São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Raposa/Serra do Sol
"O artigo de Márcio Thomaz Bastos e Luiz Armando Badin ("A vitória histórica em Raposa/Serra do Sol", "Tendências/Debates", 20/4) esclarece categoricamente a questão da reserva em Roraima, especialmente o fato de que tais terras pertencem ao território brasileiro graças aos índios.
Dizer que o cumprimento da Constituição constitui ameaça às fronteiras do país ou à economia de Roraima soa patético e caracteriza uma nova versão de MST. É o Movimento dos Sem Agro-Negócio (MSA), que invadem terra alheia para destruir o que ainda nos resta de diversidade biológica".
JOSÉ ISAAC PILATI (Florianópolis, SC)

"Os "grandes" causídicos Thomaz Bastos e Badin, que vivem confortavelmente na Paulicéia Desvairada, propõem entregar uma área do Brasil equivalente a "Portugal e Bélgica" para "18 mil índios". Segundo o raciocínio desenvolvido por eles, o Estado de São Paulo deve ser devolvido para os remanescentes das tribos que por aqui viveram nos idos de 1500, pois, obviamente, nós e nossos antepassados -os Thomaz, os Bastos e os Badins- jamais pertencemos às famílias dos kaingangs, tamoios, xavantes, terenas e krenaks.
Além disso, precisamos iniciar "um processo de extrusão" dos padres Anchieta e Nóbrega e de todos os bandeirantes da nossa galeria de heróis, tendo em vista que, "mutatis mutandis" (como dizem os advogados), eles fizeram a mesma coisa que fazem hoje "os arrozeiros" de Roraima -"tomaram as terras dos indígenas"."
VICTOR ANDRÉ DE ARGOLLO FERRÃO NETTO (Campinas, SP)

Dengue
"Parabéns ao empresário Antônio Ermírio de Moraes pelo lúcido comentário sobre o aproveitamento político da dengue. E acrescento: a nacionalidade do mosquito é a malvada desigualdade social que permeia a vida dos brasileiros, com exagerada e cruel concentração dos recursos públicos em Brasília, tudo combinado com falta de sensibilidade cristã e espírito público."
SALOMÃO BENEVIDES GADELHA (Sousa, PB)

Polícia Militar
"Na reportagem "PM quer controle de todos os tiros dados pela corporação" (Cotidiano, 29/3), muito nos estranhou a alusão feita em relação ao coronel Daniel Barbosa Rodrigueiro, subcomandante da PM, de que ele seria "vice-presidente" da corporação, escrito com aspas. Queremos entender o porquê de o jornalista André Caramante ter dado tratamento com destaque entre aspas ao coronel Daniel como "vice-presidente"."
LUIZ CARLOS DOS SANTOS, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista André Caramante - A terminologia foi usada para mostrar ao leitor a importância do cargo, o segundo mais importante na corporação.

FMI e biocombustíveis
"Vinicius Torres Freire, como de hábito, foi muito feliz ao tratar da pseudoquestão moral que o FMI opõe aos biocombustíveis ("O cretinismo moral do FMI", Dinheiro, 20/4). Dominique Strauss-Kahn, transformado em Che Guevara parisiense, descobriu com algum atraso o problema da fome no mundo.
É bem mais cômodo culpar os países em desenvolvimento do que chamar os ricos à responsabilidade. Sabemos, ademais, que a alternativa ao biocombustível é o petróleo.
Nesse caso, sugiro à ONU e aos ambientalistas que peçam desculpas às grandes companhias petrolíferas. Afinal, se formos acreditar no FMI, na ONU e nos grandes organismos internacionais que afirmam ser imoral produzir biocombustíveis, só podemos concluir que essa cantilena ouvida há 30 anos sobre os efeitos desastrosos do petróleo e a mudança climática era só conversa fiada."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)

Indenizações
"A competência e a abrangência da matéria tratada no editorial de ontem ("Vítimas e vítimas", pág. A2) não deixam espaços para maiores comentários, exceto a repugnância do contribuinte em arcar com os escandalosos valores envolvidos e de questionáveis critérios adotados.
Aos nossos filhos restará, num futuro talvez não muito distante, pagar, se for o caso, idênticas e milionárias indenizações aos milhares de destruidores dos movimentos sociais, como MST, Vila Campesina e outros. Até quando colocaremos a mão no bolso para arcar com mais esses escândalos?"
JOÃO ANTONIO F. LEITE (Florianópolis, SC)

UnB
"Ao responder ao artigo "Crise da UnB, fundações "de apoio" e o MEC", o MEC, por intermédio do assessor Nunzio Briguglio, menos "esclarece" do que confunde. Vejamos.
1) O artigo não sugere que fundações ligadas às universidades estaduais estejam "sob jurisdição" do MEC. No entanto, o MEC tem credenciado várias dessas fundações, ou seja, tem autorizado seu relacionamento com entes federais de ensino e pesquisa.
2) Não há fundações de apoio "federais". Tais entidades são privadas, como poderiam ser "federais'?
3) A lei 8.958 de 1994 não criou fundações, e sim autorizou sua contratação por entes federais de ensino e pesquisa. O poder público não pode criar fundações privadas.
4) Não basta limitar a atuação das fundações de apoio: é preciso revogar a lei 8.958, colocando um ponto final num relacionamento que tem sido extremamente danoso ao ensino superior público."
PEDRO ESTEVAM DA ROCHA POMAR, editor da "Revista Adusp" (São Paulo, SP)

Capes
"Solicitamos a retratação da reportagem "Alunos terão de devolver parte da bolsa da Capes" (Ciência, 16/4). Fomos contatados por telefone por Afra Balazina, que utilizou fragmentos das conversas articulados de forma a alterar o teor das informações solicitadas pela Folha, sem que houvéssemos autorizado a sua publicação. Foram atribuídas opiniões não expressas em nenhum momento.
Contrariamente ao contexto da conversa, Josimara Dias expressou que a Capes e as universidades estão submissas a contingenciamentos que prejudicam as pesquisas. Rebeca Fertrin não informou que deixou o emprego em função do aumento da bolsa, mas porque pretendia se dedicar à carreira acadêmica (decisão tomada antes do anúncio do aumento). Marcel Esteves advertiu ainda não ter opinião formada sobre a suposta devolução de parte dos valores da bolsa e orientou a jornalista sobre a necessidade de checar a procedência de suas fontes. As demais informações a ele atribuídas foram utilizadas erroneamente e fora de contexto.
A matéria resultou em constrangimentos institucionais (e pessoais, irreparáveis) que necessitam ser esclarecidos."
JOSIMARA MARTINS DIAS, REBECA BUZZO FERTRIN, MARCEL PETROCINO ESTEVES (Capinas, SP)

Resposta da jornalista Afra Balazina - As entrevistas estão gravadas e em nenhum momento os estudantes afirmaram que não autorizavam a publicação.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Ricardo Veiga: Engenharia, a reengenharia do futuro

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.