São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor



Atentados em São Paulo
"Estranhei a manchete da Folha de quinta-feira passada, que distorcia completamente as palavras da excelente entrevista do governador Lembo a Mônica Bergamo. Tornei a estranhar na sexta-feira o sensacionalismo da chamada "Lembo deseja que sua gestão acabe logo". Em nenhum momento ele diz isso dessa maneira. Ainda que dissesse, seria perfeitamente natural em um momento como este. O governador tem mostrado equilíbrio e bom senso impecáveis e não merece o tipo de tratamento que lhe vem sendo dispensado. Por que razão não se ater a declarações realmente importantes? Afinal de contas, esta Folha não precisa desse tipo de manchete."
CLAUDIA MATARAZZO (São Paulo, SP)

 

"Em situações caóticas como esta da tomada do poder pelo PCC, começam a aparecer os defensores da liberação das drogas como remédio contra o poder dos bandidos. Isso seria contraproducente, pois, certamente, aumentaria e banalizaria o consumo de mais tipos de drogas. Seria bem curioso ver à venda, nos balcões de bares e boates, cerveja, cocaína, maconha etc. Quanto à renda das quadrilhas, elas encontrariam modos de enriquecer com as drogas e com outras fontes, afinal, não há contrabando de tudo e assaltos a caminhões de remédios e de eletrônicos?"
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

 

"Não concordo com o leitor Carlos Eduardo Guerra Grossi (18/5). Está na hora de discutirmos a legalização das drogas. O consumo de drogas é um problema de saúde pública, e não de segurança pública. O consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro traz muito mais prejuízos à sociedade do que o consumo de drogas -a não ser pelo fato de que estas são proibidas. Não obstante, não se discute a proibição do álcool ou da nicotina."
ANDRÉ LUÍS OMOTE (São Paulo, SP)

 

"Como é que a Folha dá espaço para um indivíduo como esse tal de Chiquinho Scarpa propagar as ignorâncias acumuladas durante sua vida parasitária? Era só o que faltava: além de alienado, é também xenófobo. Se tem gente nessa terra que não sabe votar, é gente dessa laia à qual ele pertence. Estamos numa democracia e, se a maioria do povo brasileiro é pobre e operária, não seria um professor livre-docente o melhor representante do povo. Que ele respeite e reverencie as escolhas da maioria."
LUCIANA ROCHA (São Paulo, SP)

 

"A "elite branca" deste país trabalha única e exclusivamente para enriquecer o Estado. Quase um terço do salário de quem trabalha com carteira assinada é descontado em impostos, e o destino desse dinheiro todo deve ser o financiamento do mensalão. Como ainda temos de pagar escola particular, plano de saúde e previdência privada (para ficar só no básico), é compreensível que não sobre dinheiro no bolso para ajudar os menos privilegiados. O governador Cláudio Lembo perdeu uma ótima chance de continuar fazendo o que sempre fez em toda a sua vida pública: nada!"
CLÁUDIO RODRIGUES ZAMANA (Guarulhos, SP)

 

"A tentativa de Cláudio Lembo de desviar para uma parcela da sociedade a culpa pela incompetência do sistema do qual faz parte nada mais é do que hipocrisia. E ainda por cima introduz um toque racista a seu discurso. Será que o excelentíssimo governador não acha que a "burguesia rica" ou a "elite branca" não paga, como todos, suficientes impostos para que o governo faça o seu trabalho? Além de "abrir a bolsa" para a voracidade insaciável da Receita, teria também essa "elite branca" que prestar aos pobres o serviço pelo qual paga ao governo para fazer?"
RICARDO MAZUREK (São Paulo, SP)

 

"As declarações do rabino Henry Sobel no caderno Cotidiano de sexta-feira refletem claramente a hipocrisia de nossas elites. Sobel admite ter havido "um pouco de exagero" por parte da polícia porque sabe que as vítimas desses excessos não freqüentam as sinagogas dos Jardins. Basta lembrar da reação do rabino logo após o assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé, quando chegou a defender pena de morte, apesar do judaísmo ser explicitamente contrário à pena capital."
ALEXANDRE MATOS (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de subscrever o artigo "Civilização, sim; barbárie, não" ("Tendências/Debates", 18/5), de respeitáveis profissionais do direito que se opõem ao editorial "O pacote da segurança". Os que crêem em "pacotes" e em medidas de caráter exclusivamente penal contra a violência esqueceram que medidas como essas já foram tomadas em outras ocasiões e não surtiram nenhum efeito na redução da criminalidade. Apenas para citar um exemplo, a famigerada Lei dos Crimes Hediondos, em vigor há quase 16 anos, é a maior prova de que o rigorismo penal não constitui remédio idôneo para prevenir e combater o crime. A sociedade não pode ignorar as origens sociológicas da criminalidade. E nunca é demais martelar que a melhor política criminal é a sua substituição pela política social. Apesar de tudo, ainda temos vozes que se levantam contra a barbárie e o terror."
LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY, professor de direito penal da PUC-MG (Belo Horizonte, MG)

Promotor
"Como pai de Felipe Siqueira Cunha de Souza, uma das vítimas do promotor Thales Ferri Schoedl, não poderia deixar de externar minha revolta pela decisão do TJ-SP de reintegrar o referido "promotor" a essa função, já que ficou patente o seu completo desequilíbrio para exercê-la. Não é por acaso que a impunidade é um dos principais motivos da barbárie pela qual vivemos nos últimos dias. Só nos resta confiar na coerência do Ministério Público para afastá-lo de vez da carreira."
WILSON PEREIRA DE SOUZA (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman



Texto Anterior: Jeferson Péres: 'Concertación' enquanto é tempo

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.