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Entraves ao crescimento
EMBORA tenha escalado posições de forma lenta e contínua desde 2007, o Brasil
ainda ocupa um lugar modesto
no ranking de competitividade
elaborado a cada ano pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Administração,
sediado na Suíça.
No mais recente, divulgado
nesta semana, a economia brasileira aparece na 38ª posição, entre 58 países. Há três anos, era
uma das últimas, com desempenho pior do que a de outras 48
nações. Gargalos de infraestrutura, burocracia e sobrecarga tributária são ainda os principais
entraves à atuação de empresas
brasileiras e estrangeiras no país.
Como critério de comparação,
o levantamento avalia performances econômicas recentes,
graus de eficiência dos governos,
ambiente de negócios e condições de infraestrutura. A melhora no desempenho brasileiro se
deve, sobretudo, à atuação das
empresas nacionais. O país é o
22º na qualidade das práticas de
administração, e o 16º em atitudes e valores das companhias.
Os ganhos de eficiência e produtividade daí advindos terminam por ser mitigados pelos tradicionais obstáculos à competitividade, em sua maioria de responsabilidade do poder público.
Os índices de educação no Brasil estão entre os piores do levantamento. A "legislação para negócios" tampouco é satisfatória.
E, à conhecida precariedade de
portos e estradas, vêm se somar
problemas de infraestrutura tecnológica, como as altas tarifas de
telefonia celular.
Exercícios comparativos, ainda mais quando baseados em impressões qualitativas, estão sujeitos a imprecisões. Mas os entraves apontados pela pesquisa
são conhecidos e inegáveis. Superá-los será tão importante para o desenvolvimento do país
quanto foram, em anos recentes,
a conquista da estabilidade econômica e o incremento do poder
de compra da população.
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