São Paulo, sábado, 21 de abril de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Células-tronco
"A frase "não podendo ser usado em pesquisa, o destino desse material é ficar em geladeiras por um tempo e depois ir para o lixo", que consta da reportagem "Tribunal tentará definir o início da vida" (Ciência, 20/4), deixa clara a falta de responsabilidade e de coragem dos legisladores brasileiros, pois, segundo nossas leis, é dúbio usar células-tronco de embriões humanos em pesquisa, mas é permitido que sejam jogadas no lixo.
Um mínimo de raciocínio lógico nesse problema: essas células devem ou não existir? Se não devem existir, que seja proibida a fertilização in-vitro. Se devem existir, o destino final delas tem sido o lixo. A conclusão é que o Supremo Tribunal Federal está gastando dinheiro público com uma falsa questão: está discutindo se se deve usar o "lixo" ou deixá-lo no lixo."
DALVO JOSÉ ROSSI (Belo Horizonte, MG)

Aborto
"Parabenizo o leitor Otoniel Meyer ("Painel do Leitor", 20/4) por condenar o aborto e destacar que se está tirando a vida de um inocente.
Fez-me lembrar a frase de um consagrado geneticista francês do século passado, Jêrome Lejeune: "Se não há pena de morte para os culpados, por que ela deve existir para os inocentes, como acontece no caso do aborto?".
Se não se aplica a pena capital para um Fernandinho Beira-Mar ou para um Champinha (o que acho que não deve ser feito), por que o inocente no ventre materno tem de pagar com a vida pela irresponsabilidade dos seus pais?"
ROBERTO VIDAL DA SILVA MARTINS (São Paulo, SP)

Polícia Federal
"Em referência ao editorial "Padrão inaceitável" (Opinião, 20/4), gostaria de informar que nossa categoria tem negociado com o governo federal desde 2005 e nunca recorreu a "chantagem" para obter um encontro com técnicos do Ministério do Planejamento. A reunião entre policiais federais e a equipe desse órgão não foi resultado da paralisação do dia 18 e estava marcada desde 28 de março. Novo encontro está agendado para 26 de abril.
Essa foi a quarta paralisação deste ano, e em nenhuma outra fizemos operação-padrão. Mais grave que os reflexos do nosso movimento é o persistente descumprimento de um documento oficial assinado por um ministro de Estado. Os subsídios dos policiais federais e civis do Distrito Federal são equivalentes, de acordo com a lei 11.361, de 2006.
A persecução criminal, no âmbito federal, sempre esteve sustentada na soma de forças da magistratura, do Ministério Público e da PF.
A coexistência se dá com a divisão equilibrada de tarefas. O mesmo vale para os subsídios. A remuneração inicial das outras duas carreiras do sistema criminal da União é mais que o dobro da de um delegado federal em igual condição."
SANDRO TORRES AVELAR, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Nem tudo perdido
"A Operação Hurricane, a mais ousada de que se tem conhecimento contra o crime do colarinho branco, é a demonstração de que nem tudo está perdido.
Apesar de tantos maus exemplos vindos de setores que deveriam ser exemplares, é possível ver o Judiciário e o Ministério Público controlados por gente séria, que não titubeou em "cortar na própria carne" para extirpar as feridas que ameaçam debilitar suas corporações. Espera-se que o eficiente trabalho da Polícia Federal não sofra interferências políticas.
Este é o momento para o Brasil começar a sua verdadeira "Operação Mãos Limpas"."
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, tenente da PM, presidente da Associação dos Policiais Militares do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Portos
"Na reportagem "Petista deve assumir porto de Santos com apoio do PSB" (Brasil, 20/4), meu nome foi citado como tendo sido sugerido para diretor do porto, hipótese esta que jamais foi cogitada.
Especulações sobre políticas são legítimas. Porém usar meu nome sem consultar-me não é correto.
Fui secretário do Planejamento do Estado de São Paulo, prefeito municipal, presidente da Câmara Municipal e presidente da Embratur. Portanto, uma carreira que considero extremamente correta, e não gostaria de estar sendo especulado para coisas que não cogito."
MIGUEL COLASUONNO (São Paulo, SP)

Decepção
"Parabéns a Nelson Motta pelo artigo "Vícios, lixos e ilusões" (Opinião, 20/4). Seu texto é redigido de modo claro e objetivo, sem decair no falso moralismo ou na verborragia hipócrita de certos discursos.
A frase "nós somos cada vez mais irrelevantes para eles" parece dura e seca, mas constitui a lamentável mentalidade de uma parcela cada vez maior dos nossos parlamentares, que só enxerga o próprio umbigo, dada a sua notória indiferença em relação aos interesses verdadeiramente sociais."
RONALD SÁ NASCIMENTO (Imperatriz, MA)

Heróis
"Excelente o artigo "Heróis", de Dulce Critelli, no caderno Equilíbrio de 19/04. O que esperar mais de um país em que um cidadão que nem falar corretamente sabe recebe todas as honras de herói apenas por ter passado algumas horas na vadiagem, mostrada ao público pela telinha da Globo e contemporizada pelas revistas de fofocas?"
JOSÉ EUGÊNIO COGO (Mauá, SP)

"Lamento o conteúdo da coluna de 19/4 de Dulce Critelli, na qual ela minimiza e ironiza as qualidades do vencedor do "BBB7". Diferentemente do que ela sugere, nosso país não precisa de legados ou de heróis. Precisamos, sim, de exemplos de prática de valores morais e de princípios edificantes e educativos, como os que foram externados pelo Diego. Não se tratou apenas de "mais um jovem exibido", como tantos outros, e sim de um cidadão que a todo tempo lembrava natural e espontaneamente aos milhões de espectadores os valores cultuados e herdados por qualquer sociedade civilizada."
MARCIO PINTO, psicopedagogo (Rio de Janeiro, RJ)

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