São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Administração petista
"A histeria da maioria da mídia em torno do caso Waldomiro Diniz é estúpida e impensada. Tenta-se, a todo custo, abalar José Dirceu e o governo, como se o fato de haver uma ou outra pessoa corrupta indicasse pilantragem geral. Em que isso ajuda? Em nada. Enfraquece e acua o governo, que perde tempo tentando se livrar dos ataques. O governo tem falhas? Sim, muitas. Mas, então, que seja criticado positivamente. O Brasil, com Lula, vive uma chance sem precedentes de começar a mudar. A mídia tem um papel decisivo e pode colaborar muito, cobrando e, quando merecido, aplaudindo, mas não sendo sensacionalista."
Waldir Lisboa Rocha Filho (São Paulo, SP)

"O governo Lula vai entrar para a história como aquele que mais prometeu e menos fez. Até agora, os únicos grandes feitos foram aumento do preço das apostas de jogos lotéricos, abuso de poder para abafar a CPI dos Bingos e intenção de aumentar a carga de impostos. Já estou sentindo saudades do governo de Fernando Henrique Cardoso."
Mário Annuza (Rio de Janeiro, RJ)

"Também como assinante da Folha, discordo do sr. Alexandre Ceroni ("Painel do Leitor", pág. A3, 20/3). A Folha continua com seu jornalismo imparcial, informativo e investigativo. Não dá para tapar o sol com a peneira com relação a um governo que caminha para a metade do segundo ano contrariando tudo que sempre defendeu."
Luiz Henrique Soares Novaes (Santos, SP)

1964, 40
"A série que a Folha publicou deveria se chamar "1964, 40 de impunidade". É um título mais coerente para o triste aniversário do evento que colocou o comando do país nas mãos de criminosos hediondos, alguns ainda vivos e impunes até hoje."
Robson Sant'Anna (São Paulo, SP)

"O leitor Francisco Mendes ("Painel do Leitor", pág. A3, 20/3), ao comentar artigo de Jarbas Passarinho ("Tendências/ Debates", pág. A3, 19/3), fala de um passado que ele quer esquecer. Eu não enxergo assim. Os militares pegaram o país como 48º PIB do mundo e o entregaram como oitavo. Isso gerou empregos e prosperidade. Temos uma liberdade política questionável e um desemprego terrível, para falar apenas o mínimo. Não sou cientista político, sociólogo ou torneiro mecânico, mas alguma coisa me diz que liberdade utópica e prosperidade não andam de mãos dadas."
Hermínio Silva Júnior (São Paulo, SP)

Alíquota do INSS
"O ministro queria aumentar a contribuição à Previdência para pagar aposentados. Considero um absurdo. Qual a responsabilidade pessoal ou dos empresários quanto ao débito do INSS?"
Marcelo da Cruz Mattos (Belo Horizonte, MG)

Terrorismo
"O sr. Mauro Fadul Kurban ("Painel do Leitor", pág. A3, 19/03), ao distinguir entre bons e maus terroristas, ignora o supremo valor de cada vida sacrificada, independentemente de origem. Todo aquele que participe de incitação, organização ou execução de um ato terrorista é um criminoso hediondo. Terrorismo é crime. Sem exceção. Ao justificar atos terroristas contra Israel, o sr. Kurban os compara às resistências italiana e francesa contra a ocupação. Olvida que aquela legítima luta armada se dirigia a alvos militares. Não se tratava de terrorismo. O direito de o povo judeu ter seu país não é maior nem menor que o do povo árabe-palestino. A maioria dos dois povos já tem consciência disto, apesar dos fanáticos dos dois lados. Em vez de importarmos o ódio do Oriente Médio, o que melhor podemos fazer como brasileiros é exportar para lá a convivência harmônica das várias comunidades e culturas que compõem o povo brasileiro. Apoiemos o diálogo, não a insanidade da guerra."
Moisés Storch, coordenador do movimento Amigos Brasileiros do Paz Agora (São Paulo, SP)

"Leitores e articulistas têm se manifestado contra o terrorismo, mas expressam um silogismo incompreensível, em que procuram justificar o terror face ao poder militar dos EUA num mundo globalizado. Cabe lembrar que o pacifismo dos EUA e o da Europa e um atentado terrorista levaram às duas guerras mundiais. Paz celestial só existe na cabeça dos que acreditam em Papai Noel."
Paulo Marcos Gomes Lustoza capitão-de-mar-e-guerra da reserva (Rio de Janeiro, RJ)

Filme polêmico
"Sou pastora da Igreja Metodista em Guarapari, no Espírito Santo. Fui convidada para assistir a uma sessão somente para religiosos do filme "Paixão de Cristo", de Mel Gibson. O filme é um mergulho em sangue, o personagem Jesus é chutado, pisoteado, empurrado e tão surrado que jamais conseguiria chegar vivo ao lugar da crucificação. O filme é grosseiro. Pilatos é mostrado como um fraco, o povo judeu age como maluco. O mais infame é ver no papel de demônio uma mulher. Mel Gibson, além de anti-semita, é sexista. Demonizou a mulher. O filme é detestável em todos os sentidos. Foge do contexto bíblico e prejudica o cristianismo."
Maria de Fátima de Oliveira Souza David (Guarapari, ES)

"Não sou crítico de cinema. Para mim, o filme de Mel Gibson não é uma manifestação anti-semita, mas nos mostra o quão somos imperfeitos e maus. Ele, Mel Gibson, não tencionou mostrar os ensinamentos e a sabedoria da mensagem de Jesus. Quis, sim, mostrar outro assunto que nunca sai de moda: a crueldade humana. Se lançou mão ou não de recursos hollywoodianos ou trama fetichista para atingir esse objetivo, oficializo os meu cumprimentos. O filme me mostrou como a humanidade ainda tem um longo caminho a percorrer. O filme me fez chorar, os críticos de cinema me fazem rir."
José Gurgel (Natal, RN)

Economia de água
"Estou profundamente revoltada. Novamente vou ser punida por ser uma consumidora consciente. Sempre gastei o necessário de água e luz, pois considero o combate ao desperdício um ato de cidadania. Pois bem, durante a crise de energia elétrica, tive de reduzir ainda mais meu gasto mínimo, caso contrário teria a energia cortada. Fui obrigada a sacrifícios porque já não havia gordura a queimar. E agora? Como diminuir o consumo de água, se não há mais o que restringir? Não é desanimador? O gastador recebe prêmios, e o cidadão consciente paga o preço."
Neide Sá (São Paulo, SP)

Nova coluna
"A ausência de Nelson de Sá estava sendo lamentada. Seu retorno, em coluna quase diária ["Toda Mídia", caderno Brasil, aos domingos e de terça a sexta-feira], é um grande presente que a Folha dá aos seus leitores. É cedo para julgá-la, o formato parece muito "picadinho", mas tenho certeza de que evoluirá, tornando-se um dos atrativos dos jornal."
Walter do Carmo (São Paulo, SP)

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