São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Esbórnia
"Agora é oficial. A cúpula do Congresso baixou normas que oficializam o uso de bilhetes aéreos por qualquer pessoa indicada pelo parlamentar, seja ele parente ou não ("Congresso legaliza doação de passagem a familiares", Brasil, 17/4).
Agora não é mais ilegal nem antiético que namoradas, filhos, esposas, tios, tias, sogras, amigos, empregados e amantes tenham suas passagens custeadas por nós.
Conclui-se que a esbórnia era tanta que acharam por bem oficializar a safadeza."
VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP)

 


"Trabalho na indústria farmacêutica e de alimentos. Quando criamos ou simplesmente enviamos um produto ao cliente, não pensamos em dizer "este produto é livre de coliformes, é livre de salmonela, é livre de metais pesados".
Também ninguém vai ao supermercado pedindo uma carne sem contaminação ou um remédio que não contenha metais pesados.
Qualidade faz parte da natureza do que queremos. Não precisamos de regras no Congresso.
Passagens devem ser as mais baratas (como quando nós as compramos). Viajarei eu, parlamentar, só, e não com a família e seus namorados, namoradas... Construirei a casa que posso construir, não a que almejo... E por aí vai.
Assim como queremos especificações de qualidade, apesar de nem sempre sabermos o que é (mas está no nosso subconsciente), queremos um Congresso independente de regras. Apenas honesto e com valores e aderência a esses valores."
PAULO REIMANN (Cotia, SP)

Moral e civismo
"Sobre o artigo "A moral e o civismo" (Opinião, ontem), pergunto: Precisamos da volta da disciplina educação moral e cívica para educar nossas crianças para os valores?
É recorrente a mentalidade de achar que o currículo escolar é uma árvore de Natal, onde cada um pode pendurar o que acha importante.
O mais importante é construir um currículo harmônico e integrado, de acordo com o estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, aprovada em 1996.
Não estamos melhores em relação ao "debate de temas como ética e vida em sociedade" por causa da irresponsabilidade política e do descaso com a educação, sem falar no péssimo exemplo de grande parte dos políticos brasileiros."
PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)

 


"Sou professora de escola estadual numa pequena cidade do alto vale do Ribeira e tenho o maior prazer de, uma vez por semana, no início das aulas de matemática, cantar o Hino Nacional com meus alunos, dentro do projeto que denominei Resgate do Civismo na Escola.
No início, os alunos estranharam, mas foram se acostumando e passaram a gostar desse momento cívico.
As famílias que convido para assistirem às aulas de matemática têm participado desse momento também e sentem-se muito bem.
Hoje os alunos cantam com orgulho o nosso hino, procuram conhecê-lo melhor e pedem para segurar a bandeira na frente da sala. Assim vou seguindo com a minha missão, pois, como diz o articulista em seu texto, "nosso olhar deve estar posto no futuro"."
JANICE CORRÊA PRESTES (Apiaí, SP)

Aborto
"Discordo do leitor Carlos Alberto Bárbaro quando afirma, em carta publicada ontem, que ONGs e especialistas condenaram uma mulher católica que decidiu levar adiante a gravidez de um feto anencéfalo.
O que essas entidades e pessoas fazem é se oporem a que a Igreja Católica, utilizando-se da força política que extrai do número de seus seguidores, consiga impor esse tipo de decisão a todas as pessoas do país (inclusive não católicos e ateus), influenciando os legisladores para que as mulheres tenham que se submeter a tamanho risco, trauma e dor que é uma gravidez indesejada e/ou de anencéfalo.
São os líderes católicos, e não os índios, que desejam impor seus valores a todos os cidadãos."
MARISTELA MARQUES DE FARIA RIBEIRO (São Paulo, SP)

Compra de voto
"Parabenizo a Folha pelo editorial "Dinheiro na urna" (Opinião, 19/4), que esclarece pontos importantes sobre o financiamento das campanhas eleitorais no Brasil.
De fato, transferir os gastos eleitorais exclusivamente para o contribuinte representaria apenas mais um ônus, e não resolveria o problema do caixa dois.
Para solucioná-lo, devem convergir diversas ações, dada a sua complexidade socioeconômica e cultural. Algumas ações seriam: 1 - o barateamento das campanhas (a lei 11.300/06 cumpriu essa função ao proibir a distribuição de brindes, a utilização de outdoors e a realização de showmícios); 2 - a implantação do voto facultativo, o que diminuiria a compra de votos por meio do pagamento de multas eleitorais; 3 - a aplicação com rigor da legislação eleitoral, inclusive com mudança do entendimento do TSE de que, para ensejar a cassação, a compra de voto tem que influenciar o resultado da eleição (o candidato que, comprovadamente, comprou voto, ainda que um só, é criminoso e incompatível com a função pública)."
EDVANILSON DE ARAÚJO LIMA, servidor do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (Goiânia, GO)

Maranhão
"Nota na coluna de Mônica Bergamo (Ilustrada) de sábado informa que o presidente Lula prometeu a Roseana Sarney todo o apoio para "levantar o Maranhão", mas fica uma pergunta: Quem derrubou o Maranhão?"
RICARDO MELLO (Goiânia, GO)

Impostos
"O editorial "Conspiração fiscal" (Opinião, 15/4) comete um equívoco grave ao incluir o governo paulista entre administrações que "copiam o padrão federal esbanjador no aumento de gastos com o funcionalismo".
A gestão estadual adotou políticas responsáveis que permitiram promover um aumento real das despesas de pessoal do Poder Executivo de 14,2% entre 2006 e 2008.
Se considerada sua participação na receita corrente líquida do Estado critério previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, esse gasto, na verdade, caiu no período, informação fornecida à Folha, mas omitida da reportagem citada pelo editorial.
E isso sem criar novos tributos nem aumentar alíquotas, sem comprometer os investimentos em áreas prioritárias, como saúde, transportes e habitação -que, neste ano, chegarão a R$ 20,6 bilhões- e ainda devolvendo dinheiro de impostos aos cidadãos por meio do programa Nota Fiscal Paulista.
Ao longo de 2007 e 2008, o governo concedeu reajustes a diversas categorias, promoveu a absorção de gratificações e reestruturou carreiras, como parte de uma política de valorização do servidor público, tudo estritamente dentro da capacidade de gastos do Estado.
Vale lembrar que, nesta administração, já foram extintos 4.218 cargos de confiança, o que gera uma economia de R$ 64,8 milhões por ano."
FÁBIO CUNHA, assessor de comunicação da Secretaria da Fazenda do Estado (São Paulo, SP)

Gilmar e Lula
"Interessante a percepção de Eliane Cantanhêde acerca da relação do Supremo Tribunal Federal com o Executivo ("Gilmar, uma mãe para Lula", Opinião, 16/4).
Poder-se-ia acrescentar uma ideia e um dado. A ideia é que os Poderes constituídos, no Brasil, notabilizam-se por favorecer ao rei e à corte, muito pela falta de uma sociedade civil forte.
O dado é que, recentemente, o STF foi protagonista de decisão judicial notadamente pró-governo relacionada à Cofins, e o Congresso Nacional, vergonhosamente, omitiu-se e não atenuou ainda os nocivos efeitos deste evento.
Criou-se, com isso, mais uma agressiva insegurança jurídica para o empreendedor brasileiro a fim de resguardar os cofres da União, depois de uma série de trapalhadas da própria (des)União.
No Brasil, já que não basta ser competente para sobreviver nesta selva de enigmas fiscais, o empreendedor tem duas escolhas: ser herói ou marginal."
PAULO CESAR REBELLO GIACOMELLI (São Paulo, SP)

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