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Eleições
A campanha do PSOL à Presidência repudia a declaração feita
pelo cineasta José Padilha à Folha (Ilustrada, 17/9) de que, nas
campanhas de Plínio, Dilma e
Serra, é "tudo encenado por marqueteiros". Isso é uma inverdade
no caso da minha candidatura,
para a qual o discurso político
sempre deve prevalecer. No lugar
do marqueteiro, o PSOL conta
com a militância política e a conscientização crítica da população.
PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO, candidato à Presidência da República pelo PSOL (São Paulo, SP)
Gostaria de informar ao presidente Lula que não é só a imprensa que não o tolera: muitos
brasileiros de bem também. Os
4% que avaliam seu governo como ruim ou péssimo não estão só
na casa de José Serra e de Geraldo Alckmin. Estão na minha casa
também. E como telespectador,
ouvinte e leitor, pude concluir
que as denúncias publicadas na
imprensa são todas verdadeiras.
GILBERTO DE CAMARGOS CUNHA (Uberlândia, MG)
Não há como fugir da realidade sobre o resultado das próximas eleições. Qualquer candidato que Lula indicar à Presidência
vencerá a disputa. Por mais problemas de corrupção e escândalos que tenham ocorrido durante
seus mandatos, os avanços e as
conquistas, sobretudo das classes C e D, foram muito maiores. É
inegável. José Serra não tem nem
argumentos para tentar equilibrar a disputa. Por mais que fale
dos recentes problemas na Casa
Civil, não consegue ligar o fato à
disputa. A eleição está mais que
definida, e no primeiro turno.
HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)
FHC
O sr. Xico Graziano ("Tendências/Debates", 19/9) acusa Lula
-e o PT- de "deformar a história" ao esconder o mérito do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Mas, lido o seu artigo
percucientemente, não se logra
encontrar em lugar algum o nome do também ex-presidente Itamar Franco, em cujo governo
criou-se o Plano Real, a política
estruturante mais importante
que tivemos e que deu um cargo,
há muito ambicionado, ao sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Isso sim é "equivocado, egocêntrico, imoral e injusto".
MILTON LAMENHA DE SIQUEIRA (Pedro Afonso, TO)
O ex-deputado Xico Graziano
talvez tenha razão quanto ao posicionamento do presidente Lula
em relação ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ("História mal contada", Opinião,
19/9). Mas ele esqueceu de dizer
no seu artigo que o PSDB e seus
candidatos têm tido um comportamento semelhante ao longo das
últimas campanhas eleitorais.
ÁLVARO ALVES DE MOURA JR. (São Paulo, SP)
Ateísmo
Pegando um gancho na infeliz
declaração do papa Bento 16, é
interessante notar que os ateus,
tão visados pelos "religiosos",
não questionam nem reprovam
aqueles que professam sua fé e
creem em seus "deuses". Alguém já viu ateus dizendo que
querem "desconverter" os que
são cristãos, muçulmanos, evangélicos ou de qualquer outra religião? Claro que não. Os ateus
querem apenas exercer o direito
de não crer em nenhum deus e
de não seguir qualquer religião.
Então que direito têm os religiosos de ter como meta principal condenar e, na melhor da hipóteses, converter ateus a alguma religião? Desfrutem do direito de professar sua fé e sua religião sem nenhum tipo de perseguição ou preconceito e deixem
em paz os ateus. É pedir muito?
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)
Universidades
O editorial "Longe da Excelência" (18/9) ressalta uma das causas apontadas em levantamento
do "Times Higher Education
Supplement" para a performance pífia das instituições brasileiras de ensino superior: a relativa
falta de recursos. Porém outros
fatores apontados naquela pesquisa explicam melhor por que o
Brasil não parece se equiparar a
potências emergentes como Egito, Turquia, África do Sul e China, que têm diversas instituições
entre as 200 melhores do mundo. Entre esses fatores estão burocracia excessiva, inércia e baixa penetração internacional.
A USP, que tem custos comparáveis a universidades europeias, é criticada por ser excessivamente "ensimesmada". Em
vez de reivindicar fatias cada vez
mais polpudas dos orçamentos,
a educação superior pública deveria primeiro fazer a lição de casa, reformando cursos e departamentos jurássicos, estimulando
a meritocracia e dando melhor
retorno aos vultosos recursos
que o país já investe nele.
RAUL ABRAMO, Departamento de Astrofísica da
Princeton University (Princeton, EUA)
Bienal
A Folha publicou (Poder, 18/
9) a decisão da OAB de pleitear a
retirada da obra do artista Gil Vicente da Bienal. Lamentei profundamente a decisão do presidente. Não sei se a classe como
um todo concorda com seu gesto
de censura à arte. Ao contrário do
que ele sustenta, o único limite
que a arte deve encontrar é o bem
estar dos seres vivos. Há programas de TV de cunho tão agressivo
à espécie humana (como um que
obrigou um participante a comer
um rato vivo) que mereceriam a
mesma atitude. Ode a Gil Vicente
por sua coragem de retratar sua
simbólica agressividade.
TATIANA LA SCALA LAMBAUER (Santos, SP)
Rádio
Parabenizo os jornalistas
Eduardo Ribeiro e Hamilton Almeida pelo artigo "O brasileiro
que inventou o rádio" (Opinião,
19/9). O grande cientista brasileiro foi preterido na história do rádio em prol de Guglielmo Marconi. Inegavelmente ambos foram
grandes cientistas, porém já foi
provado e documentado que a invenção do rádio, de fato e de direito, pertence ao padre cientista
gaúcho Roberto Landell de Moura. Em louvor às suas importantes
pesquisas, os radioamadores brasileiros houveram por bem homenageá-lo como seu patrono.
JOSÉ LAHOR FILHO (Uberlândia, MG)
Ilustríssima
André Singer revelou-se mais
uma vez fino analista político ao
enfocar o lulismo (Ilustríssima,
19/9). Lula constituiu, desde o alto, o povo em ator político, retomando a combinação de autoridade e proteção aos pobres que
Getúlio encarnou. Empurrados
pelas circunstâncias, o líder e
suas bases se deram as mãos: o
presidente precisava do povo e o
povo identificou nele o propósito
de redistribuir a renda sem confronto. Foi o encontro da fome
com a vontade de comer. Primeiro, o andar de baixo fechou com
Lula a partir de 2006. Depois, a
aliança de Lula com o povo completou-se pela conquista da burguesia, no segundo mandato.
Perfeita a análise. Só peca por
não mostrar o outro lado da moeda. A habilidade estratégica de
Lula teve um preço impossível de
ser pago pela democracia: a destruição sistemática e metódica de
toda a ossatura institucional do
sistema democrático. A separação dos Poderes, a autonomia dos
Estados, o respeito à oposição, a
liberdade de imprensa, foi tudo
abalado. A popularidade de Lula
passou como rolo compressor sobre as instituições democráticas,
fazendo do país terra arrasada.
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)
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