São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Tragédia aérea
"Tragédia anunciada, ranhuras, "grooving", aquaplanagem... Dor, desespero, falta de informações, crime... São todas palavras que -por esses dias- serão repetidas à exaustão. Palavras que em pouco tempo -infelizmente- devem cair no esquecimento. Permanecerão apenas na memória de quem ficou. Dos parentes de quem teve a vida abreviada. Pais, mães, filhos, famílias inteiras... Idosos e jovens. Crianças e bebês. "Brasil, um país de todos". Todos os que restarem?"
PATRÍCIA GOES (São Paulo, SP)

"Independentemente das investigações ou se houve falha humana ou mecânica. Primeira hipótese: o "grooving" (ranhuras na pista) não aumenta a segurança dos pousos e decolagens. Para que fazer (como estava previsto na obra para o dia 25/7) e desperdiçar recursos públicos? Segunda hipótese: o "grooving" aumenta a segurança. Para que liberar a pista sem ranhuras quando a segurança e a vida dos passageiros, tripulantes e cidadãos deveria ser a máxima prioridade? Nos dois casos: incompetência, irresponsabilidade e crime por mau uso de recursos públicos ou por colocar em risco a vida das pessoas."
ODED GRAJEW, presidente do conselho deliberativo do Instituto Ethos (São Paulo, SP)

"Deixo aqui uma única pergunta: até quando a sociedade vai assistir, impassível, acidentes acontecerem sem utilizar os instrumentos legais que possui, deixando a si própria à mercê de acontecimentos gravíssimos, chamados de forma simplista de... fatalidade?"
GISELLE MARANGON DE MORAES (São Paulo, SP)

"O Brasil é um país de tragédias, crises e escândalos. Após o novo e tristemente recordista acidente aéreo, todos ficam histéricos, querendo a cabeça de alguém. Porque tem que haver um culpado, ora... E fala-se muito em "tragédia anunciada". Mas elas ocorrem a todo momento! Nós, brasileiros, não acreditamos em normas de segurança. Falo como povo: dirigimos de modo irresponsável, bebemos e dirigimos, não usamos equipamentos de segurança no dia-a-dia, não usamos camisinha, não somos prudentes diante do risco, enfim não existe uma cultura da segurança no Brasil. E isso porque a nossa formação cultural, científica e educacional é mínima, rasteira ou inexistente. Como podemos exigir algo diferente dos governantes, dos políticos, dos dirigentes, se nós não somos assim no cotidiano? Quem colocou os políticos no lugar em que estão fomos nós. São os dignos representantes desta sociedade contraditória, aflita, inculta e bela."
HERCULANO KELLES (Belo Horizonte, MG)

"O artigo "O que ocorreu não foi acidente, foi crime" (Cotidiano, 19/7) está simplesmente perfeito. Francisco Daudt sintetiza, com certeza, o "consciente coletivo" dos brasileiros. Mereceu o destaque na Primeira Página. Acho, até, que poderia ter sido a manchete do jornal."
CLÁUDIO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

"Quero dizer que achei excelente e totalmente verdadeiro o artigo de Francisco Daudt de 19/7. Se eu tivesse que escrever sobre esse assunto, minhas palavras seriam exatamente iguais às dele. E digo mais: são também assassinos os responsáveis pelas nossas estradas, nossa (des)educação, nossa (des)saúde, nossa (des)habitação, e por aí vai. Temos que protestar contra essa enorme crise de irresponsabilidade, falta de caráter e falta de sentimentos humanistas. Não podemos mais tolerar ver nosso povo sofrer as conseqüências da maldade dos nossos governantes -pois só gente má deixa as coisas ficarem como estão. Basta de conformismo."
ELIANA RODRIGUES DA CUNHA MIRANZI(Uberaba, MG)

"O atual governo é merecedor de incontáveis críticas, desde que fundadas. Não é o que se observa no artigo "O que ocorreu não foi acidente, foi crime", de Francisco Daudt, psicanalista e colunista da Revista da Folha, um herói sobre corpos carbonizados. É dever do cidadão criticar, vigiar e se insurgir contra os governos de plantão; essa é a essência da democracia, pelo menos da democracia incluída e de incluídos da qual o psicanalista, tanto quanto eu fazemos parte. Enfim, o artigo é um panfleto digno de divã, por revelar mais do que diz: notável ressentimento, indiscutível açodamento em julgar e palanque por sobre fatos ainda não apurados; preconceituoso, sem dúvida. Perdoável, em se tratando de cidadão comum; mas Daudt não é "um homem comum". Vídeos do acidente agora levantam forte suspeita de ter havido falha humana ou mecânica; pelo sim, pelo não, caldo de galinha e equilíbrio não fazem mal a ninguém."
IDALVO TOSCANO (João Pessoa, PB)

"O certo é fechar o Aeroporto de Congonhas, pois ele não tem mais "espaço" para crescer, e ampliar Viracopos, que tem "muita terra" no seu entorno para ser ampliado, mas, por questões "políticas", não o é. Viracopos tem um dos melhores climas do país e está fora da zona central da Grande Campinas. Em Viracopos, podem ser construídas mais uma ou duas pistas."
MARCEL ZERBINI (Indaiatuba, SP)

"O governo se cala e diz, como sempre, apesar das evidências, que não se pode culpar ninguém antes das apurações técnicas. Mas aí vem o presidente da TAM, o sr. Bologna, e diz que nem a pista nem o avião tinham problemas. Ora, se a pista não tem problemas, como diz o sr. Bologna, o avião também não, disse ele, se o controlador alertou o piloto para o estado escorregadio da pista por duas vezes e, portanto, fez seu trabalho, de quem será a culpa? Ih, acho que vai sobrar para o falecido piloto, porque morto não tem como se defender!"
RICARDO LUIZ FREITAS (Rio de Janeiro, RJ)

"Infelizmente, mais um recorde para o governo Lula: a gestão com os mais graves acidentes aéreos já registrados no país. Será que esse recorde vai sensibilizar o nosso excelentíssimo presidente ou ele vai querer um pouco mais? Onde está aquela exigência de dia, mês e hora para acabar definitivamente com o caos aéreo? Alguém foi informado sobre ela? Será que dessa vez Vossa Excelência irá colocar profissionais para gerir nosso sistema aéreo ou novamente vai deixar tudo na mão de pessoas que já se mostraram por diversas vezes incompetentes?
JOSÉ CLAUDIO DA SILVA (Paraibuna, SP)

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