São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 1998

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PAINEL DO LEITOR

Pinotti

"Em relação à notícia publicada na coluna "Painel' (pág. 1-4, Brasil) de 9/12, sobre minha pessoa, que li somente uma semana depois, quando de meu retorno da Europa, permito-me esclarecer que a única correspondência enviada por mim ao Partido Socialista Brasileiro (todos os membros da executiva) foi minha carta de demissão."
José Aristodemo Pinotti, deputado federal (São Paulo, SP)


Salário de juízes

"Depois de ler os jornais da semana, estou convencido de que sou um vilão, provavelmente culpado pela crise econômica do país. Dizem os jornais que meus vencimentos são de R$ 12.720,00, embora a quantia que me chegue às mãos seja bem menor (R$ 4.700,00, com dez anos de serviço).
Sou trabalhador, ganho menos do que a relevância do cargo exige, tenho vida familiar prejudicada, a profissão impõe limitações e a sociedade, com toda razão, exige e cobra muito.
Mas a mídia insiste em dizer o contrário e vende a minha imagem como a de um marajá. Estranho que os presidentes da República, do Senado e da Câmara (autores da lei) tenham feito tanto estardalhaço, um dia após terem se reunido com o presidente do STF e chegado a um consenso. É de estranhar que esses presidentes tenham procurado os holofotes para, posando de vestais, apontar o dedo para o Supremo.
A imprensa respalda essa demagogia. E não mostra o mesmo espanto diante do astronômico valor que cada parlamentar receberá pelas convocações extraordinárias. Esquece de informar que apenas os 11 ministros do STF receberão o valor do teto. Deveríamos, sim, perguntar: a quem interessa toda essa celeuma? A resposta é simples: àqueles que não querem a fixação do teto."
Gustavo Tadeu Alkmim, juiz do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (Rio de Janeiro, RJ)


Idealismo

"No clima de final de ano, que suscita reflexões sobre o passado, lembrei-me daquela cena do filme "O Que É Isso, Companheiro?' em que o comandante da operação de caça aos "terroristas' diz: "São jovens inteligentes e idealistas, mas estão sendo manipulados por uma escória'. Ou seja, a escória que o governo militar havia por muito bem limpado deste país e que está agora no poder, constituindo o governo mais antinacional da história do Brasil.
Em face disso, pergunto: onde estão os idealistas do presente? Onde estão os críticos do regime militar? E os patriotas de farda?"
Eugênio Duarte de Almeida (Rio Claro, SP)


Contrabando

"Na edição do dia 13/12 Elio Gaspari extrapolou. O texto intitulado "O lugar da muamba' é de uma clareza que deve incomodar somente aqueles que não querem enxergar. O texto deveria ser lido todos os dias, durante um mês, nas sessões das Câmaras Federal, Estaduais, Municipais etc. deste Brasil, visando acordar nossos representantes para o fato de que devemos nos transformar num país sério, até para desmentir (se for possível) De Gaulle."
Miguel Nucci (Campinas, SP)


Interferência internacional

"Ao se queixar de que o FMI manda na economia do Brasil e a Câmara dos Lordes, na Justiça do Chile, o artigo de Antonio Ermírio de Moraes da semana passada (pág. 1-2, Opinião, 13/12) traz de volta uma velha história: a do fracasso das elites em fazer de seus respectivos países nações capazes de se equiparar com as do dito Primeiro Mundo.
Essas intromissões do FMI e dos lordes não são pelo seu "amor à humanidade'. São uma liberdade que lhes foi dada, e sabemos por quem.
Quanto ao "suor, sangue e lágrimas' derramados para construir nossa independência, com certeza não foram os dos bacanas do Brasil."
Roland Scialom (Campinas, SP)


Médicos e boiadeiros

"A propósito do artigo do professor Miguel Srougi sobre câncer de bexiga (pág. 1-11, Brasil, 13/12), escrevo esta carta. Apesar da louvável motivação do referido artigo, o autor foi infeliz ao escolher o seu título e a redação de suas últimas linhas, em que se lê: "E, felizmente, evitando que médicos pudessem ser confundidos com boiadeiros'.
Sou médico e pecuarista e, após 27 anos de exercício da medicina, por motivos de saúde, dedico-me somente à atividade da pecuária moderna.
Boiadeiro é o homem simples que executa o manejo do rebanho bovino. Não é a profissão que dignifica o homem, e sim o inverso.
Generalizar é perigoso, pois pode-se cometer injustiça e dar lugar a pensamentos preconceituosos."
Guaraci Vieira de Almeida (Campo Grande, MS)


Mau gosto natalino

"Concordo plenamente com o editor Marcos Augusto Gonçalves ("Domingueira', 6/12). São Paulo é mesmo a terra de ninguém. O mau gosto impera! Além dos orelhões verde-limão-azedo, sem o devido acento circunflexo exigido pela língua portuguesa, temos agora, para deixar mais feia a av. Paulista, essas "árvores' de alumínio no meio do canteiro central. Será que a prefeitura e suas parcerias acham isso bonito?"
Sônia Maria Gomba (São Paulo, SP)


Padre Marcelo

"Gostaria de entender por que os jornalistas, em vez de procurar saber de onde vem o dinheiro do padre Marcelo Rossi e de sua família, se a Coca-Cola o ajuda ou não, se vende santinhos etc., não procuram o lado bom, desinteressado. Não sou parente nem amiga da família Rossi.
Tenho respeito, carinho e admiração, como também pelo padre Zeca e outros que talvez venham de lares com situação econômica excelente (isso é crime?) e mesmo assim respeitam seu semelhante, vendo em cada rosto o sofrimento do próprio Cristo.
Que pena a Folha gastar páginas inteiras talvez com a finalidade de "manchar' a imagem do padre Marcelo."
Vilma Collino (São Paulo, SP)


Politicamente corretos

"O artigo de Barbara Soares no Mais! de 13/12 defendendo os politicamente corretos acaba por mostrar todo o autoritarismo deles. Mostra também o quanto é urgente que os amigos da liberdade de opinião, de expressão e de imprensa se unam contra eles.
Vamos, leitores da Folha, ajudem-me a combater esses que odeiam brancos, religiosos, ingleses... Vamos criar os politicamente livres."
Paulo César de Castro Silveira (São José dos Campos, SP)

Boas festas
A Folha agradece e retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Edson Vidigal, ministro do Superior Tribunal de Justiça (Brasília, DF); Jorge Hugo Herrera Vegas, embaixador da Argentina no Brasil (Brasília, DF); IMS - Instituto Moreira Salles; Carlos Octávio Bittencourt Battesti, coordenador da Ascom - Confederação Nacional da Indústria (Brasília, DF); Resolve! Global Marketing (São Paulo, SP); Vadam Internacional Brasil (Barueri, SP); Alcan; Benedito Ap. Lemes (Mogi Mirim, SP); Avibrasil Aeroespacial (São Paulo, SP); Guazzelli Feiras Messe Frankfurt (Barueri, SP); Acesita - Cia. Aços Especiais Itabira (Belo Horizonte, MG); Ricardo Guimarães (Belo Horizonte, MG); Alvaro Coelho da Fonseca, presidente da FIABCI/Brasil (São Paulo, SP); Colégio Bandeirantes (São Paulo, SP)




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