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Motofrete certificado
A PREFEITURA de São Paulo
acena, enfim, com uma
idéia interessante e factível para lidar com a questão dos
motoboys na capital. Está previsto para a semana que vem o
lançamento de um programa de
certificação para empresas de
motofrete que aceitem cumprir
normas básicas de segurança.
Os contornos do projeto municipal seguem um protocolo difundido no mundo dos negócios.
Estabelece-se um padrão de qualidade auditável por um órgão
isento, simbolizado num selo
concedido às empresas que cumpram as exigências. O modelo é
de participação voluntária, mas
induz os agentes, temerosos de
perder mercado, a aderir ao sistema e melhorar seu serviço.
No caso dos motoboys de São
Paulo, essa melhoria pode significar a diferença entre a vida e a
morte. O plano da prefeitura ainda carece de detalhamento, mas
a idéia é dar à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) o poder de auditar empresas de motofrete e conferir-lhes o selo de
qualidade. A necessidade de reduzir o número de acidentes
com motoboys seria um dos requisitos para obter a certificação.
A cada dia, em média, 1 motociclista morre e outros 25 sofrem
alguma lesão por conta de acidentes na capital. Muitas vidas e
força de trabalho seriam poupadas se procedimentos elementares de segurança fossem adotados pelos condutores. No ano
passado, a prefeitura anunciou
um ambicioso plano de cadastrar, treinar e padronizar equipamentos de mais de 100 mil
motociclistas. Não teve capacidade de implementá-lo.
O sistema de certificação abre
um veio mais realista e inteligente de lidar com o problema. Num
prenúncio de que esse é um caminho promissor, grandes empresas que usam serviços de motoboys já decidiram que só vão
contratar firmas que tenham o
selo da CET. A conferir.
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