São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Papa
"Realmente são engraçadas as manifestações negativas sobre o papa Bento 16. Aonde queremos chegar? Pretendemos uma igreja "diet", "light'? Conservadorismo não é retrocesso, mas descoberta de verdadeiros valores. É hora de assumirmos que somos cristãos autênticos ou então deixemo-nos guiar pelos "ventos de doutrina em busca do próprio eu". Viva o nosso pai!"
Adonias Martins de Souza (São Bento do Sapucaí, SP)

 

"Não gostei da expressão, da fisionomia de Ratzinger como papa. Em vez de sorrir com a alma, ele ri com os dentes. Como chefe da Congregação para a Doutrina da Fé por 23 anos, sua expressão era perfeita e adequava-se inteiramente ao cargo -que nem deveria existir mais. Afinal, se a igreja ainda mantém um organismo que sucedeu ao Tribunal da "Santa" Inquisição, é sinal de que ela não se arrependeu nem um minuto dos milhares de crimes e atrocidades cometidos em nome da fé. O Espírito Santo, criação exclusiva da igreja através de dogma imposto em Concílio, não estava nem um pouco inspirado nas questões espirituais quando optou por Bento 16. Nós, católicos e ex-católicos, esperávamos mais."
Wilson Gonsalez (Garça, SP)

Romero Jucá
"A fala de Lula, ao dizer que as "acusações contra Jucá não passam de insinuações", é, no mínimo, um escárnio para com as instituições deste país -e também para com a população brasileira. Parece que Lula ou desconhece o significado da expressão "ilibada reputação" ou está ensinando ao Brasil a pior forma de fazer política, ou seja, para manter o status quo, aceita-se qualquer coisa, inclusive corrupção. As situações irregulares em que figura o senhor Jucá, diferentemente do que disse Lula, não são meras insinuações. Elas existem de fato e, se ainda não foram esclarecidas, podemos creditar isso às nossas velhas práticas administrativas e ao rito processual lento que norteia nossa administração pública."
Floro Sant'ana de Andrade Neto (Boa Vista, RR)

Senador vitalício
"Concordo com Domingos Marzionna ("Painel do Leitor", 18/4), que falou do retrocesso do governo em direção à época da ditadura. Já estão, com essa proposta de senador vitalício, ressuscitando a idéia de que o povo não sabe votar. Se ex-presidentes quiserem ser senadores, deputados ou qualquer outra coisa, que se submetam às urnas."
José Luiz Tatagiba Lamas (Campinas, SP)

Opportunity
"A respeito do texto de Luís Nassif de 17/4 ("Banqueiro perdeu a paz há muito tempo'), que faz referências a mim, as seguintes correções devem ser feitas: 1. Nunca trabalhei no governo Collor. Entrei no BNDES no governo Itamar Franco (setembro de 1993); 2. Nunca fiz nenhum contato entre Daniel Dantas e políticos tucanos; 3. Nunca trabalhei no grupo Opportunity. Mantive um contrato de consultoria para o CVC/Opportunity que começou em dezembro de 1997 e continuou durante quase todo ano de 1998; 4. O mínimo que eu esperaria é que o jornalista tivesse checado esses fatos antes de publicá-los, ou, em caso de dúvida, me procurasse para qualquer esclarecimento. Como isso não ocorreu, peço a correção da notícia."
Elena Landau (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Luís Nassif - 1. No dia 22 de novembro de 1998 (quatro meses após a privatização das teles), o "Painel do Leitor" publicou carta de Elena Landau em que assina como "consultora do Banco Opportunity". Ou seja, foi consultora antes, durante e após a privatização das teles. 2. Não falei em seu papel na aproximação do Opportunity com "políticos" tucanos. Falei de "grupo" tucano.

Prefeitura
"A carta que enviei na segunda-feira a esse jornal foi publicada na quarta-feira com uma resposta do jornalista Fabio Schivartche, que, mais uma vez, induz o leitor a engano. Ele cita uma frase da sentença judicial de primeira instância para dizer que "a Prefeitura não estava obrigada a rever o julgamento da licitação". Essa leitura não cabe no que diz o parágrafo. O juiz determina precisamente o contrário. Basta ler o texto: "Retrato-me do despacho de fls. 349/350, para que permaneça suspensa a adjudicação do objeto do referido certame à litisconsorte, com desautorização do início do cumprimento de eventual contrato, até o trânsito em julgado desta, ou na eventualidade da administração invalidar ou anular o certame na exata medida desta decisão". O que o juiz diz é que fica suspensa a "adjudicação" (o resultado da concorrência, ou seja, ele está determinando que não se contrate a concorrente da Ductor e, se já estiver contratada, que não dê início ao seu cumprimento). Além disso, o jornalista diz que a Emurb "mudou de posição", o que não é verdade: a posição da Emurb está expressa num recurso ao Tribunal de Justiça, datado de 6/1/2005, contra a decisão de primeira instância que deu ganho de causa à Ductor. Para dizer que a posição mudou, Schivartche teria de mostrar que a Emurb desistiu desse processo, o que não ocorreu. Por fim, insisto no que disse em minha carta: a Emurb não contratou a Ductor. Para responder a isso, o jornalista teria de provar que a Emurb contratou a Ductor, o que não fez até hoje."
Aloysio Nunes Ferreira Filho, secretário municipal de Governo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Fabio Schivartche - Somente com o trânsito em julgado a Emurb estaria efetivamente obrigada a rever o julgamento da licitação. Como recorreu, não houve trânsito em julgado e, por isso, a obrigação da Emurb era apenas suspendê-la. Se o juiz tivesse determinado que a Emurb imediatamente revisse o julgamento da licitação, certamente não falaria em suspensão, muito menos colocaria essa hipótese como uma possibilidade apenas eventual: "... até o trânsito em julgado desta, ou na eventualidade da administração invalidar ou anular o certame na exata medida desta decisão". E tanto a Emurb mudou de posição que, mesmo tendo recorrido da decisão judicial, acabou cumprindo-a espontaneamente. Ademais, a própria superintendente jurídica da Emurb, Jandira do Amaral, disse ter dado a orientação para que a Emurb mudasse seu posicionamento, conforme entrevista gravada pela Folha. Por fim, a contratação e o reinício da obra foram anunciados pela própria Emurb.


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