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São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Novo governo
"Agradeço a Clóvis Rossi pelo texto "Eles não sabem o que fazer" (Opinião, 20/5), em que comenta o meu artigo "Esquerda em processo" ("Tendências/Debates", 18/5), mas o jornalista não apresenta corretamente o meu ponto de vista sobre o assunto. "Teorizar" e "praticar" medidas que levem para um outro modelo de desenvolvimento não quer dizer desconhecimento ou despreparo, mas, sim, humildade perante uma situação histórica nova e profundamente desafiante. Essa posição quer dizer prudência e capacidade de absorver as experiências do passado, até mesmo para rejeitá-las. O governo entende que não é com voluntarismos e palavras de ordem que transitaremos para um novo modelo."
Tarso Genro, secretário especial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social (Brasília, DF)

Crescer
"Parabenizo a Folha pelo belíssimo e acertado editorial "Sem medo de crescer", publicado na Primeira Página no domingo passado. Mais uma vez, com seriedade e competência, a Folha demonstra sua coragem e seu poder de jornalismo."
David Feffer , presidente do Grupo Suzano (São Paulo, SP)

 

"A Folha, com o editorial "Sem medo de crescer", mostra a realidade da atual política econômica do governo. O presidente Lula terá de, nos próximos dias, informar a seus milhões de eleitores o que foi feito das promessas de desenvolvimento do país."
Orlando Ferrão Silva (São Bernardo do Campo, SP)

 

"Uma coisa é o governo Lula não cumprir com a promessa eleitoral, outra é ele decidir o momento de fazer a mudança. O editorial de domingo na Primeira Página foi tardio. Deveria ter sido publicado no governo FHC, que foi o responsável pela escolha do modelo econômico atual. Penso que o governo vá fazer a mudança do modelo econômico, mas não quero que ela seja feita de afogadilho."
Marcelo José de Souza (São Paulo, SP)

Acordos salariais
"A Força Sindical e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região, ambos representados por seus respectivos presidentes, vêm pleitear direito de resposta à reportagem "Sindicato da Força turbina acordos salariais" (Dinheiro, pág. B1, 19/5), assinada pelas jornalistas Fátima Fernandes e Cláudia Rolli, pelos seguintes motivos: Segundo a reportagem em questão, o número de acordos fechados pelo Sindicato dos Metalúrgicos não corresponde à realidade e, assim, o sindicato teria turbinado esse acordo. Cita exemplos e transcreve declarações de diretores de empresas em que estes afirmam que os referidos acordos não existiram. Pois bem: 1) Dispomos de cópias de todos os 1.773 acordos efetuados, inclusive dos que, segundo a reportagem, não teriam sido efetuados. Essas cópias estão à disposição desse jornal para serem consultadas. 2) A empresa Metalúrgica Electron, que foi citada como exemplo de empresa que não fechou nenhum acordo -afirmação essa acompanhada de uma declaração da sra. Christine Ritter Von Weiss nesse sentido-, fechou e assinou acordo datado de 26/3, sendo certo que seus funcionários já estão recebendo conforme o acordo efetivado (cópia anexa). Mais: a sra. Christine, contatada pelo sindicato, afirma categoricamente que não deu essa declaração! Nem poderia... 3) O sr. José Roberto Mello, gerente da empresa Rolamentos Fag, também afirma não ter prestado a declaração tal como foi divulgada (recebemos fax nesse sentido enviado por ele, cuja cópia está anexada)."
Paulo Pereira da Silva e Eleno José Bezerra (São Paulo, SP)

Resposta das jornalistas Claudia Rolli e Fátima Fernandes - O sindicato informa que tem os 1.773 acordos fechados, mas eles não foram fornecidos aos repórteres durante a apuração da reportagem. Em entrevista gravada, a empresária Christine Ritter Von Weiss declarou que não tinha fechado acordo formal com o sindicato. Também em entrevista gravada, o sr. José Roberto Mello disse à Folha que o movimento por reposição salarial tinha motivação política.

Nostalgia
"Foi com certa nostalgia, aliada a um sopro de esperança, que li o texto da deputada Luciana Genro na Folha de ontem ("A encruzilhada do PT", "Tendências/Debates", pág. A3). Nele, tive a oportunidade de reconhecer o partido em que votava havia muito tempo e que julgava morto e sepultado. Aquele partido que se mostrava diferente dos outros e que nos fazia acreditar que poderia existir um modo diferente de fazer política. Um partido que combatia as injustiças contra os trabalhadores, que denunciava os conchavos de bastidores, que combatia a compra de votos praticadas pelos donos do poder, que não compactuava de forma nenhuma com o fisiologismo. Uma agremiação política que primava pela coerência, pela ética e pelo respeito aos princípios contidos em seu discurso. Um partido que sempre respeitou o eleitor, entregando-lhe, após a eleição, o produto prometido ao longo da campanha. Lamentavelmente, vê-se hoje o "velho PT" reduzido a pouquíssimos representantes -sendo alguns deles subjugados pela "cúpula", que não se sabe se é do PT ou do FMI."
Ronaldo L. N. Pinheiro (Curitiba, PR)

 

"Gostaria de alertar a senhora Luciana Genro para o fato de que levantar a voz contra o sistema em nada resolve, e o PT já demonstrou isso, pois sempre fez críticas e agora está sendo criticado. Nós, milhões de brasileiros, não queremos um governo ligado umbilicalmente a tradições ou a cartilhas partidárias, mas, sim, ligado à igualdade, à liberdade e à melhoria social. Simplesmente bradar que Lula está no caminho errado em nada resolve. Queremos alternativas! Caso as medidas adotadas pelo presidente Lula não sejam as ideais, então que a deputada apresente outras. A deputada, como representante do Legislativo federal, sabe muito bem que nada é imutável e que pensar é muito mais do que seguir o já decidido, é mudar quando for necessário. Ressalto que, apesar de não concordar com a posição da deputada, não sou favorável à sua expulsão do partido."
Renato Guilherme Góes (São Paulo, SP)

Dor
"Parabenizo a Folha pela publicação do editorial "Dores evitáveis" (Opinião, 18/5). Num tempo em que as guerras e a violência urbana ocupam maciçamente o espaço na mídia, é preciso muita sensibilidade para despertar temas não menos importantes e que representam o cotidiano do povo brasileiro."
Gualter Lisboa Ramalho, médico responsável pelo Ambulatório de Controle da Dor do Hospital do Câncer Napoleão Laureano (João Pessoa, PB)


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