São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Tragédia aérea
"E agora, vão falar o quê? Haverá justificativa suficiente para as vidas que foram ceifadas e o desespero incontido dos familiares? Vão fazer comparações de times de futebol? Exigir dia e hora para o fim da crise e aí, de novo, se instalar outra greve, para nossa vergonha? Ou vamos ouvir de novo a voz de uma incapacidade decrépita, sorrindo à moda de propaganda de dentifrício, dizer que Congonhas estava normal?"
CARLOS VICENTE BOCCIA (São Paulo, SP)

"Mais uma tragédia aérea, com perda de preciosas vidas, e aos familiares só restará chorar por seus parentes e a quase certeza de que nada vai mudar. As chamadas "autoridades competentes" devem estar reunidas em Brasília para tentar se eximir da culpa e provavelmente lançá-la sobre o piloto. Aliás, será que alguém avisou o presidente Lula do ocorrido? Ou será que ele "não sabe de nada", como sempre?"
MARLENE ALMEIDA INTASCHI (São Paulo, SP)

"Retorno ao Brasil na semana que vem, em vôo da TAM. Foi extremamente desconfortável e angustiante tomar conhecimento de que a empresa aérea sabia da falha existente no Airbus acidentado em Congonhas. Haverá alguma falha, também "de menor importância", no avião que me levará de volta? Será que os equipamentos do espaço aéreo brasileiro funcionarão? Ah, certamente todos os problemas acabarão com as demissões anunciadas pelo chefe do Executivo... Só me resta rezar e tomar remédio para dormir."
CARLOS ALBERTO CARMELLO JR. (Roma, Itália)

"Diante de nossa impotência com relação ao trágico acidente de ontem em Congonhas, uma atitude ética e moral, pelo menos, devemos às vítimas: recusemo-nos a utilizar esse aeroporto em qualquer hipótese. Ele deve ser fechado, transformado em parque e nele deve ser construído um monumento aos mortos e contra a ganância do poder econômico. Aliás, eu me pergunto indignada: por que ele não foi fechado até agora?"
MÁRCIA DA COSTA NUNES NETO (Campinas, SP)

"Moro próximo ao aeroporto de Congonhas e sujeito aos riscos e desconfortos que ele nos traz. No entanto, como sou usuário freqüente, optei por aqui residir pelo conforto de não sofrer com o trânsito para chegar ao aeroporto. Não aceito o Ministério Público, associações de moradores ou quaisquer outras entidades pregando o fechamento de Congonhas. O aeroporto está neste local há mais de seis décadas -e nenhum imóvel que o circunda tem idade próxima a essa. Todos foram oportunistas -inclusive eu- em correr às margens das pistas. Concordo com a readequação e com ajustes que tenham de ser feitos na malha aérea desse aeroporto, mas não aceitarei jamais seu fechamento. Quem não está disposto a conviver com a situação que busque outra alternativa. A minha, e estou certo de que de muitas outras pessoas, é conviver com o risco e com o conforto do aeroporto."
ROGÉRIO FRANCISCO (São Paulo, SP)

Gestos
"Quando achávamos que o escárnio já havia chegado ao limite, abrimos o jornal e deparamo-nos com fotos dos senhores Marco Aurélio Garcia e Bruno Gaspar fazendo gestos obscenos e de comemoração. É preciso perguntar: comemorando o quê? É o retrato fiel do poder nos últimos tempos: tudo o que interessa é a imagem do governo. Se a popularidade do presidente não é abalada, então que venham escândalos, corrupção, acidentes e mortes."
LUCIANA FARIA (São Paulo, SP)

"Não sejamos ingênuos. Depois do gesto do assessor de Lula, Marco Aurélio Garcia, alguém acredita que ele teria a grandeza de entregar o cargo? Quem teve a pequenez desse gesto só seria grande se morasse no Japão, que depois da repercussão iria se enforcar de vergonha. Mas vergonha é para quem tem, e não para quem quer. E as famílias enlutadas têm de passar por mais esse triste constrangimento. A culpa é de Lula, que encheu o palácio de "chegados" seus, capazes de atitudes tão ignóbeis e abjetas. Depois dessa, Lula não precisa de inimigos."
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

"Flagrado fazendo gestos obscenos, Marco Aurélio Garcia tenta se justificar. Difícil dizer o que foi pior. Na primeira situação, primou pela falta de educação, e na segunda, primou pela cara-dura. Em ambas, o que parece que menos lhe importou foi a tragédia que matou 200."
GERALDO ALAÉCIO GALO (Guarulhos, SP)

"Era madrugada de quarta-feira em Londres quando recebi telefonema de meu pai, Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência, avisando-me do acidente aéreo em Congonhas. Ele estava muito abalado com a tragédia. Antes que terminasse a contagem dos mortos, uma minoria ruidosa de políticos e comentaristas se apressou em apontar o seu culpado de sempre: o governo do PT. A notícia sobre o defeito na turbina do Airbus acidentado mostrou que convém esperar as investigações. Como ouvi a primeira reação de meu pai à tragédia, não posso aceitar a versão de que na quinta à noite ele teria "comemorado" a notícia do defeito no Airbus. É arriscado interpretar gestos e expressões fora de contexto, mas o que vi de meu pai e seu assessor nas imagens da TV Globo não pareceu comemoração. Eles expressam, com a intensidade que nos permitimos em privado, que aqueles que se apressaram em condenar o governo erraram e seus golpes baixos perderão a força. Disputa política não combina com luto nem com apuração isenta."
LEON DE SOUZA L. GARCIA (Londres, Reino Unido)

Comentário
"Fui surpreendido pelo comentário de Janio de Freitas na edição de 17 de julho. Confesso que tive dificuldade de entender o que ele escreveu. Presumo que tenha ouvido a minha entrevista à rádio CBN na última segunda-feira, às 7h da manhã. Gostaria de deixar registrado que ele não compreendeu nada do que eu disse. Creio que o equívoco deve-se ao horário: o jornalista deveria estar com sono."
MARCO ANTONIO VILLA (São Paulo, SP)

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