São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Exército no Rio
"Já não bastavam as barbáries das quais a população brasileira é vítima, como corrupção, educação precária, doenças, falta de atendimento médico, policiamento ineficiente, fome, violência, injustiças, altíssimos impostos, desemprego e toda uma série horripilante de desrespeito aos direitos humanos, agora há esse macabro incremento: traficantes são reconhecidos como poder paralelo.
Julgam e executam com o aval de militares do Exército Brasileiro. Estamos caminhando para o precipício e fingindo estar com os olhos fechados. Se uma convulsão social gravíssima se instalar no país, tal qual um terremoto, não haverá classe social a ser poupada.
Os responsáveis pelo comando da nação, em todas as esferas, deveriam estar atentos a isso."
RITA DE CÁSSIA LUSTOSA MESSIAS BARRENSE (São Paulo, SP)

"A Associação Juízes para a Democracia vem, há anos, manifestando-se contrariamente à presença do Exército nas favelas do Rio de Janeiro. E vai continuar a fazê-lo.
As Forças Armadas têm suas funções perfeitamente delineadas na Constituição do nosso país.
Agora, aí está, a presença do Exército nos morros do Rio de Janeiro, além de inconstitucional, entra para o rol da ação que pretende combater: a criminalidade.
A morte dos três moradores do morro da Providência exige ação e consciência dos poderes do Estado brasileiro. Não bastam pedidos de desculpas e indenizações.
Faz-se urgente ler a Constituição e dar-lhe cumprimento."
DORA MARTINS, presidente do Conselho Executivo da Associação Juízes para a Democracia (São Paulo, SP)

"A coluna de Clóvis Rossi de 18/6 ("Cartão-postal sem Corcovado", Opinião, pág. A2) revela que a sociedade, seja ela civil, fardada ou governo, sempre dá as mesmas respostas quando ocorrem tragédias como a do morro da Previdência.
Lendo-a, relembrei-me de suas palavras quando da chacina na Baixada Fluminense, em que policiais à paisana atiraram a esmo em moradores. Por que nestas situações só conseguimos reagir com palavras de efeito, como "absurdo!", "indignação!'?
Se fossem de Higienópolis os três jovens entregues aos bandidos (exemplo semelhante foi dado pelo colunista Marcelo Coelho à época -"se a matança tivesse ocorrido em Higienópolis...'), o que faríamos?
Quais seriam as respostas? Certamente muito mais rápidas e efetivas do que a nossa mera retórica."
CAMILLA DE VILHENA BEMERGUI RYS (São Paulo, SP)

"Justiça manda Exército desocupar morro no Rio". Esta manchete do jornal de ontem está parecendo aquela história do velhinho que a gente coloca no sol, tira do sol...
Às vezes eu me pergunto: se o Exército não tem capacidade para combater os bandidos do morro, quem tem?
Milhares de homens são treinados, alimentados e vestidos para que afinal?
As drogas continuam chegando, os carros roubados são encontrados no Paraguai, nossas matas são desmatadas, os bandidos seguem tomando conta de tudo. Estas são as nossas guerras, já que, graças a Deus, não temos ataques externos.
Eles têm obrigação de zelar por nós.
Se o Exército não consegue dominar o banditismo, quem irá enfrentá-los? Seria humilhação e derrota tirá-los do Rio."
HELENI BORELLA BARBOSA (Caraguatatuba, SP)

Eleição 2008
"Por mais desagradável que me seja a figura política de Marta Suplicy, considero que o juiz Francisco Carlos Shintate foi caolho em sua análise quando considerou que a simples exposição da candidata na mídia escrita já constitui propaganda eleitoral extemporânea.
Além do fato de a candidata não estar agredindo a lei, sua aparição também pode criar emoções desagradáveis no leitor, como em mim, por exemplo.
Portanto, a mídia, como ferramenta de propaganda, pode ser uma faca de dois gumes à qual qualquer candidato pode estar exposto. Nada mais democrático."
MARA MONTEZUMA ASSAF (São Paulo, SP)

"Com termos imprudentes, a legislação eleitoral pôs uma lata de spray nas mãos de promotores e de juízes eleitorais.
Podendo usar a tinta para traçar a linha que, na liberdade de imprensa, separa o uso do abuso, eles preferiram pichar os olhos dos leitores da Folha e da revista "Veja".
O que deve fazer agora o Tribunal Eleitoral? A resposta talvez esteja na proposta de Contardo Calligaris ("Pichações", Ilustrada, 19/6): "para ser artista, promotor ou juiz, é preciso saber ver"."
CARLOS ARI SUNDFELD, professor de direito da FGV e presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público (São Paulo, SP)

"O juiz que condenou a Folha pela entrevista com a pré-candidata Marta Suplicy, por suposta propaganda eleitoral antecipada, não lê a Folha.
Se assim o fizesse, teria notado a "contundência investigativa" deste jornal durante o governo da ex-prefeita de São Paulo."
JAIR DA SILVA SANTOS (São Paulo, SP)

Mais um
"Mais um absurdo neste país ("GM oferece a tribunal manutenção gratuita para frota de carros", Brasil, 16/6).
É mesmo moralmente condenável. Mas, se for apenas uma "liberalidade", um investimento publicitário legítimo, segundo um advogado, por que a General Motors não oferece os seus préstimos às ambulâncias e aos veículos de resgate? Isso sim seria um serviço à sociedade. Isso sim seria um investimento publicitário. Ou será que é sempre melhor bajular os poderosos?"
JOSÉ LUIZ MOREIRA (Belo Horizonte, MG)

Linhas aéreas
"Se, de fato, a Gol "nunca foi cliente dos advogados do escritório Teixeira, Martins & Advogados" ("Painel do Leitor", ontem), por que seus dois principais executivos apareceram com o "doutor" Teixeira subindo no elevador do Palácio do Planalto, rumo ao gabinete do presidente Lula?
Não vale dizer que foi coincidência e que era só para bater papo. Nada como ter "linhas aéreas inteligentes"."
MARCELO DEL VIGNA, advogado (Uberlândia, MG)

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