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CLÓVIS ROSSI
Quadrilha é pouco
SÃO PAULO - É o delegado de Ribeirão Preto que pede a prisão de
Antonio Palocci, acusando-o, entre
outras coisas, de "formação de quadrilha" por conta do episódio chamado "máfia do lixo".
Quem é Antonio Palocci? Primeiro, foi coordenador de campanha de
Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002,
no lugar de Celso Daniel, prefeito
assassinado de Santo André, em crime que, segundo Luiz Inácio Lula
da Silva, envolvia "gente graúda".
Depois, Lula e seu partido deixaram
morrer mansamente o caso, sem
que ele ficasse de fato esclarecido.
Depois, Palocci foi o homem forte
do governo Lula, responsável pela
política econômica, posição que
usou para violar o sigilo bancário de
um caseiro que fazia acusações contra ele e sua turma.
É também o Ministério Público
que pede a prisão de Freud Godoy,
recém-demitido do cargo de assessor especial do presidente Lula, pela suspeita de negociar a compra de
um dossiê contra candidatos adversários, manobra que o presidente
considerou "abominável".
É a revista "Época" que informa
que Osvaldo Bargas também ofereceu um dossiê contra adversários
do PT. Quem é Osvaldo Bargas? Foi
alto funcionário do Ministério do
Trabalho no governo Lula e, atenção, assessor direto de Ricardo Berzoini, presidente do PT.
Quem é mesmo Berzoini? Além
de ter sido, como ministro da Previdência, torturador de velhinhos
aposentados no processo de recadastramento, é o coordenador da
campanha de Lula, como Palocci o
foi em 2002.
Ah, tem também Jorge Lorenzetti, misto de churrasqueiro de Lula e
funcionário de um banco federal,
que seria o verdadeiro responsável
pela "abominação" (negociar a
compra do dossiê).
O procurador-geral da República
foi contido ao falar em "quadrilha",
na denúncia contra toda a cúpula
do lulo-petismo.
crossi@uol.com.br
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