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Eleições
O senhor Luiz Carlos Gonçalves ("Painel do Leitor", ontem)
questiona a diversidade do destaque que foi dado a duas notícias: "Igreja Católica banca folhetos contra Dilma" e "Estatais
bancam revista pró-Dilma".
A explicação para essa disparidade de tratamento é simples:
a Igreja Católica pode ter posição
política, e o seu dinheiro não é
público. Já estatais não podem
usar dinheiro público para financiar propaganda partidária.
Deve ser pela falta de respeito
a essa regra que há quem goste
tanto das estatais.
ANTÔNIO MARQUES CARRARO JÚNIOR
(Ponte Nova, MG)
Muito engraçado. Ouvi e li várias críticas de tucanos nos últimos anos ao Bolsa Família, alegando ser este um programa eleitoreiro. Agora, às vésperas das
eleições, leio a promessa do candidato José Serra de aumentá-lo
em R$ 12,7 bilhões ao ano caso
seja eleito.
Parece que vale tudo em época
de eleição.
NELSON EVÊNCIO DA SILVA (São Paulo, SP)
Educação
Parabenizo a Folha pelo editorial "Estresse na escola" (Opinião, 17/10), que realça um dos
sérios problemas da educação,
questiona gestores e faz sugestões. Porém, questiono o jornal
pelos editoriais pró-governo na
época da greve dos professores no
final do governo Serra, quando os
professores reivindicavam soluções que este editorial de 17/10
agora cita.
JOÃO TORRENTE FILHO (Mirandópolis, SP)
Dilma e o STM
Em relação à reportagem "Corte adia julgamento de ação da
Folha" (Poder, ontem), sobre o
julgamento de mandado de segurança, cabe esclarecer que, por ter
sido apontado como autoridade
coatora, o presidente do Superior
Tribunal Militar, ministro Carlos
Alberto Marques Soares, está impedido de participar do julgamento, tendo apenas prestado informações, por escrito, sobre o caso,
a pedido do ministro relator do
processo.
Não houve pedido nenhum por
parte do presidente para que a Advocacia-Geral da União (AGU) entrasse no feito. A AGU apenas comunicou ao ministro, por telefone, a decisão de pedir vista do processo a fim de analisar eventual
interesse da União no feito.
O presidente do STM repudia
veementemente a informação noticiada pelo jornal, segundo a qual
o magistrado teria procurado a
AGU e utilizado de "manobra" para suspender o julgamento.
TADEU CAVALCANTE , assessor de imprensa do
Superior Tribunal Militar (Brasília, DF)
RESPOSTA DO REPÓRTER LUCAS FERRAZ - O
advogado-geral da União, Luís
Inácio Adams, afirmou que o
presidente do STM o procurou
um dia antes do julgamento para
pedir que a AGU interviesse no
processo. Documento do próprio
órgão e declaração do também
advogado da União Maurício
Muriack confirmam que a solicitação partiu do missivista.
CPFL
Na entrevista que deu origem
à reportagem "CPFL planeja a
compra de outras hidrelétricas"
(Mercado, 19/10), cujo tema era a
entrada em operação da usina hidrelétrica Foz do Chapecó, a CPFL
não declarou que fez proposta para a aquisição da distribuidora
Elektro.
Apenas afirmou que a Elektro é
um ativo interessante para o grupo, nada acrescentando às informações que a CPFL Energia tem
apresentado nas reuniões trimestrais com analistas do mercado
de capitais, acompanhadas pela
imprensa.
A CPFL reforça o compromisso
de imediatamente comunicar os
seus acionistas e o mercado sobre
a concretização de qualquer negociação de ativos, conforme determinam a regulamentação e a legislação em vigor.
CARLOS HENRIQUE RAMOS , assessoria de imprensa da CPFL Energia (Campinas, SP)
Superbactéria
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS) lamenta
não ter sido procurada para se
manifestar na reportagem "Pacientes com superbactéria são
isolados" (Cotidiano, ontem).
Ao contrário do que afirma o
médico infectologista ouvido pela
reportagem, todos os hospitais
públicos da capital têm constituídas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar, que integram o
Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares,
responsável por monitorar essas
ocorrências.
Cabe esclarecer também que o
Informe Técnico enviado à rede
hospitalar da capital é uma ferramenta rotineira de orientação utilizada pelo Núcleo Municipal de
Controle de Infecção Hospitalar
(NMCIH), da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa).
Neste caso, as informações não
se restringem à notificação de surtos da KPC, especificamente, mas
sobre prevenção e controle da infecção hospitalar por microrganismos multirresistentes.
MURILO PIZZOLOTTI , coordenador de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde (São Paulo, SP)
RESPOSTA DA JORNALISTA CLÁUDIA COLLUCCI -
Em nenhum momento o médico
infectologista se referiu a problemas de hospitais municipais,
mas, sim, a hospitais de uma
forma geral. A reportagem esclareceu que as orientações da
Secretaria Municipal da Saúde
se referem também a outras
superbactérias.
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