São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Doações eleitorais
"A reportagem publicada neste domingo ("Doação expõe promiscuidade entre deputados e empresas", Brasil) a respeito de doações de campanha propõe uma discussão pertinente. Mas, ao deixar de detalhar a atuação de cada deputado, acaba por lançar suspeitas sobre todos. Por isso, julgo necessário esclarecer que o projeto que relatei -sobre implantação de estabelecimentos comerciais de grande porte em áreas urbanas- tem caráter restritivo. Ele exige que shopping centers e hipermercados, por exemplo, realizem audiências públicas como parte do processo de Estudo de Impacto de Vizinhança. Em meu relatório, acrescentei artigo assegurando que essas audiências sejam realizadas antes da emissão de qualquer licença, tornando o processo mais transparente. Assim, a proposta, em vez de beneficiar, pode até contrariar os interesses de empreendedores da área da construção e de shopping centers -o que torna absurda qualquer suspeita de favorecimento."
GUSTAVO FRUET , deputado federal pelo PSDB-PR (Brasília, DF)
 

"Na edição de ontem, a manchete da Folha ("Doações revelam conflito de interesses') disse o óbvio, isto é, que empresas e instituições fazem doações a políticos com os quais têm afinidades. Declarações minhas foram publicadas, impropriamente, sob o título "Empresas negam elo entre doações e ação parlamentar" (Brasil, pág. A6). Ora, eu não neguei o elo. Ao contrário, afirmei enfaticamente a sua existência. E até citei, como exemplo, a lei complementar nº 121, oriunda de uma iniciativa do deputado Mário Negromonte (PP-BA), voltada ao combate do roubo de veículos e cargas. O repórter preferiu ignorar essa informação e relacionou (na pág. A8) outros projetos de lei que nunca tiveram apoio da nossa associação, mas que, talvez, combinassem melhor com a tese que a matéria queria demonstrar -em defesa do financiamento público das campanhas eleitorais. Doações feitas à luz do dia deveriam ser aplaudidas. O patrulhamento da prática, além da hipocrisia que encerra, empurra políticos e empresários ao caminho das trevas. Esse denuncismo inconseqüente, em vez de servir ao aperfeiçoamento das instituições, acaba sendo um estímulo ao caixa dois, com ou sem financiamento público."
GERALDO VIANNA , presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (São Paulo, SP)

Incor e Fundação Zerbini
"Sobre o artigo "Incor e Fundação Zerbini" ("Tendências/Debates", 17/11), faz-se necessário esclarecer as informações do prof. Adib Jatene, pois, segundo a análise dos balanços contábeis da Fundação Zerbini referentes aos exercícios dos anos de 1995 e 1996, os valores, que seguem, demonstram um superávit acumulado em 31/12/1995 de R$ 63.146.581, e em 31/12/1996, de R$ 78.587.960. A Fundação Zerbini tinha em 31/12/1995 exatos R$ 38.616.343, e em 31/12/1996, o valor de R$ 30.959.100, tendo gerado, ainda, em 31/12/1996, um superávit operacional de R$14.094.915. Os números são objetivos e refletem uma gestão, até aquela data, extremamente eficiente. Os dados estão à disposição na fundação. A diretoria daquela época deve se orgulhar por ter pertencido a uma das mais áureas épocas da fundação."
JOSE FRANCISCO FONSECA MARCONDES NETO , presidente da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria (São Paulo, SP)

Consciência Negra
"Sobre o infeliz comentário do leitor Jorge Derviche Filho no "Painel do Leitor" de ontem, gostaria de fazer dois comentários breves. Primeiro, o que é "revoltante e vergonhoso" não é o feriado de hoje, mas o comentário que ele, Jorge, faz. Segundo, gostaria de saber qual é a cor da pele dele, pois qual é a cor da consciência já ficou claro."
MARIA DO ROSÁRIO FIGUEIREDO (Belo Horizonte, MG)

 

"Concordo plenamente com a carta do leitor Jorge Derviche Filho, quando diz achar um absurdo o feriado de hoje. Devo ressaltar que sou judia. Assim, faço parte de um grupo que ainda sofre preconceito, tal como árabes, muçulmanos, negros, índios, orientais etc. Não é com feriado que se resolvem problemas relacionados à discriminação ou desigualdade, e sim com atitudes baseadas na justiça entre todos. Entre elas, educação, saúde, moradia e trabalho."
MARLENE COHEN DIAMANDI (São Paulo, SP)
 

"Uma parcela da população (empresários?) sempre reclama do suposto excesso de feriados, alegando que contribuem para a miséria do país, entre outras coisas. Discordo que um feriado a mais ou a menos vá mudar algo. Os empresários poderiam pagar salários maiores, o que geraria o crescimento da economia. Mas é mais fácil reclamar dos impostos e do custo Brasil."
CELSO GONÇALVES MORELLI (São Paulo, SP)

Congresso de juízes
"Se não foi por algum interesse, o que empresas como o Banco do Brasil, o Bradesco, a Companhia Vale do Rio Doce, a Nestlé e a Volkswagen buscaram ao gastar tanto dinheiro patrocinando o Congresso Brasileiro de Magistrados ("Empresas patrocinam congresso de juízes", Brasil, 18/11)? Um gesto de altruísmo e caridade para os necessitados? Não bastava o apoio recente dos poderosos da Febraban? E ainda tem ingênuo que acha que, neste país, a Justiça é cega. Ela pode até ser para alguns, mas, com certeza, para patrocinadores "oficiais" ela deve abrir bem os olhos."
FABIO LUIZ SILVEIRA (São Paulo, SP)

Controladores de vôo
"Muito oportuna a coluna de Walter Ceneviva ("Vôos atrasados e solução idem", Cotidiano, 18/11). O governo é o verdadeiro responsável pela baderna que grassa em nossos aeroportos. Mas agora o ministro Waldir Pires exagerou. Apelou ao "patriotismo" dos sargentos controladores de vôo para que retornem às suas funções com a mesma "dedicação" de antes. Ora, os controladores reivindicam justos aumentos salariais e melhores condições de trabalho, pois têm imensas responsabilidades e ganham muito mal."
LEÃO MACHADO NETO (São Paulo, SP)

Anorexia
"Um médico tem amparo legal para tomar medidas urgentes de preservação da vida mesmo quando um paciente se opõe a elas. Esse proceder é fruto do binômio missão precípua de salvar vidas, por parte do médico, e desconhecimento da gravidade e conseqüência do mal que apresenta, por parte do cliente. Sendo assim, é fundamental que os circunstantes, família, amigos e conhecidos assumam a responsabilidade de promover o encontro de um médico com o paciente anoréxico, mesmo contra sua vontade, única forma de salvar uma vida."
GERALDO SIFFERT JR. , médico (Rio de Janeiro, RJ)

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