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PAINEL DO LEITOR
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Elefante branco
"É alarmante a proporção que está tomando o resultado do incentivo à cana no Estado de São Paulo.
Onde se viam fazendas agropecuárias e plantações de alimentos, hoje
se vêem apenas canaviais. Já podemos prever, em curto prazo, o colapso no abastecimento de alimentos e, principalmente, de carne bovina, cereais e frutas.
O biocombustível fincado apenas
no álcool é um grande elefante
branco da matriz energética, pois
não traz grandes resultados a longo
prazo para o país."
CARLOS HASHIMOTO (São Paulo, SP)
Segundo casamento
"Senti muita pena ao ler o artigo
de Rubem Alves de ontem ("A praga", Cotidiano). Parece que alguém
que deveria ser luz, ensinando a
verdadeira doutrina sobre o sacramento do matrimônio, ao presidir
uma cerimônia de casamento
transmitiu a escuridão de sua falta
de fé, reduzindo o fato da união matrimonial a mero contrato, sem nenhuma transcendência.
Poderíamos aplicar a palavra
"praga" a essa visão distorcida das
realidades humanas que está se
propagando e precisa ser reparada.
Entendo que esse seja um dos objetivos do papa Bento 16 desde o início de seu pontificado."
FERNANDA M. P. DE BARROS (São Paulo, SP)
"Concordo que, infelizmente, temos hoje um papa legalista, preocupado só com a lei e com a divindade
da igreja. Creio que o ponto nevrálgico da situação dos descasados é
que os casais não são educados para
o casamento, para a doação e para
tudo o que implica estar casado.
Se, a exemplo do que faz a igreja
com os padres, dando-lhes anos de
formação, fosse feito com os leigos
namorados um investimento nos
futuros casais, preparando-os para
ser família, com toda segurança teríamos pouquíssimos divórcios."
ROBERTO MACHADO (Goiânia, GO)
Ministério
"Como deputado federal eleito,
cidadão de bem e homem honrado,
julgo lamentáveis as informações
divulgadas no texto "Após queda,
PMDB reabre disputa pela Agricultura" (Brasil, 19/3). Não posso aceitar que meu perfil como deputado,
engenheiro agrônomo, representante de Estado e representante da
agricultura seja prejudicado por
falsas informações.
Fui injustamente "julgado e condenado" pela Folha, quando os órgãos máximos do Judiciário brasileiro, bem como os demais órgãos
do poder público, não apresentam
referência que desabone a minha
conduta profissional ou pessoal,
como faço prova com as certidões
que junto a esta mensagem.
Não permitirei calúnias infundadas para desqualificar minha vida
pública. Espero que sejam verificados os verdadeiros fatos e que seja
publicada a devida retratação para
estas inverdades."
Por último, não aceito a desculpa
de que não fui encontrado. Sou homem público, com endereço telefônico, endereço eletrônico, residencial, de gabinete e assessoria. O mínimo que um órgão de imprensa
importante e julgado sério como a
Folha deveria fazer era ouvir-me
antes de noticiar qualquer referência à minha pessoa."
VALDIR COLATTO, deputado federal pelo PMDB-SC
(Brasília, DF)
Resposta do jornalista Leonardo Souza - A Folha apenas relatou as investigações envolvendo o nome do deputado que
passaram pelo STF e a sua situação no sistema do Ministério da Fazenda.
Camisinha
"Como cristão, senti-me ofendido pela imagem sacrílega que substitui Jesus Cristo na cruz por uma
camisinha, publicada com o artigo
de Drauzio Varella de 17/3 (Ilustrada). Censura é uma coisa, bom
senso é outra. Arte e bom gosto não
posso exigir, mas respeito,sim.
Agora foi com Jesus, depois será
com Maomé, com Buda, com Iemanjá, com Alan Kardec, com Moisés, com o holocausto, com a escravidão. Símbolos sagrados devem ser
respeitados, em qualquer religião."
MOACYR PEZATI RIGUEIRO (São Paulo, SP)
Trabalho
"O editorial "Derrubar o veto"
(Opinião, 19/3) reflete a opinião do
jornal, mas não como veículo de comunicação, e sim como empresa
que deseja maximizar seu lucro à
custa do emprego e estabilidades
alheios. Qual o motivo de tamanha
fúria contra o veto (uma das poucas
coisas acertadas de Lula neste início de mandato)? Só pode ser o fato
de a própria Folha contar com inúmeras "pessoas jurídicas" que lhe
prestam serviços como repórteres.
A idéia de que a pessoa jurídica
unipessoal é livre para firmar contratos é falaciosa, porque nega a
verdade material de que, se a empresa manda fazer, o prestador de
serviços faz, pois precisa do trabalho. Se a flexibilização da CLT significasse trabalhos e salários dignos, bem como direito ao lazer e ao
descanso e um mínimo de estabilidade, os trabalhadores seriam os
primeiros a defendê-la.
Mas, se significam apenas renúncia unilateral por parte dos trabalhadores, devem ser coibidas também pelo Estado fiscalizador. Por
isso, foi acertado o veto."
CAMILLA DE VILHENA BEMERGUI RYS, auditora fiscal do Trabalho (Presidente Prudente, SP)
Justiça
"A propósito do artigo da procuradora Ana Lúcia Amaral ("Algumas
coisas que ainda permanecem",
"Tendências/Debates", 20/3), gostaria de manifestar a minha respeitosa admiração, uma vez que, finalmente, alguém de dentro coloca a
cabeça para fora e diz/escreve o que
qualquer brasileiro alfabetizado já
sabe: pagamos impostos em excesso por serviços pífios, inclusive da
Justiça. Parabéns."
VICENTE OLIVEIRA (Belo Horizonte, MG)
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