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PAINEL DO LEITOR
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Células-tronco
"A frase "não podendo ser usado
em pesquisa, o destino desse material é ficar em geladeiras por um
tempo e depois ir para o lixo", que
consta da reportagem "Tribunal
tentará definir o início da vida"
(Ciência, 20/4), deixa clara a falta
de responsabilidade e de coragem
dos legisladores brasileiros, pois,
segundo nossas leis, é dúbio usar
células-tronco de embriões humanos em pesquisa, mas é permitido
que sejam jogadas no lixo.
Um mínimo de raciocínio lógico
nesse problema: essas células devem ou não existir? Se não devem
existir, que seja proibida a fertilização in-vitro. Se devem existir, o
destino final delas tem sido o lixo.
A conclusão é que o Supremo
Tribunal Federal está gastando dinheiro público com uma falsa questão: está discutindo se se deve usar
o "lixo" ou deixá-lo no lixo."
DALVO JOSÉ ROSSI (Belo Horizonte, MG)
Aborto
"Parabenizo o leitor Otoniel Meyer ("Painel do Leitor", 20/4) por
condenar o aborto e destacar que se
está tirando a vida de um inocente.
Fez-me lembrar a frase de um consagrado geneticista francês do século passado, Jêrome Lejeune: "Se não
há pena de morte para os culpados,
por que ela deve existir para os inocentes, como acontece no caso do
aborto?".
Se não se aplica a pena capital para um Fernandinho Beira-Mar ou
para um Champinha (o que acho
que não deve ser feito), por que o
inocente no ventre materno tem de
pagar com a vida pela irresponsabilidade dos seus pais?"
ROBERTO VIDAL DA SILVA MARTINS (São Paulo, SP)
Polícia Federal
"Em referência ao editorial "Padrão inaceitável" (Opinião, 20/4),
gostaria de informar que nossa categoria tem negociado com o governo federal desde 2005 e nunca recorreu a "chantagem" para obter um
encontro com técnicos do Ministério do Planejamento. A reunião entre policiais federais e a equipe desse órgão não foi resultado da paralisação do dia 18 e estava marcada
desde 28 de março. Novo encontro
está agendado para 26 de abril.
Essa foi a quarta paralisação deste ano, e em nenhuma outra fizemos operação-padrão. Mais grave
que os reflexos do nosso movimento é o persistente descumprimento
de um documento oficial assinado
por um ministro de Estado.
Os subsídios dos policiais federais e civis do Distrito Federal são
equivalentes, de acordo com a lei
11.361, de 2006.
A persecução criminal, no âmbito federal, sempre esteve sustentada na soma de forças da magistratura, do Ministério Público e da PF.
A coexistência se dá com a divisão
equilibrada de tarefas. O mesmo
vale para os subsídios. A remuneração inicial das outras duas carreiras
do sistema criminal da União é
mais que o dobro da de um delegado federal em igual condição."
SANDRO TORRES AVELAR, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
(Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia na
seção "Erramos".
Nem tudo perdido
"A Operação Hurricane, a mais
ousada de que se tem conhecimento contra o crime do colarinho
branco, é a demonstração de que
nem tudo está perdido.
Apesar de tantos maus exemplos
vindos de setores que deveriam ser
exemplares, é possível ver o Judiciário e o Ministério Público controlados por gente séria, que não titubeou em "cortar na própria carne"
para extirpar as feridas que ameaçam debilitar suas corporações. Espera-se que o eficiente trabalho da
Polícia Federal não sofra interferências políticas.
Este é o momento para o Brasil
começar a sua verdadeira "Operação Mãos Limpas"."
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, tenente da PM, presidente da Associação dos Policiais Militares do
Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Portos
"Na reportagem "Petista deve assumir porto de Santos com apoio do
PSB" (Brasil, 20/4), meu nome foi
citado como tendo sido sugerido
para diretor do porto, hipótese esta
que jamais foi cogitada.
Especulações sobre políticas são
legítimas. Porém usar meu nome
sem consultar-me não é correto.
Fui secretário do Planejamento
do Estado de São Paulo, prefeito
municipal, presidente da Câmara
Municipal e presidente da Embratur. Portanto, uma carreira que
considero extremamente correta, e
não gostaria de estar sendo especulado para coisas que não cogito."
MIGUEL COLASUONNO (São Paulo, SP)
Decepção
"Parabéns a Nelson Motta pelo
artigo "Vícios, lixos e ilusões" (Opinião, 20/4). Seu texto é redigido de
modo claro e objetivo, sem decair
no falso moralismo ou na verborragia hipócrita de certos discursos.
A frase "nós somos cada vez mais
irrelevantes para eles" parece dura e
seca, mas constitui a lamentável
mentalidade de uma parcela cada
vez maior dos nossos parlamentares, que só enxerga o próprio umbigo, dada a sua notória indiferença
em relação aos interesses verdadeiramente sociais."
RONALD SÁ NASCIMENTO (Imperatriz, MA)
Heróis
"Excelente o artigo "Heróis", de
Dulce Critelli, no caderno Equilíbrio de 19/04.
O que esperar mais de um país em
que um cidadão que nem falar corretamente sabe recebe todas as
honras de herói apenas por ter passado algumas horas na vadiagem,
mostrada ao público pela telinha da
Globo e contemporizada pelas revistas de fofocas?"
JOSÉ EUGÊNIO COGO (Mauá, SP)
"Lamento o conteúdo da coluna
de 19/4 de Dulce Critelli, na qual ela
minimiza e ironiza as qualidades do
vencedor do "BBB7". Diferentemente do que ela sugere, nosso país não
precisa de legados ou de heróis.
Precisamos, sim, de exemplos de
prática de valores morais e de princípios edificantes e educativos, como os que foram externados pelo
Diego. Não se tratou apenas de
"mais um jovem exibido", como tantos outros, e sim de um cidadão que
a todo tempo lembrava natural e espontaneamente aos milhões de espectadores os valores cultuados e
herdados por qualquer sociedade
civilizada."
MARCIO PINTO, psicopedagogo
(Rio de Janeiro, RJ)
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