São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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João Paulo Cunha
"Sobre o texto "João Paulo pode ter recebido R$ 30 mil a mais de Valério" (Brasil, 19/6), esclareço que o emprego do verbo "poder" dá bem a medida da conjectura que a reportagem publicada envolve a meu respeito e, no caso, revela pura especulação. Em atenção à opinião pública, esclareço o que segue: 1. Caso pudesse ser considerada notícia, a reportagem não traz nada de novo. É informação requentada, que tem como único objetivo criar-me embaraços no processo eleitoral em curso; 2. A rigor, as indagações contidas na reportagem já foram respondidas em outras oportunidades (CPMIs do Mensalão e dos Correios, Corregedoria Geral da Câmara dos Deputados, Conselho de Ética e Polícia Federal). Assim, bastaria que o jornalista Leonardo Souza apurasse melhor para ver que esse assunto já foi tratado; 3. Minha secretária esteve no Banco Rural em duas ocasiões, nos dias 2 e 16 de abril de 2004. Ela já respondeu ao Conselho de Ética da Câmara e à Polícia Federal sobre essas questões (documentos à disposição). No dia 2, ela foi ao banco e efetuou o pagamento de uma conta de TV por assinatura que havia vencido no dia 13 de março (documento à disposição). No dia 16, foi ao mesmo banco pagar outra conta, também da mesma TV por assinatura, relativa ao mês de abril. Ocorreu que essa empresa mudou o banco de compensação. Quando minha secretária dirigiu-se ao Banco Rural para efetuar o pagamento, lá tomou conhecimento da mudança. Dirigiu-se então, posteriormente, ao novo banco (Bradesco) e pagou a referida fatura (documento à disposição). Evidentemente, pelo fato de ser secretária do presidente da Câmara dos Deputados, ela de fato recebeu e efetuou ligações para as referidas agências de publicidade. Uma agência fez minha campanha de candidato a presidente da Câmara, e outra venceu a licitação para realizar os trabalhos de publicidade do Legislativo; 4. Está claro que o jornalista não leu o processo. Nunca afirmei que minha mulher tinha ido pagar conta de TV por assinatura. O que disse e informei às CPMIs e a outros órgãos que investigaram o episódio é que ela foi resolver pendência de TV por assinatura; 5. Desse episódio já fui absolvido na Câmara. Respondo ao STF com a consciência tranqüila de que nada devo, e estou apresentando a minha defesa ao povo paulista para que ele também me julgue. A Folha tem todo o direito de fazer sua opção político-partidária. Só não deve usar o verbo "poder" como nesse caso, pois aí pratica o mau jornalismo. Para seus leitores, deixo essas respostas."
JOÃO PAULO CUNHA , deputado federal pelo PT-SP (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Leonardo Souza - A informação de que Silvana Paz Japiassu foi ao Banco Rural em Brasília e recebeu duas ligações da SMPB, na mesma data em que a funcionária da SMPB Eliane Alves Lopes sacou R$ 30 mil no Rural, ainda não havia sido publicada. A reportagem entrou em contato com a própria Silvana e a assessoria de imprensa do deputado. Nos dois casos, a posição do deputado foi de não se manifestar.

Vivacidade
"A vivacidade de Robinho contrasta com a lenta melhora de Ronaldo. Não importa se, quando Robinho entrou, o jogo já seguia para algum destino que lhe beneficiaria. A seleção brasileira está toda lenta, sem coragem de trocar passes e forçar o adversário. Pode-se, em parte, creditar esse fato a Ronaldo e a Adriano, corpulentos e sem velocidade. Mas parece que o problema é orgânico: há uma sobrecarga em cima de Emerson e de Zé Roberto."
ALCIDINO PIRES DE ANDRADE (Juquitiba, SP)

Lula
"Concordo com o leitor Johan Scheffer ("Painel do Leitor" de ontem). O presidente Lula é mesmo o mais popular dos presidentes brasileiros, e é essa imagem que faz com que ele esteja em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Pena que hoje essa imagem seja falsa. Lula teve quatro anos para colocar sua popularidade nas alturas, executando a política que sempre gritou pelos quatros cantos. Mas preferiu fazer isso por meio de um populismo barato, que traz votos mais rapidamente. Hoje, no poder, é muito fácil aparecer na capa de um jornal vestido com uma linda roupa caipira, numa festa que de caipira só tem as fantasias e é realizada em espaço do povo, enquanto o povão, a quem ele finge estar ajudando, não tem dinheiro nem para comer."
CESAR AUGUSTO CAMPOS (Andirá, PR)

Leis
"Guarda sensatez o discurso de Marcelo Semer publicado em 18/6 ("A duras penas') na parte em que critica o Estado-administração quanto à superpopulação carcerária e ao descumprimento de direitos de dignidade dos presos. No entanto não é menos verdade que, infelizmente, o Judiciário, conquanto rigoroso com o ladrão de galinha, vem se intimidando com o crime organizado, seja negando escutas telefônicas, seja indeferindo prisões provisórias quando o réu é engravatado e freqüenta a mesma academia do juiz. A impunidade também é nefasta, e uma sociedade depravada precisa, sim, de leis severas, com a respectiva aplicação."
TIAGO CINTRA ESSADO , promotor de Justiça (Ribeirão Preto, SP)

Cotas
"Em relação ao comentário da senhora Isadora Alvarenga ontem nesta seção, quero dizer que a política de cotas não é só uma medida "simplista". É uma tentativa de minimizar a desigualdade e de permitir o acesso de afro-descendentes às universidades. Segundo pesquisas do próprio Ministério da Educação, os alunos cotistas e bolsistas apresentam melhor desempenho em relação aos demais, o que denota o interesse das classes menos favorecidas pelo ensino superior. Até quando a sociedade brasileira tentará desvalorizar iniciativas que visam não um favoritismo, mas compensar (ainda que pouco) as conseqüências de 300 anos de escravidão?"
RICARDO DE FREITAS LIMA (São Paulo, SP)

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