São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Ilusões
"Adeus às ilusões. É esse o resultado da alta traição do PT e, principalmente, daquele eleito por mais de 50 milhões de brasileiros, certos de que teriam a reforma da estrutura do governo federal para melhor atender aos necessitados. Como subproduto dessa derrota, imposta pelo "fogo amigo", é penoso ver e ouvir políticos que sempre foram contrários a essa mudança posarem de vestais da ética, da seriedade, da honestidade. É doloroso aceitar que a esperança foi tão facilmente derrotada pelos que acreditávamos serem seus fiéis defensores."
Juvenal Ferreira Fortes Filho (Rio de Janeiro, RJ)

Transparência
"Estranhei, ao ler as notas "Que transparência?" e "Nada de polêmica", na edição de ontem de Folha ("Painel", pág. A4), citando-me nominalmente sem que tivesse eu a oportunidade de ser ouvido. Não sei a serviço de quem pode estar seu possível informante, no caso. A Transparência Brasil, por meio de seu dirigente Cláudio W. Abramo, foi a única entidade entre as que integram o Conselho da Transparência Pública e de Combate à Corrupção que se dirigiu a mim tratando da pauta da reunião de ontem. Respondi-lhe na mesma data, pedindo que lesse com mais atenção a pauta sugerida, em que, além do regimento interno, encontravam-se mais três itens que tratam da crise e da conjuntura, inclusive a discussão de um projeto de lei sobre conflito de interesses, o debate de novas propostas e sugestões que venham de quaisquer entidades integrantes do conselho. Entre quatro itens, apenas um -a discussão do regimento- pode ser considerado "burocrático", mas nem por isso desimportante. Todos os demais guardam relação com a conjuntura atual."
Jorge Hage Sobrinho, subcontrolador-geral da União (Brasília, DF)

Sucata
"No mundo dos negócios há um adágio que diz "there is no free lunch", ou seja, um convite para almoço sempre tem um custo oculto. Esse aforismo é também aplicável, "mutatis mutandi", nas relações entre países, como acabamos de ver na recente visita do presidente Lula à França, diante do esmero dos anfitriões em cercar nosso presidente de todas as homenagens, para lhe inflar o ego. Mas e o custo de todos aqueles rapapés? Simples: voltamos a comprar material bélico sucateado dos franceses, desta vez representado por jatos Mirage fabricados nos idos de 1970, desativados, a serem ainda recuperados para uso de nossa Força Aérea. Já viramos fregueses de caderneta do equipamento bélico francês obsoleto. O antecessor de Lula, FHC, também deixou sua marca nessa especialidade, sucumbindo ao charme dos franceses, e nos brindou com um porta-aviões sucateado e cujo estado de degradação ficou evidente no acidente que vitimou vários marinheiros. O Brasil é um país que não merece isso, como bem disse o presidente ao concluir sua visita triunfal a Paris."
Edmundo Radwanski (Rio de Janeiro, RJ)

Pontes
"Com relação à reportagem "Pontes são símbolo de desperdício no país", publicada na edição do dia 18/7 da Folha (Cotidiano), o governo do Estado do Rio Grande do Norte esclarece que: decidiu construir a ponte Forte-Redinha com recursos próprios e em parceria com o BNDES, por sua importância para a expansão do turismo e do desenvolvimento econômico do Estado; quando a decisão de fazer a obra foi tomada pela governadora Wilma de Faria, a construção anterior já estava parada em decorrência de problemas judiciais entre a empreiteira e a Prefeitura de Natal. O contrato de concessão para a obra da ponte havia sido cancelado porque, de acordo com a Prefeitura de Natal, o construtor descumpriu normas estabelecidas no contrato; na obra sob a responsabilidade da Cejen Engenharia não foi gasto dinheiro público; laudo técnico desaconselhou o aproveitamento dos pilares já construídos; toda a documentação exigida para a concessão do empréstimo para a construção da ponte foi analisada detalhadamente e aprovada seguindo todos os critérios exigidos pelo BNDES; a licença ambiental encaminhada ao BNDES foi emitida pela Prefeitura de Natal, conforme resolução 237/97 do Conselho Nacional de Meio Ambiente e, atendendo a solicitação do BNDES, o processo de licença ambiental foi encaminhado ao Idema, órgão estadual de meio ambiente, e já homologado; o governo do Estado desconhece idoneidade no representante da Cejen para lhe fazer acusações."
Rubens Lemos Filho, secretário de Comunicação Social do governo do Rio Grande do Norte (Natal, RN)

Daslu
"O procurador da República em São Paulo Sérgio Gardenghi Suiama, na sua carta publicada nesta Folha em 17/7 ("Painel do Leitor", pág. A3), apregoa, falando sobre episódio Daslu, que "todos os dias os policiais invadem casas na periferia sem ordem judicial, forjam provas, torturam e até matam pobres e negros". Mais uma vez um procurador assaca, de forma leviana, às instituições policiais, mostrando discriminação odiosa e, acima de tudo, o desejo ávido, custe o que custar, de se sobrepor à polícia judiciária na investigação das infrações penais."
André Luiz Di Rissio, presidente da Associação dos Delegados de Polícia pela Democracia (São Paulo, SP)

 

"Faz muito bem a sócia da Daslu em processar a União por danos morais, financeiros e tudo o mais, pois esse chilique cinematográfico em cima de uma loja badalada só para aparecer na mídia e fazer onda de país justo é muito! Sabemos a eternidade que leva para que qualquer coisa se faça cumprir pela Justiça, que só anda rápido quando o assunto a faz parecer protagonista de filme de Hollywood ou quando alguém invade terreno da União."
Roberto Moreira Da Silva (Cotia, SP)

Medicina
"Na entrevista do sr. Robert Gallo sobre a quebra de patentes observamos o quanto os laboratórios e os interesses econômicos continuam tendo supremacia sobre a vida (Ciência, 16/7). É lamentável estabelecer um preço para a vida."
José Eduardo Mourão dos Santos e Elizabete Franco Cruz (São Paulo, SP)


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