São Paulo, terça-feira, 20 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Na PM
"Gostaria de parabenizar a Folha pela reportagem "PM por dentro" (Mais!, 18/5).
O relato do repórter é bem feito.
A idéia de fazer jornalismo desta forma me parece muito valorosa, pois permite que o leitor esclarecido faça o seu próprio julgamento a partir de uma experiência vivenciada de fato pelo ator-repórter.
E a forma da reportagem foi feliz, já que o texto está descontaminado de opiniões pessoais que poderiam propiciar uma equivocada formação da opinião pública."
AMARILDO FERNANDES (Rio de Janeiro, RJ)

Justiça espírita
"Aos juristas para quem a espiritualização do Judiciário traria "contaminação de decisões por valores ou crenças de caráter religioso ou pessoal" (Cotidiano, 19/5), digo que a ética espírita-cristã não contamina, mas saneia.
Já o poder, o dinheiro, os preconceitos, o materialismo, a arrogância e os interesses escusos são velhos poluentes do mundo jurídico."
JOSÉ BENEDITO DOS SANTOS (Taubaté, SP)

"É um absurdo que parte do Judiciário aceite como meio de prova mensagem de um morto para inocentar ou culpar pessoas.
Daqui a pouco, quererá um juiz, adepto da umbanda, julgar seus processos apenas depois de ter incorporado xangô -pois é esta entidade que representa a justiça naquela religião. Ou então um juiz evangélico absolver ou culpar em nome de Jesus, pois, por sua fé, só Jesus salva."
JEAN COLMEAL, advogado (Mogi das Cruzes, SP)

Noel
"Estou surpresa com a possibilidade de qualquer polêmica em relação à obra de Noel Rosa ("Liberação de sambas de Noel divide artistas", Ilustrada, 16/5). É extremamente importante que a obra de Noel seja regravada, ou reeditada como o original, tocada nas rádios, cantada pelos botequins afora e adorada por nós, brasileiros.
Se vai mudar a forma ou não, se o cavaco vai ser substituído temporariamente pela guitarra ou qualquer coisa parecida, pouco importa. O importante é permitir às nossas crianças e adolescentes o prazer de ouvir Noel."
IRACEMA VASCONCELLOS (Uberlândia, MG)

Ibirapuera
"Sobre o texto "Candidato ao conselho gestor do Ibirapuera propõe área de sexo livre no parque" (Cotidiano, 17/5), esta secretaria informa que qualquer pessoa que for flagrada praticando sexo ao ar livre no Ibirapuera, seja qual for a sua orientação sexual, será processada.
A vigilância está sendo feita, e qualquer cidadão que desejar fazer denúncia de flagrante pode acionar a administração do parque ou a Guarda Civil Metropolitana.
Esta é a lei atual. Quem quiser mudar esta legislação deve tratar disso no Congresso Nacional."
MÔNICA RIBEIRO, assessoria de comunicação da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (São Paulo, SP)

Edemar
"O jornalista Mario Cesar Carvalho, ao responder neste "Painel do Leitor" (15/5) à carta que enviei, comete duas inverdades. Vejamos: 1. "O Ministério Público da Suíça conseguiu (sic) congelar valores que Edemar mantinha numa conta da Suíça depois que ele foi condenado pela Justiça brasileira a 21 anos de prisão".
Não é verdade. O UBS -União de Bancos Suíços-, assim que soube das matérias jornalísticas publicadas pelo senhor Mario Cesar Carvalho, congelou, preventivamente, as contas de Edemar e de mais duas empresas tidas como de Edemar, em abril de 2005, e encaminhou o assunto ao procurador do Cantão de Zurique, que, em seguida, em junho de 2005, determinou o congelamento. Após, solicitou pronunciamento do Judiciário brasileiro. Tudo isso muito antes da sentença do juiz Fausto, que ocorreu em dezembro de 2006.
Em março de 2006, portanto nove meses antes da sentença, o juiz da 6ª Vara solicitou ao promotor de Zurique bloquear as referidas contas. Na sentença, em dezembro de 2006, informa que os valores congelados deverão ter perdimento em favor da União, após trânsito em julgado às partes.
2. "Para a promotoria Suíça, a origem dos fundos não foi esclarecida". Não é verdade. As minhas contas e de duas empresas tidas como minhas foram abertas no UBS antes de existir o Banco Santos. Mais: a minha encontrava-se declarada ao Imposto de Renda, no Brasil, por seu titular, o que torna indiscutível a origem dos fundos. Além disso, de conformidade com a legislação suíça, especialmente a sua lei de repressão à lavagem de dinheiro ("loi de blanchîment d'argent'), as instituições financeiras, ao aceitarem abrir uma conta, são obrigadas a verificar a licitude da origem dos fundos que nela serão depositados.
A instituição financeira que assim não proceder passa a ser co-responsável por eventual lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas. Por isso, todos os bancos suíços (e os outros também) criaram o serviço de "compliance", cuja finalidade é verificar se uma determinada operação (no caso, a abertura das minhas contas e das empresas ditas ligadas a mim) está conforme às exigências legais. Portanto, se a conta foi aberta, é porque o UBS examinou a origem dos fundos e concluiu ser lícita.
O bloqueio dos valores nada teve a ver com a origem dos fundos existentes nas contas, que era lícito, legítimo. O bloqueio decorreu de um movimento defensivo do UBS (e que seria feito por qualquer outro banco) ao tomar conhecimento -pela imprensa, especialmente por meio de reportagens assinadas pelo jornalista Mário César Carvalho, nessa respeitável e internacionalmente bem conceituada Folha- de ordens no Brasil para o bloqueio de bens de Edemar Cid Ferreira."
EDEMAR CID FERREIRA (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - A Suíça bloqueou valores de Edemar Cid Ferreira e de empresas cuja titularidade são atribuídas a ele por ter dúvidas sobre a origem dos fundos. Sobre a data do congelamento dos valores, leia na seção "Erramos".

Índios
"Concordo com a declaração de Márcio Thomaz Bastos: "Reserva será o maior legado de Lula" (Brasil, 17/5). Resta saber para quem. Para nós ou para as potências estrangeiras que têm interesse nos minerais daquela região?"
LAURO CAVERSAN (Curitiba, PR)

Exército no Haiti
"E daí se a presença do Exército nos custou R$ 150 milhões? A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro custa R$ 450 milhões/ano ao contribuinte. O nosso Exército pelo menos tenta fazer alguma coisa. A Alerj, por sua vez, tem muito menos deputados que o número de soldados lá fora e é quase inútil."
RODRIGO DE FILIPPO (Rio de Janeiro, RJ)

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