São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2000
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São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2000 |
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PAINEL DO LEITOR Declaração "Apesar de Daniel Dantas ser o único inimigo que reconheço ter (e por iniciativa dele!) e de eu estar movendo ações na Justiça Criminal por crimes que ele efetivamente cometeu, quero esclarecer que não são verdadeiras as palavras a mim atribuídas na reportagem "Dantas é condenado pela Corte de Cayman" (Dinheiro, 19/8), com relação às suspeitas quanto aos grampos colocados em dois telefones de minha casa. Não sou homem de fazer acusações ou mesmo de levantar suspeitas sem que possa comprová-las. Apesar da coincidência de momentos e da escalada de um simples problema societário em razão da arrogância empresarial e sentido de impunidade absoluta de Daniel Dantas, não acredito que ele tenha qualquer responsabilidade com relação à colocação dos grampos. Mesmo porque, tendo sido uma vítima das gravações relativas à privatização do Sistema Telebrás, imagino que ele deva saber bem a terrível situação que é ter a sua privacidade invadida, ainda mais dentro de seu próprio lar." Luís Roberto Demarco (São Paulo, SP) Resposta do jornalista Mario Sergio Conti - O missivista disse a frase publicada em entrevista por telefone, às 13h da última sexta-feira, 18 de agosto. Ideologias na vida "O submarino russo só se tornou um caso perdido por incompetência do governo russo e também por sua arrogância. Se desde o início tivessem aceitado a ajuda norte-americana e a inglesa, talvez os marinheiros estivessem vivos. Eles morreram por questões ideológicas." Mário Annuza (Rio de Janeiro, RJ) Contestação "Permita-nos contestar a notícia "Justiça libera candidatura de Enéas" (Brasil, 10/8, pág. A12). O vereador Enéas jamais esteve envolvido com a máfia da propina. Nem mesmo foi acusado pelo partido por esse motivo. Sugere-se que a Folha esteja mais atenta na nobre missão de bem informar seus leitores, já que, reiteradas vezes, comunicamos inverdades publicadas por este prestigioso matutino." Eduardo Monteiro, assessor de imprensa (São Paulo, SP) Nota da Redação - O vereador está sendo alvo de inquérito civil instaurado pelo Ministério Público a fim de investigar suposto envolvimento com a máfia da propina. Foi expulso do partido após as acusações e teve de recorrer à Justiça para voltar à legenda. Direito ou dever "Os políticos preferem a situação atual -em que o voto é obrigatório- porque é muito mais fácil dobrar eleitor obrigado a votar do que aquele que, conscientemente, exerce o seu direito, este sim, de votar sem a obrigatoriedade." Roberto de Faria Rocha (Guaratinguetá, SP) Qualificação "No artigo "Um modelo para a universidade" (Dinheiro, 8/8), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) é utilizada como padrão negativo, como se ela fosse a pior universidade do país. Venho então reclamar por isso, pois, apesar de ser uma universidade de um Estado pequeno, a UFS não é a pior universidade do país, como é apresentada no texto. Acho um absurdo uma universidade que se saiu superbem no provão do MEC -obtendo "A" em alguns de seus cursos, inclusive no curso em que estou matriculada, direito- ser tomada como um parâmetro negativo." Diana Argentino (São Cristóvão, SE) Resposta do jornalista Luís Nassif - A intenção do comentário -claríssima- era constatar que as universidades não podem ser comparadas entre si, mas dentro da realidade de seus Estados. Portanto, foi uma defesa das universidades federais localizadas em Estados menores, entre os quais a do simpaticíssimo Estado de Sergipe, local das melhores festas juninas do país. Por merecimento "Quem merece desagravo ou manifesto à nação é o povo brasileiro." Elísio Nunes Ribeiro (Vitória, ES) Tratamento diferente "Venho externar minha indignação com este jornal devido ao tratamento dado às eleições em São Paulo. A cobertura está totalmente tendenciosa, procurando influenciar o leitor contra o candidato Paulo Maluf. Estão somente publicando reportagens desfavoráveis. É uma pena, já que acredito que um jornal do porte e da credibilidade da Folha não deveria fazer um jornalismo tendencioso, mas, sim, informativo." Matheus Caetano de Melo (Ribeirão Preto, SP) Causas e consequências "É tétrico e característico o universo desenhado pelo dr. Paulo Maluf para a segurança, propondo imitar a política "Tolerância Zero" de Nova York sem imitar seus pressupostos essenciais. Que começam pela eliminação da corrupção e da violência policial, e não na proposta ridícula de encarcerar pichadores e flanelinhas. O discurso da direita mostra sua exaustão, anunciando a evolução social e a superação das velhas estruturas." Paulo Matos (Santos, SP) Greves nas escolas "Frases de João Felício, novo presidente da CUT: "Minha entidade é conhecida por grandes greves, ela tem a marca de colocar grandes massas nas ruas. Nossas greves têm peso dentro do país". Esse depoimento me fez, como mãe de aluno, voltar ao tempo em que o João Felício estava na presidência da Apeoesp. Posso garantir que a lembrança é bem amarga, porque afloraram em minha mente as consequências de greves políticas e oportunistas. Os alunos sempre foram as maiores vítimas. Na minha opinião, os professores eram usados como massa de manobra e, muitas vezes, para ajudar pessoas que usavam a Apeoesp como trampolim eleitoral." Elisa Toneto de Carvalho (São Paulo, SP) Homenagem "Conheci Gabriel Junqueira de Carvalho há cerca de 15 anos. Daí se desenvolveu um relacionamento que resumo em amizade sincera e desinteressada e respeito profissional e pessoal recíproco. Gabriel, pessoa única que chamava a atenção pelo seu jeito sério. Mas quem o conhecia tinha o privilégio de conviver com uma pessoa de imenso coração. Apaixonado pela Folha, a que se dedicou por mais de 20 anos, foi testemunha viva da evolução do jornal e da vida econômica brasileira das últimas décadas. Com poder de síntese invejável, era sem dúvida um dos melhores redatores de finanças do país." Fabio de Araujo Nogueira (São Paulo, SP) Técnicas "Vários comentaristas da Folha falaram na edição de 4 de agosto sobre o resultado insatisfatório da inquirição feita pelos senadores por ocasião do interrogatório de Eduardo Jorge. E foi evidente o pouco proveito daquela abordagem, que não esclareceu os fatos básicos procurados pelos inquiridores, o que evidencia que o interrogatório, em qualquer área, judicial, policial ou parlamentar, é um ato eminentemente técnico, que requer planejamento e tática especiais. Na inquirição, a psicologia deve ser utilizada para que se façam perguntas que obedeçam à lógica da perquirição e que conduzam as testemunhas, ou a própria parte indiciada, a afirmarem a verdade dos fatos que geralmente ocultam." Eudes Oliveira (Fortaleza, CE) Conscientização "O Wanderley Luxemburgo está dando uma lição de civismo ao país! Os resultados à frente da seleção de futebol estão desenvolvendo a inteligência emocional da nação, fazendo com que o povo fique mais crítico e volte a dar mais atenção a sua cidadania. Parabéns, Wanderley, somente você, homem fino e culto, para mudar comportamentos." Ubiracy Mazur (São Paulo, SP) Texto Anterior: Raul Wassermann: Livro didático descentralizado Próximo Texto: Erramos Índice |
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