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LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Natal em família
As comemorações destes dias
de Natal têm a sua origem no fato
histórico do nascimento de Jesus, Filho da Virgem Maria, Salvador do
mundo. A Palavra de Deus nos revela
o mistério de infinito amor do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, que oferecem à humanidade o perdão dos pecados e a esperança de vida eterna e feliz. Este desígnio maravilhoso se realiza pela Encarnação de Jesus Cristo, Filho de Deus. Seu nascimento dá-se pela ação do Espírito Santo no seio da
Virgem Maria. É com alegria que as
comunidades cristãs renovam sua fé e
gratidão diante da beleza do Menino
Jesus nos braços de Maria e sob a proteção de José, esposo da Mãe de Jesus e
fiel protetor da Sagrada Família.
O plano da misericórdia divina coloca em evidência o valor da vida nascente, da graça da maternidade, da dedicação recíproca de Maria e José e do
aconchego familiar no qual a criança
deve vir à luz e se desenvolver, acalentada de amor e solicitude.
Como vai a vida em família?
O Natal é excelente ocasião para que
as pessoas se reúnam e troquem pequenos presentes, criando um ambiente de confraternização. Vamos celebrar este evento, à luz da fé cristã, revendo e aprimorando o relacionamento familiar. Esta data pode, além
da festa do Natal, significar a descoberta de laços mais profundos de entendimento e comunhão na família.
Aprendamos de novo a acolher as
crianças, a dar-lhes afeto e a brincar
com elas. Os jovens sintam-se compreendidos nas suas dificuldades e diferenças, mas procurem, por sua vez,
corrigir falhas e aprender as lições de
vida de seus pais. Ajuda muito redescobrir o diálogo em que cada um diz o
que pensa e ouve o que os outros têm a
dizer no anseio de compreensão recíproca.
A família se consolida no vigor da fidelidade conjugal e do amor aos filhos. Só assim pode resistir aos desafios dos que atentam contra a beleza
da felicidade do lar. O encontro dos
membros da família é mais profundo
quando consegue, com a graça de
Deus, vencer ressentimentos e perdoar de coração as ofensas cometidas
durante o ano. O perdão é o maior
gesto de amor da noite de Natal.
Aprendamos com Jesus Cristo a
convidar para a ceia (Lc. 14, 14) os que
não estão longe de suas famílias e os
que não têm como se alimentar. O
convite a essas pessoas é presente de
nosso afeto e compromisso de partilha. Lembro-me, quando criança, de
como meus pais faziam questão de
convidar para a ceia um sacerdote
idoso que vivia sozinho e alguns parentes que não teriam como fazer uma
festa.
Crescemos nesse espírito de solidariedade cristã.
O Natal será feliz na medida em que
a mensagem de amor e paz de Cristo
estiver presente em nós e na vida de
nossos irmãos.
Além da liturgia festiva da noite de
Natal, celebrada nas comunidades, e
das reuniões que intensificam o relacionamento e a amizade entre as pessoas, é preciso abrir o coração e pensar
nos excluídos da sociedade, que precisam receber um sinal de esperança. É
hora de comprometer-se com os migrantes, com os desamparados, com
os prisioneiros e seus familiares, com
os desempregados e desanimados.
Vamos celebrar este Natal em família,
acolhendo como irmãos os que nunca
têm Natal.
"Feliz Natal!" para você, meu irmão,
para seu lar, para o mundo inteiro.
D. Luciano Mendes de Almeida escreve aos sábados nesta coluna.
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