traficante de drogas", a Folha não praticou o melhor jornalismo. Optou por uma manchete embasada na pura especulação e, pior, de um comprovado réu, que se encontra sob a tutela da Polícia Federal. Saíram perdendo a democracia, a honra de quem trabalha no combate ao crime e, por que não?, os próprios leitores."
Luiz Fernando Delazari, secretário de Segurança Pública do Estado do Paraná (Curitiba, PR)

Prefeitura
"Tendo em vista a reportagem "Prefeitura contrata empresa que é dirigida por sócio de secretário" (Cotidiano, 18/4), a Prefeitura de São Paulo esclarece o seguinte: 1 - Não tem nenhum cabimento a insinuação do jornal de que a empresa Ductor foi favorecida numa concorrência da Emurb. Tudo o que a Emurb fez foi cumprir decisão judicial; 2 - No ano passado, depois de concorrência em que outra empresa venceu, a Ductor entrou na Justiça, que, acatando parecer do Ministério Público, acolheu sua pretensão de que os documentos recusados pela Emurb fossem aceitos na concorrência e sua nota técnica aumentada. Com a decisão judicial, a Ductor passou a ser a mais bem qualificada na concorrência, o que levou à anulação parcial da licitação. Assim, é absolutamente falsa qualquer insinuação de que haveria relação entre o secretário Antonio Arnaldo e a vitória do consórcio da Ductor na licitação, pois esta foi imposta por sentença judicial ainda no ano de 2004; 3 - Embora tenha revisto a pontuação dos consórcios por decisão judicial, a Emurb não contratou a empresa. Ou seja, o uso do verbo "contratar" é mentiroso; 4 - Além disso, a fim de garantir a transparência e possibilitar o exame da questão pelo Tribunal de Justiça (segunda instância), a Emurb, já durante a gestão Serra, em 6/1, recorreu contra a sentença judicial que deu ganho de causa à Ductor, fato ignorado pela reportagem. Esse recurso foi recebido pelo Tribunal de forma "devolutiva" (ou seja, enquanto o recurso aguarda julgamento, a sentença anterior não é alterada). O recurso espera sentença no Tribunal, fato omitido pela Folha que revela com clareza como é falsa a afirmação de que a Emurb teria desistido do recurso; 5 - Diga-se ainda que a proposta do referido consórcio significa uma economia de mais de R$ 750 mil para os cofres públicos, fato destacado pelo juiz de primeira instância em sua sentença e do conhecimento do jornalista, que o omitiu do texto como se não fosse relevante; 6 - A reportagem cria confusão ao publicar trecho de memorando interno com comentário ao processo como se fosse posição da empresa no processo. Quando esse memorando foi emitido, a Emurb já tinha apelado à segunda instância; 7- Em suma, a Emurb limitou-se a cumprir estritamente decisão judicial e recorreu dela para garantir o duplo grau de jurisdição e não deixar nenhuma dúvida quanto à correção do seu procedimento. É absolutamente inverídica qualquer conclusão que procura vincular o titular da Secretaria da Infra-estrutura Urbana e Obras a esses fatos. Não é possível que, por ter sido acionista da Ductor, um homem da integridade do engenheiro Antonio Arnaldo possa ter sua reputação tão imprudentemente atacada por um jornal da importância da Folha. Destaque-se que a disputa judicial a respeito do tema começou em agosto de 2004, portanto vários meses antes do começo da atual administração, e a decisão que concedeu mandado de segurança e determinou a reapreciação da concorrência é de 17 de novembro de 2004. Seguem em anexo cópias das peças do processo que comprovam as afirmativas feitas acima."
Aloysio Nunes Ferreira Filho, secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Fabio Schivartche - A simples leitura da sentença mostra que a licitação deveria permanecer "suspensa (...) até o trânsito em julgado". Ou seja, a prefeitura não estava obrigada a rever o julgamento da licitação, mas mudou de posição e optou pela contratação da empresa dirigida pelo sócio do secretário Antônio Arnaldo, mesmo tendo recorrido antes. A contratação foi determinada pela Comissão Especial de Licitação da Emurb, e a própria direção da empresa afirmou à Folha que as obras seriam reiniciadas nas próximas semanas.

Senado
"Sou leitor assíduo da coluna "Painel" (Brasil, pág. A4) e sabedor de sua importância na formação da opinião pública. Assim, a propósito da nota "Mãozinha" (17/4), informo-lhe que minha filiação ao Partido Progressista (PP) é líquida e certa. Não uso, não usei e nunca usarei a política para negociar ou solicitar qualquer benefício para as empresas de minha família ou mesmo particular."
Valmir Amaral, senador pelo PMDB-DF (Brasília, DF)

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